Capítulo 88 III - Nunca esquecerei o que vivemos

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@nia_escarlate 

Para terem melhores experiências nesse capítulo, aconselho a escutar a música: My Immortal - Evanescence. Deixei a música disponível na multimídia. Indicação mara do IsaacJeremias muito obrigada pela grande ajuda.
Obs: Nesse capítulo ninguém morre, mesmo que nosso Lorde do Caos tenha ajudado. 

Eu me levanto num sobressalto

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Eu me levanto num sobressalto. Eu sentia o meu coração pulsando rapidamente e as memórias correndo rapidamente na minha mente só me fez chutar o lençol e sair mesmo que descalça.

— Já acordou... Ella, onde você está indo?

Eu abro a porta indo para fora, já havia anoitecido novamente, a casa onde estávamos era bem iluminada e eu conseguia ver o pequeno caminho de areia que dava para a floresta. A imagem da Valentina morrendo bem na minha frente me faz ficar zonza.

— Querida, você precisa descansar — a voz seguida dos braços faz meus olhos se arregalarem e eu viro devagar, temendo o que eu estava vendo e ouvindo. — Vamos entrar novamente — a voz calma de Antônia confortava o meu interior por breves segundos.

— Antônia? O que faz aqui? — minha voz sai baixa e embargada.

— Vim salvar a minha filha — ela me coloca sentada numa cadeira de balanço e abre aquele sorriso lindo que eu tanto senti saudades. — E as minhas netas.

Ela acaricia a minha barriga e logo as minhas meninas começam a chutar.

— Elas são bem empolgadas...

Eu encaro confusa Gabriel que apenas balança a cabeça concordando as minhas suspeitas. Ela sabia quem eu era, ela se lembrava de mim. Isso só me faz cair num choro ainda maior, as minhas mãos cobrem o meu rosto e eu sinto o meu corpo tremer.

Estava tudo acontecendo tão rápido e era tudo tão doloroso que eu sentia tudo ao mesmo tempo.

— Está tudo bem, Ella, estou aqui.

Eu a abraço forte, quase a derrubando. Eu sentia o seu cheiro de lírios do campo que era a suas flores favoritas. O cheiro familiar dela me recordava anos atrás que eu a abraçava, que eu a tinha ali presente todos os dias ao meu lado. Eu a abracei por todos os tempos que eu não pude. Que eu queria sentia o calor dos seu abraço e não tinha.

Eu a cheirava, a beijava, a abraçava tudo ao mesmo tempo. Matando saudades da minha mãe. Aquela ali na minha frente era minha Antônia. A que me dava amor e carinho, que cantava e lia para eu dormir. Que cozinhava os melhores bolos que eu já havia comido na vida.

Era ela ali, quente e viva. Não aquela imagem que eu tinha dela fria e sem vida nos meus braços. E também não era a mulher doce que não se recordava de mim. Era a minha outra mãe que eu apertava.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora