Capítulo 2 - Tristeza

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Acordo meio sonolenta, depois da crise de choro patética que tive, fiquei quase meia hora com o saco de gelo no rosto para não ficar inchado e acabei dormindo, olho no relógio do criado mudo e são quase cinco horas da tarde

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Acordo meio sonolenta, depois da crise de choro patética que tive, fiquei quase meia hora com o saco de gelo no rosto para não ficar inchado e acabei dormindo, olho no relógio do criado mudo e são quase cinco horas da tarde.

Abro a cortina, e deixo o sol quente bater em minha pele, sorrio encarando aquela linda vista de final de tarde que demorei tanto pra conseguir. Apenas a admirava em segredo, mas com um apartamento desse eu posso encarar e degustar dela o quanto eu quiser.

Fecho o roupão e calço minhas pantufas brancas e vou em direção a porta. Ananda deve estar no trabalho na empresa de joias. É tão estranho está aqui essa hora, estaria resolvendo alguns problemas para Valentina e mandando ela assinar várias e várias papeladas.

Mandei uma breve mensagem para Ananda, ela trabalha como secretária pessoal numa empresa de joias super renomada de Amarílis. Eu a acho muito talentosa, mesmo sempre escondendo suas criações.

Sempre tento incentiva-la a mostrar para sua chefe, porém aquela lá é uma megera, e se Ananda fosse menos boazinha ela não montaria tanto nela.

Tomo um banho suave, tentando expulsa o ciúme irritante que se formou quando Valentina chamou pelo filho ingrato enquanto eu estava lá, assim como todos os últimos nove anos.

Coloco uma calça cinza com listas na horizontal preto e branco e amarela. Pego um moletom cropped amarelo e coloco um tênis preto. Pego minha bolsa e as chaves do carro.

Assim que entro no carro, respiro fundo. Não sei por que estou com tanta raiva de Valentina e mesmo assim eu estou aqui, dentro do carro indo até o hospital vê-la.

Passo na cantina do hospital assim que chego e peço um cappuccino e subo até o quarto de Valentina. Bato na porta após ouvir vozes, que se silenciam assim que a abro.

Dou de cara com Bernardo sentado na cadeira de visita e Valentina na cama sentada.

— Diga que isso é cappuccino? — Ela pergunta olhando para as minhas mãos.

Balanço a cabeça positivamente e ela sorrir e eu vou até ela entregando-a o copo. Olho rapidamente para Bernardo que parece estar cansado.

— Se quiser ir pra casa... pode ir, eu fico com ela. — Eu digo calma, mesmo estando com muita vontade de expulsa-lo daqui e iniciamos uma briga, mas não é disso que Valentina precisa no momento.

— Estou bem, não precisa fingir gentileza. — Diz rude.

Por isso eu não sou educada com as pessoas.

— Eu estou sendo educada, se você não aprendeu isso com sua mãe o problema é seu. — Digo e encaro Valentina que me lança um olhar reprovador.

— Claro que eu aprendi com a minha mãe. — Ele diz se levantando.

— Deixamos muitas coisas de lado em nove anos. — Comento sendo bem direta e ele me olha com raiva e se aproxima de mim me encarando.

— Como deixa uma funcionária tão repugnante falar assim comigo, Valentina? — Seu tom é firme e eu esboço um sorriso.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora