🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@nia_escarlate
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O tempo estava fechado demais. Anunciando uma forte chuva, tinha quase certeza que ia trovejar. O vento gelado me abraçava enquanto eu esperava Veronica chegar. Hoje eu iniciava a fase três do progresso calcinha e sutiã.
Não vou mentir. Eu estava apreensiva, com medo e tão nervosa que meus dedos já estavam vermelhos de tanto passa-los pela calça jeans. Veronica me levará em um lugar, esse tratamento não pode ser feito na clínica, eu poderia perturbar os outros pacientes e concordei em ir em outro lugar.
Quando Veronica chegou, que passei por toda segurança da clínica e entrei no seu carro, a chuva começou a cair. Demoramos um tempo para chegar, mas quando chegamos eu fiquei surpresa em ver Gabriel ali parado na entrada olhando para todos os lados a procura de alguém.
Seus olhos azuis me encaram, ele abre um sorriso triste e eu corro até ele, para fugir da chuva. Era uma outra clínica, também da família de Veronica, mas era uma clínica psiquiatra. Com salas isoladas e com o dobro da proteção que a outra tem.
Eu tive que colocar aquela roupa branca e sem graça. Composta por uma calça, uma blusa de alças e um tênis de tecido. Tive que tirar qualquer coisa de metal que eu tinha. Os meus cabelos foram presos por mim mesma, de um jeito apressado porque eu quero acabar logo com isso.
— Posso falar com ela, a sós? — Gabriel pergunta assim que Veronica abre a porta da sala que ficarei.
— Vou pegar o prontuário.
Ela fecha a porta ao sair, que faz um barulho alto que chega a me assustar.
A sala era completamente vazia, apenas duas cadeiras e uma mesa no meio. Não possuía janela, a cor era um branco e conseguia enxergar nitidamente todas as câmeras que existiam nas quatro paredes.
— Não fique com medo. — Gabriel diz se aproximando de mim.
— Tarde demais.
Olho em seus olhos, que estão apagados. Ele quer me dizer alguma coisa. Talvez só não queria me deixar ainda mais preocupada ou com medo.
— Não lute contra, mesmo que parece uma coisa absurda de ser enfrentar. Não lute contra. — Ele me orienta e eu seguro os seus braços.
— Do que está falando?
Minha mente dava voltas e voltas. Ele estava bem apreensivo no caminho de volta no domingo, estava bem distante também. Será que era sobre essa fase três?
Ele beija a minha testa e acaricia o meu rosto, fechando os olhos, e eu seguro suas mãos, e olho o seu rosto preocupado.
— Eu...
Ele abre os olhos e abre um sorriso novamente triste.
— Você não devia te contar, mas talvez isso faça você não lutar contra. — Ele começa dizendo o que me deixa ainda mais nervosa. — Dependendo da sua reação ao tratamento, talvez você não volte para a clínica.
