🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
Me sigam no Instagram. Lá eu posto sempre que tem atualização do livro.
@nia_escarlate
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Parecia que algo estava me esmagando. Esmagando o meu peito, esmagando o meu pulmão. Eu não conseguia respirar, não conseguia falar. Eu só sentia que tinha que sair dali para pegar um ar. Tudo o que eu queria era respirar.
Eu sentia um ódio correr pelas minhas veias, tão puro e destruidor. Meus olhos queimam de tanta raiva. Mas aí eu parei, fiquei totalmente imóvel e senti as lágrimas quentes caírem pelo meu rosto. Era tristeza misturada com alivio. Ela estava mesmo viva.
Eu precisava pensar e não deixar a raiva me dominar. Precisava pensar com clareza, precisava saber de tudo que Gabriel sabia e escondia de mim, para isso eu precisava deixar toda raiva e angústia de lado.
Ele para na minha frente, nossos olhos se encontram sutilmente. Eu conseguia ver o medo e preocupação através da sua íris, eu respirei fundo fechando os olhos e fecho minhas mãos em punhos sentindo a unha raspar na minha carne.
— Eu posso explicar...
— E você vai! Explicar cada palavra!
Ele estava surpreso, eu apenas peço que ele me siga até em casa. Não poderíamos conversar sobre aquilo ali na rua, e o único lugar que eu achava possível nesse momento era a minha casa.
Eu abri a porta da minha casa eu dei passagem para que ele entrasse. Eu permaneci calada, eu sentia que se abrisse minha boca para falar algo seria a raiva e mágoa me dominando. Tudo que eu precisava no momento era saber a verdade.
— Eu... fui chamado por um dos comandantes do exército para uma missão não oficial quando eu estava no Afeganistão. Eu aceitei, eu tinha a oportunidade de sair daquele inferno por um mês — ele faz uma pausa e me encara. — Eu tinha que transferir uma paciente que tinha acordado de um coma de cinco anos. Eu nem sabia quem era até entrar no quarto dela. Era ela, Ella. Era Antônia.
Eu me sento sem ar no sofá, eu fecho os olhos sentindo as lágrimas caírem fortemente. Eu fecho minhas mãos em punhos e esfrego na minha calça jeans. Eu estava agora tão nervosa, mas permaneci calada apenas escutando.
— Eu levei um susto, eu chamei por ela, mas ela estava sedada pronta para ser transportada. Por algum motivo ela não seria levada numa ambulância normal. Prepararam um carro do exército para leva-la até uma outra clínica, só que era dentro de um programa de proteção a testemunha dentro do serviço secreto. Depois que fiz a minha parte eu fui atrás do superior daquela missão e exigi uma explicação. Explicação essa que eu não podia vazar de lá por nada.
Eu passo a mão por meus cabelos quase os puxando. Eu entendia, custava a compreender, mas entendia. Infelizmente era o trabalho dele.
— Ele me disse que Antônia tinha entregue alguns dos diários a eles e acabou pedindo proteção em troca. Para vocês duas. Mas ela entrou em coma e o serviço secreto deixou que você ficasse com Fábio.
