Capítulo 17 - Inocência

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Paro no sinal vermelho e olho pra trás

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Paro no sinal vermelho e olho pra trás. Jonas Teodoro, mas conhecido como Téo, está dormindo agarrado ao seu boneco do dinossauro do Toy Story chamado Rex. Sua blusa azul está amarrotada, sua bermuda creme tem uma mancha vermelha enorme que deduzo ser geleia.

— Parece que o café da manhã foi muito corrido pra você né. — Eu comento baixo comigo mesma e piso no acelerador quando o sinal abre.

Seu cabelo loiro escuro é liso, está meio bagunçado e um pouco grande que dificulta um pouco sua visão.

Eu amo crianças!

Eu sempre me achei uma insuportável que nunca ficaria com ninguém. Mas meu sonho era ser mãe, queria ser mãe pra ser tão boa quanto Antônia foi comigo. Mas eu não quero engravidar, pensar que um ser tão frágil e chorão vai ser gerado na minha barriga por nove meses me assusta. Ainda mais se o ser inocente sair com a cara do pai.

Eu sei que tenho vinte e quatro anos, sou nova demais pra ser mãe, mas as vezes penso que se eu tivesse um filho nunca seria solitária. Eu peguei algumas fichas de um orfanato, mas ser mãe solteira é muito difícil.

Estaciono o carro, segundos depois pego Téo no colo, me equilíbrio pra pegar a bolsa também e tranco o carro. Sentir o calor de uma vida tão ingênua presa a mim é confortável. Pegar o Téo ou a Gisele, filha da cobra da Gina, é sempre uma sensação de paz, eu gosto desse efeito que os pequenos tem em mim.

Entro no elevador e aperto o botão que da ao meu andar e vou balançando devagar Téo em meus braços. Acho tão estranho o fato dele dormir tão calmo enquanto estou levando ele pra um lugar muito diferente do que está acostumado.

Abro a porta do meu apartamento e a fecho devagar com os pés. Levo Téo ao meu quarto e o coloco no meio da cama. Coloco em seus lados vários travesseiros e alguns ursos de pelúcia que eu tenho, sorrio com o resultado dele está seguro.

Tiro os saltos sentindo os meus pés relaxarem com o contato do chão frio. Coloco eles no móvel onde os guardo dentro do closet e fecho a porta para caso Téo acorde não vá pra lá.

— Titia Anni? — Ele me chama assim que eu ia saindo do quarto.

Eu me aproximo, com toda certeza sorrindo, para a carinha de sono dele. Ele esfrega os olhos com uma mão enquanto a outra está agarrada ao Rex.

— Que foi bebê? — Eu pergunto sentando na cama.

— Tô com fomi. — Ele diz devagar.

— Você não comeu nada? — Eu pergunto e ele leva a mão dos olhos a barriga.

— Gelia e torrada. — Ele diz e faz bico.

Suponho que a mancha seja mesmo de geleia de morango. Eu me levanto da cama e o chamo com as mãos que logo são preenchidas com a sua pequena mão e eu o levo pra cozinha.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora