🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@niaescarlate
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Sinto os raios de sol baterem em meu rosto. Abro os meus olhos devagar, por causa da claridade. Eu olho pro lado, vendo Gabriel que me olha também abrindo um sorriso.
As lembranças de ontem estão bem vívidas em minha mente. Eu abro um sorriso, ficando corada no processo, sabendo que algo dentro de mim ainda permanece leve, tranquilo.
— Dormimos mesmo aqui? — Eu pergunto me sentando.
Olho para o lado, vendo alguns equipamentos de jardinagem ou algo parecido. O lugar é limpo, bem iluminado por causa das grandes janelas. Sentamos no sofá que tinha ali, após o nosso beijo ficamos conversando sobre os velhos tempos e acabamos dormindo.
Nos beijamos...
Eu ainda lembro dos lábios de Gabriel, ainda lembro do seu toque suave na minha pele. Lembro-me que minha mente estava ali, presa e centrada nele, mas ao mesmo tempo voando, sorrindo como nunca.
Sinto o braço de Gabriel me rodear, ele beija o topo da minha cabeça e eu fecho os olhos sentindo ainda essa sensação de paz.
— Acho que sim. É melhor tirarmos essa roupa e comemos algo...
— Também acho. — Eu digo encarando seu rosto sonolento. — Você não dormiu?
— Fiquei vendo você dormir. — Ele diz e eu encaro bem seus olhos.
Procuro algum vestígio de mentira, o que claramente tem. Gabriel sempre teve o sono pesado, sempre apagava quando batia em qualquer lugar que pudesse dormir.
— Ficou com medo de ter pesadelos? — Eu pergunto a ele que concorda com a cabeça dando um sorriso fraco. — Gab...
— Não temos tempo para isso. Você tem uma reunião em, — Ele pausa para olhar o relógio no pulso. — Meia hora. Quer mesmo conversar agora? — Ele pergunta mudando de assunto e eu reviro os olhos concordando.
Ele se levanta, me puxando junto. Ele joga o blazer preto nas costas sustentado por sua mão, enquanto coloca a outra em minhas costas me guiando para fora dali.
A sensação de que tudo é um sonho ainda não me abandona. E pior que ele vai embora daqui a três meses me preocupa ainda mais. Posso quebrar novamente...
— Te pago o melhor café da manhã se me contar o que está pensando. — Ele diz sem me olhar, ainda caminhando num ritmo calmo ao meu lado.
Eu encaro o seu rosto, sua barba mediana que fez cosquinha em minha pele na noite anterior. Abro um sorriso e olho para frente quando ele olha para mim.
Me sinto uma adolescente novamente.
— Tô pensando em...
— Até que fim te achei! — Ouço a voz ofegante de Fernanda que vem correndo na nossa direção.
