+ 300 votos.
+ 170 comentários.Maratona 04/10
• Neguinho •
Ajeitei o William na cadeirinha, no banco traseiro do meu carro, e entrei correndo dentro da minha casa pra pegar minha carteira e meu boné.
Meu celular começou a tocar antes de eu entrar no carro, e eu até ia atender, mas quando vi que era a Naysa, só desliguei meu celular, e fui entrando no carro.
Sabia que era parada pra encher meu saco, e não tava afim de me estressar hoje não, pô. Queria ficar na paz o resto do dia.
William: A gente vai levar a dinda? - perguntou, e eu olhei pra ele pelo espelhinho no meio do carro, balançando a cabeça. - Ebá!
Ele bateu palminhas e eu dei risada, ligando o carro, partindo logo pra casa da tia. Chegando lá, Rafaelly já esperava no portão, com um sorrisão no rosto.
Ela entrou no carro depois de gritar pra tia que já estava indo. Olhou para o William no banco de trás, e mandou um beijo pra ele.
Neguinho: Tá felizona hoje, em. É por quê eu voltei? - perguntei, tirando onda com ela mesmo, e a garota deu uma risada alta, de puro deboche.
Rafaelly: Aí Negão, menos! - suspirou, colocando o cinto. - Apenas estou feliz com a vida hoje, sei lá.
Só murmurei um 'aham', e ficamos em silêncio o caminho todo. As vezes o William falava algumas coisas aleatórias, mas fora isso, dentro do carro ficou um silêncio da porra.
Queria logo jogar a real pra ela, porque beijei ela naquele dia, mas com o William aqui, não daria certo. Garoto é um fofoqueiro do caralho, e se ouvisse alguma coisa dessa parada, já ia falando pra mãe dele, e se a Naysa ficar sabendo, vai dar uma de louca.
E a parada que eu menos quero, é que alguém saiba, além de nós dois ali.
Rafaelly: Hoje eu vou sair mais cedo, mas nem precisa vir me buscar, vou voltar com uma amiga que mora lá perto.
Eu nem disse nada, só balancei a cabeça e ela saiu do carro, depois de me abraçar de lado, e beijar o William na bochecha.
Neguinho: Qualquer coisa me liga, pô. - falei alto, e ela só fez um jóia com a mão.
Olhei para o William no banco de trás, e ele já veio pedindo pra eu parar em alguma sorveteria. Tava afim de ir direto pra casar dormir, mas o menor ficou na minha orelha maior tempão, até eu parar na porra de uma sorveteria.
Menino já foi pedindo pra mulher encher a casquinha de sorvete ali, pedindo de vários sabores, e eu fiquei de boa, nem pedi nada pra mim.
Sentei em uma mesa da sorveteria, e William sentou ao meu lado, se entupindo de sorvete. Moleque se amarrava demais em tomar essa parada, mas o bagulho dele mesmo, era as bolachas.
Isso me lembrava pra caralho do Magrão, e me sentia mal por não conseguir ter notícias dele.
Não sei se o cara tá preso em Tremembé ainda, ou se foi transferido pra outra, ou até mesmo se ele morreu naquele massacre.
Não consegui informações sobre ele, já que os caras comprados da polícia, não foram atrás dessa parada pra mim, então com o passar dos tempos, fui deixando essa parada de lado.
Mas na moral, as vezes ficava pedindo pra ele aparecer aqui do nada, mostrando que tá vivo e bem.
E por mais que eu não conheça ele muito bem, tenho maior consideração, tá ligado? E pensar que ele também possa ter morrido naquele massacre, me deixa com um bagulho mó ruinzão no peito.
William: Pai, quando você vai casar com a mamãe? - me olhou, com a boca e a bochecha sujas de sorvete.
Neguinho: Se depender de mim, nunca pô. - fui logo sincero, vou iludir a cria não.
William: Mas a mamãe disse que você ainda vai casar com ela, e a gente vai ser uma família grandona.
Neguinho: Tua mãe nem sabe do que tá falando, filho. - suspirei, e ele fez uma careta, e graças a Deus não disse mais nada sobre isso.
Naysa as vezes passa do limite, que a minha vontade é de mandar descerem o cacete nela.
Mulher gosta de meter um caô, e o que me deixa puto é ela falando e iludindo o William, falando que nós ainda vai ser uma família feliz e pá. Tomar no cu, véi.
Da não!
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Lance Proibido
RomanceA Razão nos contém dos nossos desejos proibidos... A vontade se cala, mas não se acaba... Hoje a emoção é amiga da Razão. Mas se a vontade falar mais alto e a emoção trair a razão... Amanhã vai sair na primeira edição, um crime de paixão...