+ 300 votos.
+ 170 comentários.Maratona 06/10
Vesti apenas uma calça legging, e coloquei uma blusa de moletom, já que estava um vento gelado lá fora.
Peguei minha mochila, colocando nas costas e sai do meu quarto, indo para a sala. Minha mãe estava ali com aquele estranho, e assim que me viu, fez uma careta, confusa.
Ana: Epa mocinha, vai pra onde a essas horas? - cruzou os braços.
Rafaelly: Vou dormir lá na casa do Neguinho, junto com ele e com o William. Menino chorou pedindo pra eu ir lá, e eu tô indo. - menti na cara de pau, dando um sorriso super falso.
Ana: Rum, qualquer coisa me liga.
Só balancei a cabeça, saindo de casa para esperar o Neguinho.
Não gostava de mentir pra minha mãe, mas se eu realmente tivesse dito o motivo de eu estar indo dormir na casa do Neguinho, ela mandaria aquele cara embora na hora.
Mas na moral, não sou tão egoista ao ponto de fazer minha mãe se afastar daquele homem, porque simplesmente não gosto dele.
Vejo como ela é feliz com ele, e eu não quero estragar isso, porque eu sei o quanto que ela ficou mal com a morte do Rafael, e ver que agora ela está conseguindo seguir em frente, mesmo com um cara que eu não suporto nem ver a cara, isso me deixa feliz.
Fiquei lá no portão esperando o Neguinho por uns 10 minutos, até ver ele virando na esquina da rua ali de casa.
Fui andando até ele, e quando me aproximei, já fui pedindo pra nós passar na lanchonete da dona Vera, para eu poder comer.
Neguinho fez uma careta, mas foi indo comigo até a lanchonete.
Sorte que ela ficava aberta até às 1h da manhã, se não ia morrer de fome, porque eu sei que na casa do Neguinho, só tem salgadinho e cerveja.
O cara não compra nada lá pra dentro, só come marmita e já era. Quando o William tá lá então, só besteira mesmo.
Comprei meu lanche na dona Vera, e uma garrafa de Coca de 1 litro pra mim. Neguinho não quis nada, falando que já tinha comido agora pouco, e a minha vontade foi de perguntar se ele comeu comida mesmo.
Porque né, desse homem não duvido nada!
Neguinho: Vai subir pra minha casa agora pra tu comer? - me olhou, arrumando o boné na cabeça.
Rafaelly: Vamo no parquinho que tem perto da sua casa? Quero comer lá. - fiz um bico, e ele resmungou baixo.
O cara nem disse nada, só foi me seguindo até o parquinho que tinha perto da casa dele. Gostava de vir aqui com o Fábio, pra nós dois ficar no balanço igual tontas.
Sorte que lá agora estava vazio, e eu poderia comer em paz em um dos balanços.
Neguinho: Ainda não entendo por que tu não gosta do Rogério ao ponto de não querer nem dormir no mesmo teto que ele. - disse do nada, sentando no balanço do lado do que eu estava.
Rafaelly: Nem eu sei porque não gosto dele. Sério. - fiz uma careta, dando uma mordida no meu lanche. - Ele é estranho!
Neguinho ficou me encarando por maior tempão, e eu lá comendo igual a uma maluca desesperada.
Neguinho: Rafaelly...- chamou a minha atenção. - O Rogério já tentou tocar em você?
Na mesma hora em que ele perguntou aquilo, eu arregalei os olhos, até me engasgando com o lanche. Bebi um pouco da coca, ainda tossindo igual doida.
Rafaelly: Credo Neguinho, não! Graças a Deus, se não nem vivo ele estava. - respondi, e ele continuou me olhando sério. - Mas sei lá, já senti umas olhadas estranhas dele em cima de mim. Não confio!
Neguinho: Aí, se ele tentar algo contra ti alguma vez, tu me fala que eu levo ele pras ideia na hora.
Balancei minha cabeça concordando, e voltei a comer meu lanche, ainda sentindo o olhar sério do Neguinho sobre mim.
As vezes ele tem essa mania de ficar me olhando todo sério por maior tempão, e isso me deixava meio constrangida, sei lá.
Gosto, mas ao mesmo tempo não gosto! É estranho!
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Lance Proibido
RomanceA Razão nos contém dos nossos desejos proibidos... A vontade se cala, mas não se acaba... Hoje a emoção é amiga da Razão. Mas se a vontade falar mais alto e a emoção trair a razão... Amanhã vai sair na primeira edição, um crime de paixão...