**Capítulo 12**

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• Neguinho •

Eu não sabia que porra tinha acontecido lá naquele quarto. Sinceramente, tava tentando entender que merda que meu deu naquela hora.

O que eu tive na cabeça pra beijar aquela menina?

Não estou falando que tô arrependido, e pá, até porque não tem como se arrepender depois que fica com aquela garota.

Eu não sei que porra que me deu, que nesses tempos pra cá, não tô mais olhando para a Rafaelly, do jeito em que eu olhava antes, só como uma possível irmã. Tô olhando na maldade mesmo, e tô achando isso uma puta filha da putagem. Sei lá, porra.

Acho que de tanto a Naysa e algumas mulheres que eu fico, ficarem tanto na minha cabeça com ciúmes de Rafaelly, e que não sei o que, acabou que mudou a parada dentro de mim. Não sei.

Só que, fiz merda. Fiz merda pra caralho, e não devia ter feito. Se os caras souberem, mermão...eu tô fodido!

Mas aí, foi uma parada diferente dentro daquele quarto, que se a tia Ana não tivesse aparecido, eu realmente não sei se seu conseguiria parar por vontade própria.

Uma que eu já estava ficando louco só beijando ela, e outra que de alguma maneira, também percebi que ela queria.

Mas isso, é um bagulho que eu tenho que colocar na cabeça, que não pode mais acontecer, e se caso acontecer... tem que ser uma parada totalmente no sigilo. Sem ninguém saber, e muito menos pensar nessa parada totalmente errada.

Naysa: Vai levar o William lá? - fez careta.

Neguinho: Vou mulher, calma! Moleque ainda tá pegando os brinquedos dele.

Naysa: Rum, vê se não demora.

Respirei bem fundo, e só não mandei ela tomar no cu, porque o William apareceu ali na sala com uma sacola cheia de brinquedos.

Neguinho: Ô vacilão, pra que isso tudo de brinquedo, menor? - cruzei os braços.

William: Pra eu blincar, deer. - fez careta, e eu dei risada, negando com a cabeça. - Vamo logo, papai, quelo vê a dinda.

Ele saiu correndo na direção do carro, já colocando as paradas dele no banco de trás.

Peguei as mochilas dele, e fui saindo da casa da maluca lá. Ela até tentou falar algo, mas já fui entrando no carro ignorando ela, e partindo pra casa da tia.

Mas antes tive que parar no mercado pra comprar as bolachas do William. Menor não vive mais sem esses troços.

Parei o carro na frente da casa da tia Ana, e ele já foi saindo do carro, correndo pra dentro da casa da tia.

Vacilão deixou tudo as sacolas de brinquedos no carro, e quem teve que levar lá pra dentro foi eu. Ala.

Assim que entrei na sala, William abraçava a tia Ana, que dava risada falando algumas paradas pra ele.

William: Cadê a dinda? - praticamente gritou.

Ana: Tá dormindo lá no quarto, vai lá acordar aquela preguiçosa.

William foi correndo pra lá, e eu deixei as paradas dele ali no canto da sala.

Neguinho: Aí tia, se o moleque aprontar pode meter uns cascudos nele, rum.

Ana: Aqui ele não apronta não! É uma benção o menino. - sorriu, e eu fiz careta, desacreditado.

Ala, o moleque quando vai em casa, é o próprio terror, só apronta e ainda vem querendo colocar marra logo pra cima de mim. Mas aí, deixo não, e boto logo uma ordem braba pra cima dele, pra parar de folgar pra cima de mim.

Neguinho: Aí tia, o dinheiro pra usar com o moleque eu já deixei com a Rafaelly, mas se precisar de qualquer parada a mais aí, é só me ligar que dou um jeito de transferir.

Ela balançou a cabeça, e eu fui indo na direção do quarto da menina. Entrei ali já ouvindo a risada dela e a do William.

Neguinho: Ai menor, eu já tô partindo, da um abraço aqui no pai. - pedi, e ele pulou da cama, vindo correndo me abraçar.

Peguei ele no colo, dando um beijo em sua bochecha, e ele disse que me ama baixinho. Sorri e disse o mesmo pra ele, logo colocando o menino no chão.

Olhei pra Rafaelly, e ela deu um sorrisinho de lado. Ai, fiquei foi aliviado por ver ela sorrindo pra mim, e talvez pensar que ela não agiria estranho depois daquela parada de madrugada.

Antes de tudo, eu considero demais essa menina, e gosto pra caralho da relação que nós tem.

Fiz um jóia pra ela, também dando um sorriso, e sai dali pra ir buscar aquela maluca da Naysa e nós já ir descendo pra Santa Catarina.

Me despedi da tia com um beijo e uma bença, e parti.

Assim que peguei a Naysa em casa, eu já fechei minha cara maneiro, e antes dela abrir a boca, só pedi pra ela ficar quieta e não encher a porra do meu saco, se não deixava ela pra trás.

Essa porra desde quando ouviu eu falando pro William que iria pra Santa Catarina, ficou no meu ouvido falando que queria ir ver a tia doente e pá.

Tenho que levar essa desgraça agora, mas já avisei que na viagem toda, não quero papo com ela.

Vou deixar ela na casa da tia e sumir, depois só voltar pra buscar mesmo. Não iria aguentar essa mulher em cima de mim a viagem toda não, mané.

Chatona demais, que isso...!

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