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Gianluca Rossi









O segredo para vencer uma luta é não se abalar com a derrota. Ela existe e está em nossas mãos mudar essa realidade.

Já o segredo para a vitória é avaliar o ambiente onde está, segurar corretamente com as duas mãos, ficar sempre pronto para um ataque ou uma defesa, manter uma postura aberta em um ângulo de 45°, com o pé esquerdo na frente do direito, praticar também os oito ângulos de ataque, saber afasta-se quando o inimigo atacar, bloquear um ataque horizontal direto e por fim, vem o contracorte.

Sorrio, segurando a espada.

Saber tudo isso significa que está preparado, então, lembre-se que a precisão nos movimentos é mais importante do que a força e ao invés de recuar, avance durante a defesa. Assim, você surpreende o oponente e pode ganhar uma vantagem.

Imediatamente, avanço.

Observe bem os olhos do seu oponente para prever os golpes dele e se defender, e faça o possível para não entregar seu próximo ataque com o olhar.

Ataco.

— Gianluca... Porra! Você me furou. _Esbravejou o Dante, caído no chão e tocando o braço ferido.

Puxo a proteção do rosto e passo as mãos por meus cabelos, recolhendo a espada que ele deixou cair e indo suspende-las na parede.

— Você choraminga muito. _Sigo até a adega, me servindo de gin.

— Você sempre me fere. _Reclama e eu o olho, encostando-me no balcão.

— Se você é o lado adversário, eu vou trata-lo como tal. _Bebo. — Agradeça por eu ter compaixão.

— Mas a gente só estava praticando suas habilidades no Kenjutsu. Não é necessário me considerar seu inimigo. Eu não sou. _Afirma, colocando-se de pé.

— Você morreria por mim? _Questiono, o avaliando a expressão de incredulidade.

— Sabe que sim. Você é o alfa.

— Omertà. _Falo. De repente, ele parece confuso.

— O que esse código tem a ver?

— Quero que você o quebre. _Declaro firme.

— Eu jamais faria isso. É o código de honra da máfia, a lei das leis. A Omertà é a lei do silêncio, que diz que está completamente proíbido denunciar seja o que for à polícia, bem como colaborar com as autoridades de alguma forma. No caso de ser quebrado este voto, o castigo pode ser a morte.

— Eu sei.

— Você está blefando...

— É um plano Dante, você não vai me trair realmente e não irá denunciar as autoridades.

— Explica esse caralho direito. _Veio se servir com bebida, demonstrando mal humor, desgosto e impaciente.

— Você vai entregar meu próximo passo ao nosso inimigo com a condição de que quer entrar na organização.

Ele engasga.

— Que porra você está falando?

— Você ouviu. _Torno a sorver minha bebida.

— Eles vão me matar. Está louco?

— É um risco. _Sou frio.

— Por que quer que eu faça isso?

Com tudo, encaro-o.

— A moça está desaparecida e eu sei que ele está com ela porque eu vi os soldados dele a levar.

— E o que desgraça essa mulher tem que está querendo que eu morra por ela? _Ficou nervoso.

— Ela é comum como qualquer outra. _Confesso. Nada surpreendente. Uma mulher normal.

O Dante franzia a testa.

— Se é comum e não vale uma noite, dane-se essa vagabunda.

Sorrio, contrariado. Chego perto dele e o olhando nos olhos, toco o seu braço.

— Está doendo? _Pergunto e avalio o machucado.

— O que está fazendo?

Ele tentou me empurrar quando eu desci a boca na manga da sua blusa e a rasguei no dente, enfiando o dedão no furo feito com a espada até sentir na ponta do dedo o seu osso.

Ele grita.

— Você vai fazer o que mando e não se fala mais nisso. Estamos entendidos? _O olho furioso e ele assentiu, assustado. — E vai dar um jeito de me colocar lá dentro. Tenho certeza que estão aqui na Itália, ela desembarcou aqui e se não voltou para casa... Algo está errado. Ela não é importante, ela não é nada, mas ela vai me ajudar. _Os olhos do meu Consiglieri inundava e isso me enoja. — Se essa lágrima escapar eu arranco o seu braço. Você ainda não sabe o que é sentir dor de verdade. _Ergo o rosto, o aterrorizando ao analisá-lo por quase um minuto.

Era admirável o esforço que ele fazia ao abrir bem os olhos para que o vento secasse as lágrimas, mesmo agonizando de dor por eu está girando o dedo dentro da sua carne.

Se ele achava que aquilo era tortura, ele não me conhecia.










CONTINUA...

Vagabunda é seu toba Dante

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Vagabunda é seu toba Dante.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora