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Itália-
Calábria








2 MESES DEPOIS

Gianluca Rossi










Se eu não matasse o leão hoje, amanhã viraria dois.

Vendo que a boca do infeliz estava bem coberta, empurrei a cadeira que ele estava preso e dei a volta no seu corpo, puxando bruscamente o seu braço e prendendo seu pulso esquerdo na algema da mesa.

Certificando que está bem seguro, volto a posição e pego o machado. O olhar do traidor intensifica de tamanho e ele se debate em desespero ao olhar para a lâmina afiada do machado.

É, eu tinha muito trabalho acumulado.

Estou prestes a erguer o objeto quando meu celular toca e eu o retiro do bolso, vendo que se tratava de ninguém menos além da minha linda.

Sorrio largo e faço sinal para o homem ficar em silêncio. Eu não queria ver o meu neném preocupado.

— Qual o seu desejo, neném? _Atendo ansioso e já morto de saudades.

— Eu estou saindo com a minha mãe e a dona Andrea. Tudo bem?

— Desde que leve os soldados, tudo ótimo.

O homem rosna e eu o encaro mortal.

— Tem algo acontecendo? _Ela percebe e eu desfaço o sorriso.

Ligo o viva-voz e descanso o celular na mesa, segurando o machado com as duas mãos e erguendo para o alto.

Eu pedi por silêncio. Ele quem quis apressar as coisas.

— Não, minha linda. Está tudo sobre controle. _Respondo e desço o machado no pulso do traidor com todas as minhas forças. No mesmo segundo, o sangue viscoso respingou em minha camisa e a sua mão desprendeu do braço, pulando no chão e caindo espalmada próximo ao meu pé.

— Gianluca... Que barulho foi esse? _Sua voz era preocupada.

Chuto a mão para longe.

— Não é nada. Me conte, o que vai fazer hoje? _Começo a conversar com ela normalmente e realmente interessado em saber. Nada me faria finalizar a ligação com ela. Sua voz é tão doce... Eu poderia ouvir o dia todo enquanto mato gente.

Puxo os cabelos do homem e avalio seu semblante fudido e que denunciava o início de um desmaio. Antes que acontecesse de fato, abro a algema e coloco o seu outro pulso.

Todos sabem do castigo de quem rouba a Famiglia. Não é novidade nenhuma o que estou fazendo.

Mas devo admitir que não enxergava nada de proveitoso em matar de uma vez por todas. Eu gostava mesmo era de ver sofrendo até o último suspiro.

— Estou me arrumando. Na verdade, estou nua. Acabei de sair do banho. _Ouço e observo o celular, sorrindo atoa. Maya, espero que isso não seja uma provocação. Digamos que não é o momento apropriado para ter uma ereção. Volto a pegar o machado. — Iremos apenas almoçar juntas e jogar conversa fora. Quero contar a elas como foi excepcional nossa viajem.

— Achei que você estaria cansada e iria descansar um pouco. _Comento e em um movimento preciso, bruto e impiedoso, ouvindo de primeiro momento o barulho de ossos se partindo, finalmente faço sua outra mão encontrar o chão.

Respiro profundamente e fito o teto, deixando o machado escapar.

— Parece que está cortando lenha. _Ela riu e eu abri os olhos, esperei alguns segundos e acompanhei, vislumbrando o desgraçado desmaiado e sangrando feito um porco depois do abate. Agora ele ia sangrar até a morte. A boca que me trai e a mão que me rouba, não teria outro destino se não esse. Menos um lixo traidor. — Eu não estou cansada. Na verdade estou é entusiasmada, minha mãe veio passar um tempo comigo. Isso é perfeito. _Perecia pular de alegria.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora