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Gianluca Rossi










— Explode. _Ordeno e os soldados fazem. Destruindo a porta de entrada do cassino.

Se eu entrasse pelo elevador seria surpreendido e nesse momento estaria morto.

Eu gosto de impressionar e jogaria um explosivo aqui dentro para acabar com todos, mas tem meus homens.

Homens treinados e apto a qualquer ataque.

Eu dependo deles, então também preciso protegê-los quando se encontram em situações como essa que requer negligência.

Um bom Don reconhece isso e assim evita o desagrado de quem trabalha para mim.

É irremediável a situação de desespero das pessoas, mas meu foco é outro e eu estendo minha arma no chão, erguendo os braços.

— Eu vim em paz. _Digo e o Capo caminha, não aproxima muito e mira seu revólver em mim, observando dois dos seus soldados no chão, nada contente.

— Chama isso de paz? _Questionou.

O sorriso é inevitável e olho os pedaços no chão do que era uma pessoa, tornando a encara-lo.

— Você mexeu com a Famiglia e com os nossos negócios. _É óbvio que estou encenando, na verdade eu até agradeceria por eles terem quebrado o meu irmão na porrada. Os negócios, é só negócios.

— O que impede de eu atirar em você?

Meu riso é sarcástico.

— Você está na mira de uma arma. _Confidencio.

Com tudo, em desespero, ele virou-se e em segundos estava rindo, voltando a me olhar.

— Só são pessoas com medo, não tem ninguém.

Aceno e automaticamente o som do "engatinhamento" das armas me causam satisfação.

— O que o senhor disse mesmo? _Pergunto e pego minha arma do chão, gesticulando para o meu bando circular. Então movo os calcanhares e aproximo do desgraçado com feições de horror. — Você está no meu país e achou mesmo que poderia usufruir do meu cassino? _Sorrio, mas minha vontade era mata-lo de uma vez por todas por tudo que ouvi a seu respeito e principalmente, por ela. — Audacioso, não? Por muito menos você dá passagem aos outros direto para o inferno. _Dou a volta em seu corpo e confesso: — Tirando a sua gangue podre, todos os homens que já estavam aqui quando você chegou são meus soldados. Estou em maior número e pense bem nas suas próximas palavras.

— Não achei que revidaria tão cedo. _Engoliu ar seco.

O dou uma coronhada na nuca e ele cai no chão de joelhos.

Observo sua panturrilha.

— Esse é o problema. Ninguém vive de achismo. _Chuto sua arma longe e me agacho, segurando seu ombro. — Eu não vou te matar, não precisa me olhar com esses olhos suplicantes. É uma vergonha vê-lo no mesmo posto que eu e se borrar as calças. _O dou outra coronhada na cabeça e estou de pé quando começo a golpe-lo a panturrilha até sentir os ossos quebrarem.

O incrível é que não me dou por satisfeito nunca e sua agonia não me solidariza.

— O que está acontecendo senhor... Gianluca?

Cesso os golpes, encarando o Dante e desentendido por ele sair do banheiro feminino.

— Agora o circo está completo. O traidor... _Aponto a arma para o Dante e alterno para o Capo no chão. — E o cagão. Vocês deveriam ter vergonha. _Chuto o lixo velho e me afasto.

— Vai se fuder. _ O Dante esbraveja. Que coragem é essa dele?

Ele perdeu a noção.

Fingindo está ofendido, recolho minha arma e a uso para coçar a testa.

Tem dias que não falo com ele ou que ele manda recado e agora entendo, está se divertindo com o verme que vou matar.

— Quer dizer que o meu Consiglieri já está comandando a Bratva? _Isso explicava a coragem.

— Eu não sou mais nada seu. _Falou com convicção.

A arte que o Dante mais dominava era da enganação.

O filho da puta era desgraçadamente bom em convencer as pessoas.

A expressão e tom mudava conforme a altura que sua mentira crescia.

Não é atoa que ele era o responsável por falar com as autoridades e sempre saia em leso.

O estudava, sentindo que algo não estava certo e noto ele olhando para o caminho que levava ao banheiro feminino.

Achando isso muito estranho, fico em alerta e levanto-me, andando na mesma direção.

— A polícia está a caminho. Se ficarmos aqui teremos todos que explicar muita coisa. _O Dante revelou e eu desci a mão da maçaneta, dando um passo atrás e virando-me.

Os negócios da família não poderiam ser prejudicados e se eu fosse pego, o meu irmão desocupado assumiria meu papel.

Isso seria um desastre.

E outra, quem protegeria a moça?

Porque nesse momento, a Famiglia quer matar o Dante e ele precisa de mim para aliviar a barra que o deleguei.

Não posso arriscar.

***

Depois de muitas horas pensando e sem conseguir fechar os olhos, percebo que tinha alguém naquele banheiro e o Dante não me deixou descobrir quem era.

Meu soldado a paisana jurou que nenhuma polícia compareceu ao local.

O toque do meu celular soa, tirando-me dos devaneios.

Jogo as cobertas para o lado e passo a mão no criado mudo, sentando na cama e aceitando a chamada.

— O senhor me disse para ligar a qualquer hora...

Preocupado, a corto.

— O que aconteceu Andrea?

— Calma, não aconteceu nada. Eu liguei para dá boas notícias.

Respiro.

— Fala.

— A menina já está bem e hoje, disse que foi um dia muito bom porque mesmo tendo ouvido uma explosão e ter ficado escondida no banheiro com um medo tenebroso. Ela conheceu um cassino.

Franzio o cenho.

Era ela.

O Dante mentiu para impedir de eu vê-la.

De pressa, levanto-me e vou até a janela respirar. O ar me faltava.

Eu estava em vantagem, ele sabia que eu podia levá-la e ele não permitiu tirá-la desse lugar que a causava sofrimento.

Estou descrente.

Era o momento perfeito.

Miserável traidor.









CONTINUA...





Não sou capaz de opinar.

Mas já imagino as teorias kkk

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora