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Gianluca Rossi







Assim que a Maya com o olhar excitado levou o dedo melado a boca, sua expressão mudou radicalmente e eu fiquei fodidamente confuso, pois, de repente, ela espalmou as mãos no colchão e passava as pernas para o chão, cobrindo a boca e seguindo de pressa até o banheiro.

Com a preocupação gritando, também me levanto da cama e a sigo. A vejo ajoelhada, mantendo o antebraço da mão direita atrás da sua nuca, segurando seus cabelos enquanto ela vomitava e deixava escapar um gemido sofrido.

Cruzo os braços e encosto no batente da porta, observando-a e com a cabeça longe, imaginando o que poderia está ocorrendo com o meu neném sendo que a mesma já havia me chupado algumas vezes e em toda vez me engolia sem nenhum problema.

A verdade é que eu não encontrava respostas certas. Desde o início do segundo mês que passamos fora, notei que ela estava mais agitada e que seu humor mudava de forma volúvel. Pensamos até que fosse sua tensão pré menstrual de todo mês e que realmente seria, mesmo não menstruando no segundo mês, era normal ter os sintomas. Então, comecei a repara-la mais, eu já fazia isso a cada segundo, era gostoso de contempla-la, eu parecia um adolescente apaixonado.

Me sinto um pilantra por está sorrindo, enquanto minha mulher passava mal bem na minha frente.

Como eu ia dizendo, nesse tempo iniciei uma inspeção mais aprimorada, eu gostava de saber do que se passava com ela, e a Maya não era do tipo que vinha até mim e diria caso tivesse uma simples dor de cabeça. Eu precisava está em alerta e não enxergava nenhum sacrifício em me dedicar a fazer isso.

Agora falando em questão de físico, percebi que seus cabelos também haviam crescidos e que seu apetite aumentou.

Não falamos a respeito, se ela queria eu estava lá para sua satisfação, mas quando regressamos notei que seu desejo pelo ato carnal também estava elevado e animalesco comparado ao normal. Ela estava muito mais fogosa e disposta a tudo.

Não posso negar. Eu aprecio muito e nada me evidência o quanto ela era minha como nossa intimidade.

A assisto agarrada na privada e identifiquei que aquele mal-estar não era a primeira vez que acontecia. Ela já vinha ficando ruinzinha e enojada há uns dias. Já teria acontecido anteriormente e eu mesmo presenciei.

Poderia ser estresse ou uma fadiga diante de tantos desacertos e imprevisto que a pegava de surpresa, o corpo reage quando não aguenta e é a sua maneira de expôr seu limite, mas não era isso, bem no fundo, eu sentia que não era isso.

Contemplo sua mão quase abraçada na privada, ela, nua, sentava nos calcanhares e essa mesma mão seguia para espalmar em sua barriga.

No mesmo instante, engoli ar seco e tudo fez sentido.

Aumento de peso.

Desejo exagerado.

Ânsia e vômito.

A Maya estava grávida.

Meus olhos assombrados apertam e eu nego aterrorizado, mudando a vista e descruzando os braços para apoiar a mão no batente da porta, não tendo para onde olhar a não ser fincar os olhos no chão.

Não... Não... definitivamente não.

Com o coração na mão e uma tensão desprezível que me causava apreensão, me vi perturbado como nunca com a possibilidade de que ela já estivesse grávida e nós dois não percebemos.

Nervoso, me agacho e esfrego meu rosto, tamanho era o meu pavor e angústia.

Um filho?

Elevo o rosto e desço as mãos. Seu olhar encontrava o meu e eu a vislumbrei desentendida.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora