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Gianluca Rossi











— Levante-se. _Puxei as cobertas e a Maya deu um pulo assustada. Jogo as cobertas no chão. — Se troque. Você vai comigo na casa da desgraçada da minha mãe.

Perdida, ela olhava entre os lados e se abraçava.

— Estou com muito frio. _Tremeu os lábios.

— Vista um blusão, qualquer coisa. Mas você vem comigo. Não vou te deixar sozinha nem mais um instante. Você já me provou que não sabe se virar sem mim. _Digo irritado.

Estou com dor nas costas, não tive uma noite decente e meus olhos parecem que tem areia. Meu maior inimigo era a preocupação.

Algo ainda não se encaixava.

Eu precisava entender o que houve ou iria descontar toda a minha raiva e desprezo na Maya.

E não era justo, não até saber o que houve de fato.

— É 7 da manhã. Não é muito cedo? _Ouço, enquanto sigo até sua mala e a trago para a cama, abrindo-a e procurando uma roupa de frio para ela.

— Cedo para quem? _A encaro, nervoso e jogo um moletom na cama.

— Não me trata desse modo, por favor. _Ela levantou-se da cama e veio até mim. Eu me afasto, erguendo as mãos para cima para não ousar a tocar nela. Seus olhos castanhos desentendem. — Você está me... rejeitando? _Sua voz cortava.

— Se eu soubesse o que ocorreu, não tinha deixado você colocar a boca em mim. _Confesso e ela dá um passo atrás, horrorizada.

— Vai me crucificar agora? _Perguntou magoada.

Muito pior estava eu. Estou frustrado por ser eu a criar a maldita expectativa.

— Você passou pela porta, tirou a roupa fedendo a álcool e foi tentar se livrar do cheiro, tudo premeditado para que eu não percebesse que você foi inconsequente. _Acuso.

A Maya balançava a cabeça.

— Eu não preciso te contar tudo o que faço... Preciso? _Questionou, franzindo o cenho.

Fico puto, porque é nítido o que estou fazendo por ela e ela não nota.

— Não sei se você percebeu, mas eu trouxe você para longe. Eu estou assumindo riscos e responsabilidades para te manter segura. O mínimo que esperava de você, é que me deixasse a par de tudo o que faz. Maya, a gente pode ter a porra de uma vida normal, mesmo sendo cada um no seu lugar... _Limpo a garganta. Me dói existir essa probabilidade. — Mas antes eu preciso destruir pessoas. É isso ou você escapa das minhas mãos. Caralho! Você ir até uma boate, sem me consultar quando tem inimigos atrás de você, é de uma insensatez tremenda. Pior ainda... Falar que gosta de mim e na primeira oportunidade não conseguir se conter perto de outros homens.

Ela caiu sentada na cama, definitivamente baqueada.

— Depois de tudo que me aconteceu Gianluca... Jura que acredita cegamente que eu me joguei para "outros homens"? _Ela me olhava tristonha e engolia o choro. Eu não respondo, suas palavras me faz pensar que sou um maldito infeliz. Foi então que ela mudou a vista por não obter respostas e se colocou de pé. — Tudo bem. Vamos atrás da verdade. _Indagou, parecia ter um nó na garganta.

Abro a boca por vê-la me entregar as costas, mas não consigo falar nada e me calo.

Eu só queria resolver logo isso e ficar bem com ela.

***

— Você destroçou a porta. _Minha mãe gritou e eu puxei a Maya comigo. — O que é isso? _Questionou intrigada.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora