32

9.6K 796 259
                                    








Maya Petrov










Sozinha, aprendi sozinha e não foi ninguém que me ensinou que, intimidade com outra pessoa não é criada ao ficarmos nus diante dela, é criada compartilhando tempo, aproveitando conversas e assim, irmos conhecendo pouco a pouco a outra pessoa e nos deixarmos se redescobrir.

É fato, sei pouco do Gianluca e ainda não chegamos na fase de descobrir afinidades comuns ou não, e tudo bem se não chegarmos a esse momento, estou trabalhando minha cabeça para não pensar além do que não é, não posso criar expectativas e também não vou negar de deixar as coisas seguirem naturalmente. Mas preciso admitir; a energia límpida que emana dele me contagia, algo nos uni e nos conecta, não sei se essa conexão existiria com outra pessoa que não fosse ele, talvez sim... Ou não. E não importa. O que reconheço é que não sei nomear exatamente o que é isso, no entanto, é o bastante para confiar nele e entregar-me de corpo e alma. É louco isso porque parece que o conheço de uma vida inteira.

Muito ansiosa, dou total espaço para ele abrir o botão da minha calça -perdi as contas de quantas vezes hoje ele abriu, fechou e abriu de novo - E o deixo retirar, apoiando-me em seu ombro para que ele faça mais de pressa e levante-se para vir me beijar na boca.

Ele realmente se levanta, mas virou-me de costas e me fez grudar o corpo na parede, jogando meus cabelos todos para o lado e afundando o rosto na curva do meu pescoço, arrepiando-me inteiramente ao me beijar por cada espacinho que ele achava prudente dar atenção.

Tão desesperada e não me envergonho por isso, acabo fechando os olhos e assanhando o quadril contra seu membro, o sentindo rijo adentro das calças.

Deus... Eu o desejo tanto.

Sinto seus dedos cravarem e firmarem em meu quadril e ele me atiça, mostrando-me na sua insinuação o tamanho do seu desejo.

Separo os lábios e suspiro, espalmando as mãos na parede e sentindo seus beijos descerem por meu ombros e meio das costas, rastejando até minha bunda, onde recebo uma mordida fraca em um lado das nádegas.

Com tudo, consigo forças e viro-me, olhando-o de cima e sem ar. Fecho minha boca seca e grudo as mãos em seus cabelos, o puxando-o para beijar-me em cima da minha intimidade.

Ele faz, devagar, com lentidão e me olha nos olhos, seu olhar azul estava tão profundos que davam medo, mas não em mim. Suas mãos chegaram nos meus tornozelos e ele as deslizavam por minha panturrilha e a curva do meu joelho, comandando meus próprios movimentos ao descansar minha perna direita em seu ombro e afundar o rosto em minha vagina, tirando-me o fôlego e fazendo-me abrir a boca ao limite e fitar o teto, batendo a cabeça na parede.

Foi simplesmente necessário ele rastejar sua língua salivante por meu clitóris e a penetrar em minha entrada, para que eu revirasse os olhos e sentisse ter uma pequena tremidinha involuntária em todo o corpo.

Como era bom, meu Deus!

Eu me via se molhando toda com sua saliva e com a excitação descomunal que ele me causava ao remeter sua língua em mim e vir chupar meu clitóris, fazendo barulho e acabando com o meu psicológico.

- Gianluca... _Puxo os fios dos seus cabelos lisos e sedosos e desço a vista, o observando e aguardando ele cruzar seu olhar no meu para negar, dizendo que não aguentava mais um segundo daquilo. E eu ainda o queria em mim.

Ele colocou minha perna firmada no chão e elevou-se, chocando o seu corpo grande no meu, unindo nossas testas. O vi fechar os olhos e esfregar a testa na minha, respiração tão descompensada de repente, que me impactava a intensidade daquele momento.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora