LUZ NO INFERNO (1)

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Maya Petrov

Meu corpo arrepiava de repente e eu despertava com beijos no pescoço e mãos passeando por minhas costas, chegando aos meus seios, não me machucava de forma alguma quando eram apertados com certa pressão. No meu ouvido, vinha também uma respiração forte.

Sorrio.

Ninguém me acordaria assim se não ele.

— Sabe como eu pretendia te acordar? _O Gianluca fala baixinho em minha orelha. Estou de costas para ele e ainda não estou totalmente acordada. Preciso dos meus dez segundos para a alma voltar ao corpo. Afinal, ela estava no céu há horas atrás e essas coisas levam tempo para normalizar. — Chupando sua buceta. _Ouço e finalmente abro os olhos.

— Gianluca... Você não cansa? _Viro-me e ele gira em cima de mim, se acomodando entre as minhas pernas, com o rosto entre os meus seios.

— Cansar de você? _Fechou um pouco os olhos azuis e impulsionou a cabeça para trás, balançando-a. — Jamais.

Arrumo seus cabelo revoltos e não oculto meu sorriso largo.

— A gente não dormiu nada. Seus cabelos ainda estão molhados do banho que tomamos na madrugada.

— Como você está? _Perguntou.

— Eu estou muito bem, obrigada e você, como está?

— Fudidamente bem. _Riu ligeiro.

Elevo uma sobrancelha.

— Não seria eu a ter que dizer isso? _Mordo o lábio inferior.

— Você está ficando abusada. _Acusou-me.

— Com um homem como você, não tem como ficar normal. _Bagunço seus cabelos, voltando a pentea-lo com os dedos. — Você queria me acordar da forma que disse? _Pergunto e ele pisca o olho bonito. — Por que não acordou?

— Porque isso é estupro.

Disfarço o sorriso.

— Isso é sério? _Estou alarmada.

— Claro que é. O corpo é seu e eu preciso de aprovação. Não é assim que as coisas funcionam e outra, você tem seus traumas, acorda-la como eu desejei fazer seria um gatilho. _Foi extremamente sensível suas palavras, mas eu desentendia.

Ele me acordar chupando é considerado estupro?

— Mas a gente tem um lance...

— A gente pode está até na casa do caralho e ter o relacionamento mais saudável do mundo. Tanto faz. Eu ainda precisarei de aprovação. _Sua expressão entristeceu. — Naquela vez que pensei que você e o Dante ficaram juntos e eu me descontrolei, também foi uma tentativa de estupro. Eu juro que me arrependo amargamente por aquilo.

Assinto, confiando em sua sinceridade.

— Eu acredito. Mas ainda estou desorientada. Você está falando sério? É realmente estupro me acordar dessa forma?

Uma vez ela me disse "nunca surpreenda uma mulher enquanto ela estiver dormindo." Aquilo me magoou profundamente.

— Maya, você está dormindo, inconsciente, vulnerável. Eu não tenho nenhum direito de chegar em você e transar ou te chupar como eu pretendia. Por mais que você esteja nua na nossa cama e seja um pequeno oral em você, para você, para o seu prazer. _Me beijou nos seios. — Não pode, neném. _Afirmou, convencendo-me.

Então todas as vezes naquele quarto do pesadelo, foram estupros. Tudo que eu não concordava, mas não tinha forças para dizer não, tudo era estupro. A mão em mim sem permissão, a língua em meu pescoço, os apertos em minha bunda, puxão de cabelo... Tudo, se eu não aprovasse era estupro.