53

4.7K 525 249
                                    











Gianluca Rossi







Que a Maya era minha perdição isso todo mundo já sabe. Eu perdia completamente o juízo por ela e me enxergava numa situação complicada em que não me reconheço nesse momento.

— Eu sou seu homem? _Sento-me na lateral da cama, lado direito onde ela dormia comigo e prolongo nossa conversa. Ainda que fosse tardar da noite, eu estava sem sono e daria minha vida para continuar ouvindo sua voz delicada e que me tranquilizava a turbulência desses dias desgastantes e sem sentido que é enfrentar a sua ausência.

Maldição é essa distância.

Todinho. Você é todinho meu. _Sussurrou possessiva e eu estaria louco se dissesse que não gostava do meu neném visualizando essa realidade. Eu era mesmo, definitivamente inteiro dela.

Observo o nosso quarto em volta e contemplo algo.


"— Porque eu desejo que faça isso sentado em uma poltrona..."


Separo os lábios e os deixo umedecidos.

Esse neném, uma hora vai me matar.

Você está me provocando. _Aviso, ouvindo o som fabuloso da sua respiração forte e levanto-me, vagando até a poltrona e tomando assento, relaxando os músculos e fechando por um segundo os olhos. O silêncio pairou e quando eu iria abrir a boca para ceder, o celular em minha orelha notificou o recebimento de uma nova mensagem. Afasto o celular e desbloqueio a tela. — Chegou uma mensagem. _Comento com ela do outro lado da linha. Franzio o cenho, desentendido. É dela. — Neném, é sua.

Ouço seu sorrisinho sacana e balanço a cabeça.

— Lê pra mim. _Pediu manhosa.

Abro a mensagem e limpo a garganta, ajeitando-me na poltrona.

Caralho!

Porra!

Olha as curvas dessa mulher.

Puta meu!

Eu poderia ficar de joelhos e agradecer por viver em um mundo onde essa princesa é a minha princesa.

Eu viveria para aclama-la.

— Você está nua. _Trago o celular à orelha e grudo as costas na poltrona, respirando nada bem. Eu havia se afetado desgraçadamente. — Maya...

— Amor, por favor! Bora tentar. Vai ser como naquela vez que você estava no engarrafamento e eu usei um consolo...

— Linda, não vai ser igual. Naquela vez eu estava há minutos longe de você e eu poderia me esbaldar em seu corpo, porque sabia que você estava aqui, na nossa cama me esperando chegar. _Revelo com agonia.

— Isso é novo pra você? Nunca tentou fazer isso?

— Nunca fiz nada disso porque prefiro ao vivo e as cores, gosto de tocar, pegar, apertar e me ver tomando posse.

— Eu também prefiro. Mas no momento não podemos. _Ouvi ela fazer um barulhinho de descontentamento com a língua.

— Acredito que você também nunca fez. Ter esse tipo de sexo por chamada. Estou errado?

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora