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Gianluca Rossi







Sim, Gianluca Rossi, um homem forte, matador, brutal e destemido estava se sentindo como um cão sozinho, abandonado e percebendo somente agora, que era mais dependente dela quanto ela era de mim.

A maior burrice e loucura que fiz na minha vida foi deixá-la partir de volta para o lugar que jurei não entrega-lá jamais. Mas o que eu podia fazer? A escolha partiu dela e eu sempre iria respeitar por mais que não apoiasse. Claramente que eu fui precavido, não deixaria minha neném desprotegida. Isso nunca. O que mais me conforta o coração é reconhecer que não importa onde ela vá, ou com quem esteja, eu sempre saberei onde ela está e se estará em perigo.

A única verdade que me assola, é que não existe Gianluca sem Maya Petrov. Ela era a menina dos meus olhos, meu céu, minha paisagem esplendorosa e desenhada com delicadeza sobre mãos de um generoso pintor, sua pele sempre me revelava isso. Ela era minha crença de felicidade e a qual eu dei meu sangue para mostra-la a parte mais bonita dos sentimentos que a vida nos proporciona. Por ter sido ela a me mostrar o verdadeiro, o único, o leve e florido amor. Eu a amaria até se ela atravessasse uma espada em meu coração.

Antes dela, ninguém, nunca, em hipótese alguma, sem sombra de dúvida e em tempo nenhum, seria digno e capaz de me deitar no sono profundo da morte... Mas por ela, eu juro que morreria.

Eu nunca amei assim e sou grato a quem me proporcionou essa dádiva.

Eu já vivi muito, de um tudo e já tive minhas cotas de desilusões amorosas. Ela merecia ser feliz diante de tudo que passou.

— Você está prestando atenção no que estamos falando, Rossi?

Saio dos meus devaneios e viro-me, locomovendo com meu copo até minha poltrona.

— Desculpe-me. _Digo e deposito o copo na mesa.

— Hoje a mulher do meu neto viajou. A cabeça dele está a mil. _Meu avô tentou contornar a minha falta de atenção.

— Ela não deveria está dentro dessa sala nesse momento onde estamos tentando reverter futuros abates e problemas. _O representante da máfia Mara Salvatrucha mostrou a que veio.

Por que droga o meu avô não me disse que eles viriam hoje e não na semana que vem como era o combinado?

Puta que pariu! Eu não tenho discernimento para planejar porra nenhuma.

E outra...

Encaro o meu avô.

— Eu não te aposentei? _Elevo uma sobrancelha. — O que está fazendo aqui? _Questiono.

— Você mandou o Mattia com a sua mulher. Ele me pediu o favor de está presente nessa reunião. _Despreocupado, ele se servia de alguma bebida.

— Isso não importa. _O Guzman, capo do Cartel de Sinaloa demonstrou irritabilidade com a demora em entrarmos nos assuntos que vieram tratar. — A gente se reuniu para novos pactos e novas alianças. Eu estou fudido. Fui roubado e tive os pedaços de metade dos meus soldados flutuando pelos ares. Explodiram toda a minha droga que já estava vendida e não sobrou desgraça nenhuma. Preciso de um plano urgente...

— Eu te cedo os soldados que perdeu e empresto o dinheiro para iniciarem imediatamente a fabricação de novas drogas. _Sou solícito e trago meu copo aos lábios. — Se não me pagar... Bum... Uma nova explosão. _Sorrio com sarcasmo.

O olhar do Guzman modificou de tamanho e furioso ele ficou de pé, batendo fortemente os punhos na minha mesa.

— Foi você, seu miserável. Você mandou destruírem tudo. _Esbravejou.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora