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Maya Pavlova












Semanas depois, todos na mansão corriam afobados para lá e para cá, me ajudando com todos os preparativos. Meu pai, minha mãe, a senhora Andrea, Mattia e a sua mulher, coloquei todos para trabalhar.

Aí gente, mentira. Eu não tenho todo esse poder sobre as pessoas.

No relógio de parede marcava 20:00 horas da noite e eu rezava para que o Gianluca não chegasse nos próximos trinta minutos, pois faltava muito para que a decoração ficasse perfeita.

— Ei, cuidado com isso. _Digo com um soldado que arrastava a mesa com o bolo de aniversário.

— Senhora, fica calma. _Ele riu da minha apreensão, bateu continência e diminuiu a pressa com que arrastava a mesa até o local indicado.

Respiro fundo.

Isso tem que ficar maravilhoso. Porque meu amado merece o melhor.

Não será algo grandiosa e tal, mas pensando nele e no quanto ele é reservado para essas coisas, eu fiz questão de fazer uma surpresinha simples e convidar somente a nossa família para comemorarmos juntos. O que não pode é essa data especial passar em branco.

Claro que eu queria uma festa gigantesca e com os soldados atirando para o alto quando o meu neném aparecesse.

Mas felizmente eu estou grávida, não ia poder beber e pintar um sete como eu gostaria. No entanto, meu aniversário é daqui há quatro meses. Tenho bebê em dois meses e alguns dias, irei me recuperar e vai ser perfeito, porque eu já programei tudo e vou querer a festa.

Dançar até os pés doerem e continuar a comemoração com o meu marido em algum cubículo que nos caibam até eu reclamar de dor.

Sim, o Gianluca diminuiu as vezes em que dá uma comparecida aqui nos países baixos, e não, não é porque ele não me deseja, na verdade ele ama me devorar como estou. Entretanto, ele é muito preocupado comigo e com o bebê e conversamos que não dava para ficar se comendo igual coelhos pela casa, e de verdade, eu até fiquei mais confortável assim. Meio que estava sendo desagradável e constrangedor transar com o animal do meu marido. Eu cansava muito em qualquer posição e isso me deixava angustiada.

Confesso que até me fez perder a libido e sim, eu sei que é porque estou a caminho do fim da gravidez e estou orando para todos os santos para que seja apenas fase.

Avistando a Donatella descer as escadas correndo, saio dos meus devaneios e sigo até ela, abrindo um braço e passando a mão por seus ombros.

— Eles estão chegando? _Pergunto.

— Sim, chegaram no aeroporto as seis e foram logo para o hotel. Em quinze minutos estarão aqui.

— Eu fico tão mal por ter convidado ela. _Toco minha barriga. — Ela está prestes a ganhar neném, deve está tão cansada.

Caminhávamos.

— Acredite, nossa prima ia odiar saber que não a convidamos para participar dessa data importante para o meu tio. Ele nunca comemorou e quando ela soube que você faria uma festa surpresa, veio correndo. Entenda, ela é muito grata a ele por ele ter escondido sua gravidez até o dia do casamento. E qual é, Maya? A gente não faz 38 anos todo dia. _De repente, chegamos do lado de fora da casa. No jardim, a vi deslumbrada. — Nossa! _Ela aproximou da árvore com luzes e resgatou uma lâmpada sem desprende-la do soquete. — São nomes masculinos. _Percebeu, observando lâmpada por lâmpada e virando-se sorridente para mim. — Qual é a lógica?

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora