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Maya Petrov












De repente, despertei quando algo tocava minha testa. Sonolenta, abro os olhos e avisto o Gianluca sentado na lateral da cama, acariciando meus cabelos.

— Bom dia, Neném dorminhoco. _Ele desejou e eu sorrio, fechando os olhos e pegando sua mão, a abraçando.

Eu estava muito contente com tudo que aconteceu entre nós e com uma felicidade incontida por ele ter me feito sua quando acreditei que não seria mais de ninguém.

Depois do que fizemos, recuperamos nosso fôlego e saímos da sala. Ele me chamou para tomar banho com ele e eu não fui, quis fazer isso no meu quarto, mas quando entrei cai cansada e devastada na cama, eu não aguentava mais nada e puxei os lençóis para me cobrir. Tudo que lembro-me depois, é que a senhora Andrea entrou aqui a pedido dele e fez um curativo em meu dedo, mas eu nem reparei como.

Respiro fundo, provando seu perfume e abro os olhos.

— O senhor está tão cheiroso. _O observo e percebo que ele está impecável, arrumado como só ele. — Vai sair?_Pergunto curiosa e estreito o olhar em seu relógio no pulso. — É oito da manhã ainda.

— Podemos não falar do meu trabalho? _Foi doce e arrumou meus cabelos. — Não quero você se preocupando com nada.

Então ele ia fazer coisa errada logo cedo.

Esmiuçada, solto sua mão e me apoio, sentando-me e puxando os lençóis para cobrir meus seios.

— Tudo bem. _Concordo e o vejo olhando para minhas mãos mantendo o lençol em meu corpo. — Eu estou nua. _Confesso. — Capotei quando entrei no quarto. _Mostro meu dedo com curativo pra ele. — Não vi quando ela fez isso. Estava realmente cansada.

Ele pegou minha mão, alisando-a e levando aos lábios e me encarou, pousando a minha mão sobre sua perna.

— E como você está? _Passou a mão para o lado dos meus quadris, me cercando e impulsionou o seu corpo, beijando-me no queixo.

— Eu estou bem. _Sorrio sem jeito. — Eu gostei bastante do que fizemos. _Sussurro baixinho, como se tivesse medo das paredes ouvir e me julgar por isso. Repouso a testa em seu ombro e sua mão me dá carinho nas costas. — Obrigada.

— Olha para mim. _Eu fiz. — Você quer continuar fazendo aquilo comigo? _Imediatamente concordo e me remexo incomodada pela pressa em concordar. Eu parecia uma desesperada. — Fica tranquila. _Retirou um pelinho do meu ombro e o soprou longe, dando-me total atenção. — Creio eu que você não se previna, ou estou enganado?

— Não. _Afirmo. — Quando acontecia deles... _Me calo e o Gianluca beija meu pescoço, evitando que eu veja sua expressão de fúria. Ele não suportava ouvir aquilo, mas eu precisava contar. — Me faziam tomar a pílula do dia seguinte.

— Shhhh. _Cobriu minha boca com dois dedos. — Eu posso marcar uma consulta para você no ginecologista?

— Por que? _Pisco os olhos e fico tensa.

— Quero que faça todos os exames necessários, preciso ter certeza de que você está bem. _Respirou forte.

— Eu disse a você que eles não se previnia. Tem medo que eu tenha pegado alguma doença? _Pergunto e super entendo quando ele assente.

— Quando se trata de você, eu tenho medo de tudo.

— Se isso vai deixar nós dois mais sossegados. Pode marcar a consulta.

— Tudo bem mesmo? _Foi manso.

— Sim. _Suspiro. — A senhora Andrea vai comigo?

— Certamente sim. Ela e mais alguns soldados, pode ser assim?

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora