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Gianluca Rossi










Preocupação era o que me definia quando voltei até a Maya e a vi completamente pálida e com os olhos marejados.

Ela havia reclamado de dores, então certamente era isso e me destroçava inteiro porque eu odiava ver seu rosto bonito com qualquer expressão negativa.

Eu me sentia responsável por tudo que acontecia e tudo o que eu lutava, era pra que ela ficasse bem ao meu lado. Deus! Eu me frustrava só de imaginar que a Maya pudesse me ver como um estranho.

Eu anseio ser seu amigo acima de tudo e sinto necessidade de que ela confie em mim sempre e não tenho nenhum problema em expôr isso.

Quero está com ela em todos os momentos e sentidos e venho trabalhando para mostrar com atitudes que posso sim ser um homem digno para o seu coração.

Não penso em ficar com ela para sempre e longe de mim falar isso em voz alta para alimentar algo dentro dela, isso seria um egoísmo tremendo da minha parte. Ficaremos juntos enquanto estivermos felizes, esse é o certo.

Demorei para entender que o pra sempre acaba e me trucida o coração imaginar na probabilidade de um dia nos despedir. Mas pode acontecer e precisaremos está preparado.

Ainda que eu seja um homem temido e impiedoso, com ela eu reconheço o meu lado leve e gosto de como me sinto ao seu lado, no entanto, eu jamais a obrigaria a está comigo se não quisesse.

Não é de mim, por mais que doa a despedida.

A Maya tem todo direito de ir encontro a felicidade.

Cuido e protejo porque definitivamente gosto absurdamente dela, da sua companhia, da sua voz, do seu olhar e do seu corpo e a responsabilidade afetiva ante ao que ela sente por mim, grita e não me permite ser um canalha.

Eu daria amor, respeito e fidelidade e me empenharia em ser bom, enquanto assim ela quisesse.

Vejo tanto casal fudido. Eu não quero isso pra mim e menos ainda contaminar alguém tão especial como a Maya com essa porra.

Ela merecia cuidado e leveza. Eu daria.

Aproximo dela e fecho meu terno em seu corpo.

— Vamos pro hotel. _Digo e a encaro, analisando sua expressão assustada. — Deveria ter me contado assim que viu que não estava bem. _Alerto.

— Eu pensei em falar... Mas você entende que é algo íntimo? _Sua voz era de alguém que engolia o choro e a todo instante eu notava que ela olhava entre os lados.

— Maya, eu durmo com você. Em algum momento eu iria saber de tudo que te acontece. _Segurei sua mão e a guiei comigo para fora do restaurante, rumando até o estacionamento e abrindo a porta do Jaguar alugado. A dou passagem e ela olha para o banco e ergue o olhar perturbado.

— Eu vou manchar o banco.

— E o que isso importa? _Elevo uma sobrancelha.

— É sério que você está achando isso normal?

Eu coço a têmpora, desentendido.

— Não é normal? _Sorrio e seus olhos tremem muito e então a lágrima escapa. Deixo a porta do carro aberta e a abraço com uma mão, adentrando com a outra em seus cabelos. — Ô meu Deus! _Beijo seus lábios. — Você não consegue acostumar ainda com tanta intimidade? _A encho de beijos, limpando seu rosto.

— Quando se trata dessas coisas é um tanto mais estranho. _Confessou tímida e fungou. Eu me perguntava porque de uns dias pra cá ela estava tão emotiva. — Uma coisa é eu está com tudo ok e outra é está deixando você saber que estou menstruada.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora