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Gianluca Rossi










— Gianluca... O que é isso, isso é forma de tratar uma mulher? _Meu avô ergueu-se, jogando o guardanapo na mesa.

— Mulher? _Friamente o encaro, pousando a taça vazia sobre a mesa. — Chama essa ordinária de mulher?

— Eu nunca fui tão humilhada em toda minha vida. _Beatrice também ficava de pé, afastando o vestido molhado do corpo. — Eu não mereço passar por isso...

Que vadia mais descarada.

Vontade de apertar esse pescoço até deslocar.

— Você nunca foi tão humilhada assim porque nunca achou alguém que brecasse esse seu preconceito ridículo. Sua sonsa. _Minha sobrinha empurrava a cadeira e passava por ela, a empurrando. — Aceita, a Maya está no lugar que nunca foi seu, sua cínica. _Donatella segurou nos ombros da Maya que continuou sentada, porém cabisbaixa e com os cotovelos na mesa e as mãos cobrindo o rosto.

Inferno! Eu tinha planejado tudo para que nada a afetasse...

Droga!

Odeio quando as coisas saem do meu controle e eu percebo que nem sempre poderei a proteger de tudo.

Por que essa infeliz veio se sabe que não é bem vinda?

— Está todo mundo olhando. _Minha mãe alertou. — O melhor é acalmar os ânimos. Ninguém aqui quer arruinar o casamento da sua prima, ou querem?

Fito a minha prima e o marido e eles realmente não merecem. O melhor é controlar o meu descontrole e fúria e esquecer por um momento que essa desgraçada ofendeu a minha mulher.

— Me desculpe. _Indago e torno a encarar a filha da puta. — Você, sai daqui antes que eu te arraste a ponta pé. _Exijo.

Ela chora.

— Você ainda vai se arrepender por isso, seu babaca... Eu não tenho medo de você. _Gritou histérica a ameaça e eu ia avançar nessa pilantra com sangue nos olhos, no entanto, meu avô foi mais rápido e a puxou, levando-a para longe.

— Maya, querida. Tudo bem? _Minha mãe deu a volta na mesa e pegou as mãos da Maya. Ela levantava e balançava a cabeça em positivo. Mas eu sabia que não estava. Ela era muito emotiva e sentimental, tentava ser forte, apesar de sempre conseguir, ela não era tanto. — Venha comigo ao toalete. _A puxou e saiu com ela e a Donatella.

Um garçom passa e eu pego uma garrafa de whisky e copo e me sirvo, tomando meu lugar.

— Como você é amiga dela. _Enchi meu copo e gesticulei para minha prima. — Vou deixar você escolher. Arranco todos os dentes com um alicate ou unha por unha das mãos e dos pés, jogando álcool no ferimento e repentino o processo a cada 15 dias quando as unhas começarem a crescer? _Sorvo o líquido forte, gostando mais da segunda opção. Era tentador a tortura lenta, confesso que é a que mais uso. — Qual o melhor a ser feito?

Minha prima arregala os olhos.

— Você não está falando sério. _Riu de forma embargada.

LUZ NO INFERNO (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora