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Sina Deinert

Já estava saindo de meu quarto. Eu estava toda dolorida e fui dormir tarde, mesmo saindo do shopping cedo.

Ontem nem vi mais Diego, mas nem liguei muito. Só lembro-me de Noah aparecer da volta do banheiro com um sorriso de uma pessoa que tivesse ganhado na loteria. Eu sabia que ele tinha aprontado alguma, mas mesmo assim não dei muito bola, apenas fiquei na minha.

Eu descia as escadas na velocidade do raio, e escorregava no último degrau, porém assim que ia levantar, ouvi risos.

- Porra.. - Ria. - Você mesmo se fode. - Noah debochava,

- Vai tomar no cú! - Xingo e me levanto, pegando meu celular que havia caído no chão.

Graças a Deus não quebrou essa merda.

- Nossa... Acordou brava hoje? - Arqueava uma sobrancelha e se aproximava.

- Não te interessa. - Sorrio forçado. 

- Por que está me ignorando? - Me seguia, enquanto eu ia em direção à cozinha.

- Por que não ignoraria? 

- Por que ninguém consegue me ignorar. - Parava em minha frente, fazendo-me bater de cara com seu peitoral. 

- Você vai morrer se eu te ignorar? - Cruzo os braços e arqueio uma sobrancelha.

- Vou.. - Chegou perto de meu ouvido, logo sussurrando no mesmo. - De tesão.. - Mordia meu lóbulo e sorria malicioso.

- Admite logo que me ama, é mais fácil. - O empurrei para o lado e continuei andando.

- Sonha.

- Cala boca. 

Ficamos discutindo daqui até a cozinha. Eu estava à ponto de enfiar uma faca no coração desse filho da puta. Logo adentramos ao cômodo juntos, atraindo alguns olhares de pessoas que já estavam lá. Nem liguei e sentei-me ao lado de Diarra, pegando seu copo e bebendo o suco que havia ali.

- Porra Sina! Assim não dá né caralho.. - Reclamava.

- Eu estava com sede. - Dei de ombros, e logo Dona Maria chegou com um prato. 

- Salada de frango. - Colocava o prato em mina frente. - Seu favorito.

- Oh.. - Sorrio. - Muito obrigada, Dona Maria.

- Oh.. Não seja boba, menina. - Me bate com o pano-de-prato. - Me chame apenas de Maria.

- Ok. - Dei de ombros, e voltei á comer o frango e porra.. Soltei um gemido de prazer ao sentir o gosto maravilhoso em minha boca. - Porra.. Isso está bom pra caralho.

- Olhe a boca cheia, Sina. - Helena me repreendia. - E parem de falar tantos palavrões, céus.. Isso é ridículo.

- Fomos criados ouvindo apenas palavrões. - Shivani comentava. - Tanto que a primeira palavra de Noah doi calai. - Imitava o mesmo com uma voz fina, fazendo-o revirar os olhos.

- E a sua foi cú. - Agora era Noah que retrucava.

- Ô Deus.. Dai-me paciência para aguentar esses dezessete. - Dona Maria dizia, revirando seus olhos.

The Máfias - {Noart}Onde histórias criam vida. Descubra agora