A Prometida: Uma Proposta Irresistível - Completa

Capítulo 23

UM MÊS DEPOIS...

Um mês se passou, mais um mês nessa casa, depois do acontecido, Andrew não me procurava mais e parecia me evitar, o que eu achei bom, Andrew estava saindo bem cedo e só chegava de madrugada, eu nem o via. E também ele não trouxe mais Danna para casa, o que foi um alívio. Eu nem tinha cara pra olhar pra ele, e não lembrar de tudo que me disse.

Eu estava na última aula de hoje, quando o sinal bateu, aguardei a Jéssica. Peguei uma amizade boa com a Jess, ela é um amor de pessoa e bastante louquinha, apesar da nossa ótima amizade, eu evitava dizer o que se passava e o que se passou com os irmãos Vitale e eu. Descobri que ela é louca por Pietro.

Pietro... desde a nossa primeira vez juntos, ele ficou no meu pé. Eu não queria mais me envolver com ele, não queria estragar o relacionamento dele com Andrew, até porque depois disso, os dois pararam de se falar, e o clima naquela casa estava pesado. Andrew se soubesse que eu estava me encontrando com Pietro novamente, poderia dessa vez, não se controlar. Não queria arriscar, tentava ficar longe ao máximo de Pietro o possível. Eu sempre ia e voltava da faculdade de carona com Jess. Hoje, não ia ser diferente. Jess surgiu toda empolgada sorrindo e começamos a caminhar até o estacionamento.

— Aproveitando que hoje é sexta, que tal se invés de te levar pra casa, a gente não dar uma esticada até aquele bar universitário? Tem vários gatinhos lindos por lá. — Jess comentou, me dando uma piscadela, eu dei um sorriso.

— Não dá pra mim, eu vou resolver umas coisas hoje, então... — Jess revirou os olhos.

— Meu Deus, Emi! Você nunca pode sair pra lugar nenhum, tá sempre inventando desculpas, fora que você é linda, vários homens gatos vivem atrás de você nessa universidade, e você nem liga! Me conta, por acaso você é lésbica? — Ela me cutucou com o ombro e eu a encarei estupefata.

— Ah! Não que isso Jess! Eu gosto de homem, mas eu tô passando uma fase da minha vida, que eu não quero me envolver com ninguém agora. — Menti, o que eu mais queria era voltar a ser a velha Emi de sempre, tendo paqueras normais, com homens da minha idade. Infelizmente eu tinha medo de tudo, eu sabia que Andrew colocava gente para me vigiar, eu não queria dar um passo errado. Jess me encarou desconfiada.

— O que se passa com você, Emi? As vezes surge um olhar triste em você, sério, acredite em mim, eu sou sua amiga, se quiser desabafar, saiba que pode contar comigo. — Assenti em silêncio, e ela continuou a andar do meu lado. Eu queria mesmo desabafar, colocar pra fora tudo o que estava acontecendo comigo. Mas eu não podia, ainda não. Eu tinha medo, medo de confiar em Jess e ela acabar contando para todos o meu grande drama com a família Vitale.
Paramos no estacionamento e Jess desarmou o alarme.

— E então, o bar ou casa? — Jess deu um sorriso zombeteiro e arqueou a sobrancelha.

— Casa. — Respondi e ela bufou chateada entrando no carro, e eu fiz o mesmo.

— Ok né, fazer o que?! — Olhei para minha amiga dando-lhe um sorriso.

— Jess, prometo que outro dia eu marco e vamos a esse tal bar que você tanto fala. — Ela sorriu novamente.

— Promessa é dívida e eu vou te cobrar! — Assenti.

— Pois pode cobrar! — Ela sorriu ligando o carro e saiu...

[...]

Olhei pela janela e vi o céu estrelado, amanhã faria um sol daqueles em L.A, com certeza aproveitaria a piscina daquela casa que nunca vi ser usada. Olhei as horas no relógio, e vi que passava das três da manhã, eu estava sem sono, já havia estudado, jantado, tomado banho e assistido um filme atrás do outro. Fiquei entediada e sem sono. Resolvi descer um pouco, apenas para olhar os cômodos. Já não tinha mais nada a se fazer.

Abri a porta do quarto e dei de cara com Andrew, engoli seco. Andrew me encarava de uma forma intensa. Senti minhas pernas fraquejarem devido a intensidade de seu olhar, Andrew estava lindo usando um smoking vinho e muito cheiroso. Seus olhos caíram em meus lábios, tomado por um impulso, Andrew se aproximou colando nossos corpos, seus olhos miraram os meus.

— Eu quero você essa noite! — Ele rosnou e eu não evitei, lembrei que ele me provocou dizendo que eu tinha cara de fraquinha na cama. Uma mistura de carência, desejo e vontade de prova-lo que ele estava enganado, eu decidir dá o troco. Não sei o que me deu, mas eu queria fazer isso.

Puxei seu pescoço trazendo seu rosto para mim e colei nossos lábios, eu achei que ele fosse evitar, por dizer sempre que não beijava na boca, mas ele cedeu passagem e nos beijamos avidamente, ali na porta do meu quarto. Nossas línguas travaram uma batalha, dançando sensualmente. Seus dentes mordiscando meu lábio inferior lentamente, quando senti ele puxar meu cabelo com certa força, mas sem me fazer sentir dor, gemi de prazer em seus lábios.