Após não ter mais forças para chorar, decido ir até uma escrivaninha. Apanho uma caneta no porta lápis e um bloco de notas. Eu não tinha mais saída. Teria que me render a essa vida. Até quando, eu não sei. Decido escrever os números dos meus calçados, lingeries e roupas. Escrevo lentamente segurando novamente o choro.
Quando finalmente eu termino, ouço alguém bater na porta. Me assusto, será Andrew? Ele vai querer abusar de mim... engulo a seco. Não! Andrew não bateria à porta desse jeito, até porque ela não está trancada. Pode ser Pietro.
Decido reunir a pouca coragem que tenho e vou até a porta e abro. Pietro sorri para mim e eu o encaro.— Vim buscar as informações... — Assinto em silêncio dando espaço para que ele entre no quarto. Pietro entra cuidadosamente, como se tivesse medo de me machucar. Queria eu que Andrew fosse sensível como seu irmão e me deixasse ir embora daqui. Suspiro e vou até a escrivaninha, apanho o papel e lhe entrego.
— Obrigado! Amanhã bem cedo, suas coisas estarão aqui. — Assinto em silêncio e finalmente decido abrir minha boca.
— Bem, tudo certo... eu só precisava tomar um banho. — Pietro fica pensativo e finalmente diz:
— Não temos roupas femininas aqui, mas vou apanhar um dos meus Hobbies para você. Tem toalha limpa no banheiro e pertences higiênicos. Já volto! Vou buscar um hobby. — Assinto em silêncio e Pietro se retira.
Volto a me sentar na beirada da enorme cama e fico pensativa e triste, como estará minha mãe? O que aqueles homens fizeram com ela? Espero que nada. Afinal só estou aqui ainda por ela, pouco me importa se Andrew quer me matar. Mamãe não tem culpa de meu pai ser um babaca, idiota e sem juízo. Não demora muito e Pietro entra no quarto, me entregando seu Hobby azul marinho de seda.
— Tome, vista isso após o banho. — Assinto apanhando o hobby de sua mão enquanto ele parece analisar minha feição.
— Obrigada. — Digo fracamente e ele assente se retirando do quarto fechando a porta devagar. Puxo fortemente o ar e me levanto, indo em direção ao banheiro.
Assim que entro percebo que o banheiro é tão luxuoso quanto o resto da casa. Tem um enorme box, o piso extremamente limpo e cheiroso. Vejo uma toalha pendurada branca e macia como um algodão. Retiro minhas roupas, abro o armário e apanho sabonete, pasta de dente e uma escova de dente novinha, ainda lacrada. Abro o registro do enorme chuveiro e a água começa a cair bem morninha. Deixo o hobby que Pietro me deu em cima da bancada e entro no box fechando a porta de vidro. Me molho fechando os olhos.
A imagem de quatro homens invadindo minha casa, o desespero de mamãe e depois o encontro com o asqueroso dono do Cassino se mesclam em minha mente. Novamente o choro vem. Sento no box do banheiro deixando a água cair em meu corpo como se fosse um carinho. Um carinho que realmente eu precisava...
[...]
Após terminar meu banho, me seco por completo, visto o hobby de seda e volto para o quarto. Apesar do cansaço físico. Minha mente estava em um turbilhão de emoção. O medo, tristeza, ansiedade, raiva... Tudo isso tomava conta de mim. Vencida pelo cansaço finalmente, coloco minha cabeça no travesseiro e adormeço agarrada em outro... Só quero acordar amanhã e perceber que tudo isso não se passou de um pesadelo.
ANDREW VITALE
Já estava bem tarde, passava das três da manhã. Ainda estou aqui no escritório tomando meu Bourbon, analisando tudo que aconteceu hoje nesse Cassino. Recebi de vários clientes, eu pouco tinha problemas com eles, apenas um, sempre me tirava do sério. Jason Foley. Ele estava devendo o Cassino a mais de seis meses e a tolerância máxima daqui é três meses. Eu sabia que o inútil do Jason não teria mais dinheiro para pagar nada, afinal ele sempre pegava emprestado a meses e nunca pagava. Toda vez que uma das meninas o cobravam, ele dizia que pagaria na próxima semana.
Era assim que funcionava. As meninas distraiam os idiotas com suas belezas, os faziam assinar promissórias colocando em risco seus bens. E assim que chegava o prazo, elas os cobravam, mas quando eles tentavam enrolar as meninas que trabalhavam para mim, o assunto chegava ao meu escritório. E eu pessoalmente resolvia a questão. Nunca tive medo de nada, nem mesmo de morrer e muito menos de matar!
Se algum filho da puta se atrevesse comigo, eu acionava os homens que trabalhavam para mim e eles se borravam. Simples assim. Jason, estava em minha mira. Só que o filho da puta teve a agilidade de me fazer uma última proposta. Eu fiquei pensativo, sabia que Jason já não tinha mais nada a me oferecer. Decidi escutar e ele me fez uma proposta absurda. Me dar a sua filha como garantia de sua vida. Esse homem é um inútil mesmo! Eu nunca precisei chegar a isso, até porque eu tinha a mulher que eu queria na hora que eu quisesse, mas como esse pilantra estava me devendo uma grana alta, e ele descreveu sua filha de uma forma um tanto convincente, resolvi aceitar a proposta.Nunca me relacionei sentimentalmente com mulher nenhuma e, para mim, mulher não passava de objeto de prazer e de exibicionismo. Era isso que eu tinha com as mulheres que eu queria, puro sexo, sem beijo na boca. Acho isso íntimo demais para fazer, nunca fui um homem carinhoso com ninguém e beijo demonstrava afeto, eu Andrew Vitale, jamais beijaria mulheres na boca, exceto quando era mais novo, mais moleque e achava beijo na boca divertido, e era isso, sexo sem beijo e as vezes uma aparição em público para demonstrar que de gay aqui, não tem nada. Nada contra quem seja, mas eu prefiro mil vezes uma bocetinha abocanhando meu pau, que um cacete atolado em meu cu.
Meus homens foram buscar a putinha em sua casa, filha de quem é, só pode ser como o pai. Uma vadiazinha que só pensa em transar e obter interesses. Jason era assim, pagava uma das minhas meninas por noites de prazer e jogatina. E como dizem o ditado, filho de peixe, peixinho é. Não duvido muito de como essa putinha vai me servir. Ah se vai...! É muito dinheiro envolvido. Farei dela minha cadelinha particular, terá que fazer tudo o que eu quiser... claro, se ela for bonita como o pai diz.
Deixo o babaca com sentimento de culpa em minha sala e resolvo ir até o salão do Cassino resolver outras coisas. Quando volto tenho uma surpresa um tanto agradável. Realmente Emily Foley era irresistível, não tinha como não aceitar a proposta, fora que ela me lembrava alguém que eu realmente odeio e vou odiar para sempre.
Sem pestanejar aceitei de imediato. Sua carinha já demonstrava que ela era puro fogo na cama. Bem, para isso ela vai me servir. Todas as vezes que eu quiser aliviar minha tensão sexual, ela será meu objeto de prazer. O que eu não esperava, era que Emily, me olhasse com desdém. Impossível, qualquer mulher não me olha indiferente. Como eu disse, eu tinha qualquer mulher aos meus pés. Me impressionei, quando a vadiazinha bancou a petulante me desafiando, dizendo que não se deitaria comigo, a raiva me impulsionou a apertar aquela carinha de puta que ela tem e a ameacei. Vi medo em seus olhos. Era assim que deveria ser. Todos sentem medo de mim, e ela não poderia ser diferente.
Apesar da raiva que me causou, não pode passar despercebido meu tesão naquela mulher. Ela é gostosa, apesar de ser petulante, mas ela vai fazer o que eu quero e na hora que eu quero! Nem que pra isso eu tenha que coagi-la, e foi o que eu quase fiz, se Pietro não tivesse me atrapalhado. Eu o mandei levá-la para minha casa. Assim que eu saísse do cassino eu terminaria o que eu comecei. Ainda hoje eu a teria embaixo de mim.Bato com o copo na mesa, terminando de tragar meu charuto e decido ir pra casa. O Cassino está tranquilo, aviso a Davison um dos meus braços direitos daqui que qualquer problema, era só me ligar. Ele assente e eu saio em velocidade máxima para minha casa.
[...]
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A Prometida: Uma Proposta Irresistível - Completa
Chick-LitEmily Foley, uma menina de 18 anos, bela, doce e dedicada aos estudos, mora em Santa Monica, em Los Angeles. Vivencia a turbulência familiar envolvida por seu pai e sua mãe. Seu pai, Jason Foley, um viciado nato em jogatina, perdeu tudo que tinha pa...