DIA SEGUINTE...
ANDREW VITALE
Desperto com uma dor de cabeça absurda, abro os olhos de vagar analisando aonde estou... Me dou conta que estou no quarto que não é o meu. Quando olho para o lado vejo a petulante dormindo encolhida. Merda! O que eu fiz? Eu saí de mim. Não aguentei vê-la nua deitada agarrada com Pietro na cama. Merda! Que dor de cabeça é essa. Tento me levantar com a dor de cabeça estrondosa. Olho para a petulante de novo e a chamo.
— Petulante... acorda... — Como vim parar nesse quarto? O que eu fiz quando a tranquei nesse quarto? Não me lembro bem. Eu estava entorpecido pelo álcool. Aos poucos ela começou a despertar e me encarou assustada, acuada. Fechei os olhos, respirando levemente. Quando abri, vi que ela me olhava com bastante receio.
— Oi... — Ela disse fracamente.
— Levante- se e vá para o seu quarto. — Ela assentiu tentando se levantar, mas não conseguiu. Bufei. Certo o que eu iria fazer agora?
— Não consigo, acho que adormeci de mal jeito. — Ela disse com um semblante triste, por alguns segundos senti pena por ter feito-a dormir nessa cama dura e onde eu usava para o meu deleite com Danna, mas me lembrando da cena dela agarrada com Pietro, e as coisas que ela disse pra mim, endureci novamente.
Mulheres não merecem piedade..., mas, não posso deixa-la aqui nesse quarto. Que confusão estava minha cabeça. Porque essa petulante mexia comigo desse jeito? Qual era o feitiço dela, ou melhor, o que ela estava tramando? Assenti em silencio, e me aproximei dela, ela tentou se encolher amedrontada.
— O que vai fazer? — Ela perguntou me vendo me aproximar dela. Eu a ajeitei e apanhei no colo, ela gemeu de dor.
— Vou te levar para seu quarto. — Ela me encarou com os olhos transparecendo medo... E me abraçou com cuidado jogando a cabeça no meu peito. Caminhei com ela até o quarto, sentindo o aroma de seu cabelo. Para Andrew! Nunca abaixe a guarda desse jeito! Não fraqueje agora. Empurrei a porta do quarto com o pé, a levei até o banheiro.
— O que está fazendo, Andrew...? — Ela perguntou assustada. Olhei para o box e respondi:
— Te ajudar a tomar um banho, pelo que percebi, você não está em condições... — Ela nada disse, eu a coloquei no chão, e com cuidado ajudei ela a retirar a roupa. Ela parecia envergonhada tentando cobrir o corpo.
— Eu consigo fazer isso sozinha. — Ela cobriu os seios. Bufei já irritado.
— Não precisa ter vergonha de mim, petulante, não a nada aí que eu já não tenha visto antes. — Ela apenas ficou em silencio pensativa, com certeza se lembrando da primeira noite aonde eu a vi praticamente nua.
Ela assentiu e me deixou tirar seu short, junto com a calcinha. A vendo nua, vi um arroxeado em suas pernas, com certeza por eu ter a jogado com força no chão ontem, sua pele é alva, qualquer pancada aparecia bem. Suspirei pesadamente me amaldiçoando, excedi os limites tudo por culpa dela e de Pietro que não respeitaram a mim e a minha casa.
Abri o registro do chuveiro no morno e a coloquei dentro do box. A água batia em seu corpo magoado. Peguei o sabonete e levemente passei em seu corpo, ela me olhava confusa, até eu estava confuso. Porque eu estava a tratando bem? Peguei o sabonete e entreguei-lhe na mão, voltando a minha postura de sempre.
— Tome, se vira! — Me virei e sai dali com raiva, eu não ia baixar a guarda, não mesmo!
EMILY FOLEY
Deixando a água cair em meu corpo, eu sentia dores, fiquei pensando em tudo que Andrew me disse na noite passada, e a forma como ele me tratou hoje, parecia que ia mudar, mas não... Ele acabou saindo do quarto com a feição dura de sempre. Andrew precisaria de uma ajuda, será que eu estaria disposta a isso? Depois de tudo que ele me fez? Não sei. Talvez, eu não sabia o que falar, nem sabia se devia conversar com ele sobre o que me contou, tive medo de tocar no assunto e abrir mais ainda a ferida e ele descontar novamente em mim, eu não estava em condições.
Terminei o banho encarei meu corpo no espelho e vi que havia machucado a perna devido eu ter caído de mal jeito e também estava travada nas costas devido a cama dura na noite passada, com dificuldade caminhei até o closet, apanhei um vestido larguinho e uma calcinha e vesti. Me deitei, novamente, não ia conseguir descer aquela escada com a dor que eu estava sentindo em meu corpo. Fraturar alguma coisa, sei que não fraturou, senão eu não aguentaria dar dois passos. De repente, a porta do quarto se abriu, Pietro entrou e me olhou preocupado e apavorado.— Emi! Oh Deus! Me perdoa, por não ter conseguido te ajudar, Andrew fez alguma coisa com você? O que ele fez? Eu deveria ter ajudado! — Ele parecia desesperado ao me ver, eu desviei o olhar me sentindo envergonhada com a confusão de ontem.
— Não se preocupe, não foi culpa sua... — Ele me olhou atordoado, passou a mão no cabelo.
— Espere um minuto, vou trazer um remédio e algo para você tomar café. — Assenti em silêncio e Pietro saiu dali. Senti meus olhos lacrimejarem, Andrew me achava parecida com sua madrasta, por isso tanta raiva gratuita, agora fazia sentido. Mas eu sou inocente, não tenho culpa de nada..., fui trazida pra cá pela obra maldosa do destino, por culpa do louco do meu pai...
[...]
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A Prometida: Uma Proposta Irresistível - Completa
Literatura FemininaEmily Foley, uma menina de 18 anos, bela, doce e dedicada aos estudos, mora em Santa Monica, em Los Angeles. Vivencia a turbulência familiar envolvida por seu pai e sua mãe. Seu pai, Jason Foley, um viciado nato em jogatina, perdeu tudo que tinha pa...