A Prometida: Uma Proposta Irresistível - Completa

Capítulo 33

Andrew chegou em uma velocidade incrível em casa. Ele estava transtornado e com os olhos lacrimejados. Andrew desligou o carro abrindo a porta com força e abriu a minha me puxando pelo braço. Ele estava enfurecido.

— Ai, me solta Andrew! Tá machucando! — Ele não me soltou, caminhando quase que correndo para dentro de casa, correu as escadas, nossas respirações estavam agitadas, ofegante. 

Andrew esmurrou a porta abrindo-a e me jogou pelo quarto. Cambaleei em caí na cama sentada. Andrew andava de um lado a outro bagunçando seu cabelo, cerrando o punho e o maxilar. Eu fiquei em silêncio, amedrontada. Me lembrou de quando ele me pegou com Pietro.

— Por que fez isso, Emily!? — Olhei para ele e agarrei seu paletó sem me importar com as consequências que aquilo me traria, ele me olhava impassível. E meu sangue estava quente de frustração e de raiva.

— Eu fiquei com outro cara porque eu quis, Andrew! Eu sou solteira, apesar de me aprisionar contra minha vontade. — Andrew me deu um olhar frio, mas não movia um musculo. Ele me encarava enquanto a minha vontade era apenas gritar com ele.

— Você me pertence! — Ele respondeu com um tom firme e irredutível. Meus olhos flamejaram. Cerrei o punho e me afastei enfurecida. Me aproximei do aparador e derrubei tudo que estava ali, com ódio de Andrew Vitale.

— Eu não sou um maldito objeto, para você satisfazer as suas frustrações, Andrew! E você ainda tem a coragem de trazer quantas você quiser aqui pra dentro dessa casa, transa feito louco com essas vadias para tentar me atingir e acha que eu não posso fazer nada? Eu tô cansada de ser tratada dessa forma, Andrew! — Andrew finalmente saiu do lugar e deu um soco firme na cômoda me fazendo tremer.

— Eu prometi a mim mesmo, nunca mais te tratar dessa maneira. Mas você não colabora! Estava quase fodendo com um moleque drogado no estacionamento, e ainda usou drogas! Eu disse, você é como ela, como a maldita Norma. — Me levantei com o impulso da raiva e me aproximei dele sem medo.

— EU NÃO SOU COMO NINGUÉM! MERDA, ANDREW! VOCÊ ESTÁ ME FAZENDO MAL! ME ESNOBA, ME DEIXA SOZINHA, TRANSA COM OUTRAS E EU NÃO POSSO FAZER O MESMO PORQUE ESTOU MALDITAMENTE PRESA A VOCÊ! — Apanhei alguns livros lançando-os ao chão e Andrew franziu o cenho. Ele me encarou em silêncio, seu olhar trazia amargura, raiva, medo?

— Sabe por que eu estou fazendo isso Emily? Porque eu estou louco! Merda, eu tô ficando sem limite por você! Eu não quero admitir a mim mesmo que eu estou louco, doente de amor por você! Você está fodendo o meu juízo aos poucos, entrando em minha vida de maneira avassaladora e eu não quero mais isso! — Fiquei chocada com a declaração de Andrew e prendi a respiração. Era isso? Andrew me amava por isso essa resistência e hostilidade? Pela a experiência dos relacionamentos ruins do pai dele?

— Eu te odeio e te amo! Odeio te amar, mulher nenhuma merece amor, e você está acabando comigo! — Andrew cerrou o punho e eu fechei os olhos, sem acreditar no que eu havia acabado de escutar. Não abri os olhos, mas senti quando ele saiu daqui rapidamente e bateu a porta do meu quarto com força. 

Minhas lágrimas caíram. Por que tudo tinha que ser complicado com Andrew Vitale? 

Suspirei com raiva querendo encerrar as lágrimas teimosas que desciam em meu rosto, decidi entrar no banheiro e tomar um bom banho para amenizar a dor da minha alma. Fiquei longos minutos debaixo do chuveiro, pensando o que fazer para que Andrew aceite esse amor, que nós dois sentimos um pelo outro? 

Saí do chuveiro rapidamente, me sequei e pus uma camisola, deitei em minha cama e não conseguia pregar o olho, quando pensava nas palavras de Andrew. Respirei fundo e decidi sair do quarto.

Olhei pelo corredor vazio e silencioso, olhei para a escada que levava ao quarto de Andrew, tomei coragem, reuni forças e subi. Eu precisava fazer aquilo, eu precisava dele. 

Quanto mais eu me aproximava de sua porta, mais nervosa e trêmula eu ficava, quando eu ia bater na porta, ela se abriu. Andrew estava enrolado em uma toalha, com gotejo em seu corpo. Seus olhos enfureceram e eu suspirei.