Emily Foley, uma menina de 18 anos, bela, doce e dedicada aos estudos, mora em Santa Monica, em Los Angeles. Vivencia a turbulência familiar envolvida por seu pai e sua mãe. Seu pai, Jason Foley, um viciado nato em jogatina, perdeu tudo que tinha pa...
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ANDREW VITALE
Hoje o Cassino está pegando fogo de tanto dinheiro que estamos lucrando, apesar disso, ainda preciso amedrontar uns imbecis que tenta de toda forma se esquivar das dívidas que faz conosco.
Olho uma das promissórias e a porta se abre sem cerimônia. Encaro a figura feminina de traços asiáticos que vem em minha direção, Danna se senta em minha frente e eu bufo, ultimamente ela tem ficado em meu pé e eu odeio isso.
— Andrew... tenho uma coisa pra te contar. — Olhei para Danna arqueando a sobrancelha.
— Fale logo e pare de enrolar. Não posso perder tempo com fofocas. — Danna fez um beicinho e suspirou.
— A sua ex cadelinha loira voltou a morar em Las Vegas a algum tempo. — Larguei a promissória em cima da mesa e tirei meus óculos de grau do rosto.
Fazia muito tempo que eu não tinha notícias de Emily, desde quando ela entregou o apartamento e sua mãe devolvia o dinheiro que eu lhe enviava.
— Como é que é? — Danna suspirou, com um semblante indignado.
— Pois é e você não vai acreditar no que essa zinha teve a capacidade de fazer.
— Fala logo! — Respondi me sentindo impaciente.
— Ela está namorando meu pai, acredita? Um homem que tem idade pra ser o pai dela, e ele deu casa, tá pagando a universidade e ainda deu trabalho pra ela, tudo em troca do sexo. — Bati na mesa com raiva, eu sabia! O que eu tinha feito devolvendo Emily pra casa foi o melhor, ela nunca foi e nunca vai ser diferente.
— Então por isso ela me devolveu a casa, não quis receber mais meu dinheiro, tinha outro macho a bancando e fodendo. Maldita! — Praguejei dando um soco na mesa fazendo os enfeites caírem e Danna se assustou.
— Você dava dinheiro pra ela? Deu uma casa?
— Não é da sua conta, Danna! Agora saia, quero ficar sozinho. — Danna me encarou desapontada.
— Poxa, mas eu pensei que...
— Pensou errado! Não estou com vontade de fode-la hoje! Pode ir embora. — Danna bufou com raiva pisando firme e me encarou.
— Você só me usa, Andrew! Eu tô cansada disso! Qual vai ser o dia que você vai se dar conta que eu sou a mulher ideal pra você!? — Me aproximei dela, consumido pelo ódio que eu já estava em saber de Emily e apertei sua mandíbula a arrastando para fora da minha sala.
— Se não estiver satisfeita, é só sair da minha vida,. Eu já avisei, Danna, entre nós dois, é só sexo! Nunca vai rolar nada além disso, agora se você não quiser mais, siga a sua vida e pare de me perseguir. Com licença, antes que eu faça uma merda com você! — Bati a porta na cara dela e tranquei com chave, fui até minha adega e apanhei um Bourbon, a Emily era pior do que eu imaginei, não diferente das mulheres que passaram em minha vida.
Abri a garrafa coloquei doses extras no copo e tomei. Eu estava puto, possesso, mas sem fundamento, afinal eu a deixei livre, porque esse maldito ciúme me perturba tanto?
Andrew você é um babaca fodido! Literalmente fodido!
ALGUNS DIAS DEPOIS...
EMILY FOLEY
Eu já estava trabalhando e me adaptando na empresa de Leon, tirando a parte chata quando Danna vinha me perturbar, mas Leon, sempre me protegia de sua filha. Eu estava trabalhando fervorosamente, quando o pai de Danna bateu em minha porta.
— Olá, senhor Garret. — Ele me encarou franzindo o cenho.
— Ei, não me chame de senhor, me sinto mais velho que já sou, me chame só pelo nome, Emily. — Assenti sem jeito.
— É claro! Desculpa.
— Nem precisa se desculpar, vim chamar-lhe para almoçarmos juntos, antes de ir para faculdade. O que acha? — Suspirei e assenti.
— Claro, deixa eu só salvar esse arquivo aqui, para não o perder. — Ele assentiu brevemente e me aguardou, descemos o elevador e fomos almoçar no mesmo restaurante que eu estive com Andrew a alguns meses atrás.
Eu olhava pra comida brincando com o garfo, enquanto o pai de Danna me encarava de uma forma pensativa, ele tomou um gole de seu suco e pigarreou.
— Qual é o problema entre você e Danna? — Arqueei a sobrancelha para Leon e engoli seco.
— Nenhum...
— Tem certeza? Desde o primeiro jantar que fizemos juntos eu percebi que já se conheciam e tinha algum problema. Não quer conversar sobre, querida? — Ajeitei o cabelo atrás da orelha e senti confiança em Leon, o suficiente para explicar o problema entre eu e Danna, inclusive do envolvimento com o Andrew, no final Leon suspirou limpando os lábios com guardanapo e respondeu:
— Danna sempre foi uma filha problemática, no início acreditei ser porque eu e a mãe dela a tivemos quando ainda éramos bem jovens, mas sempre fomos bons pais para ela. Sinceramente, eu até hoje não entendo o que faltou para ela, de certo que sua mãe faleceu quando ela tinha 10 anos, mas não era pra Danna ser tão rebelde. Sempre dei tudo pra ela, absolutamente tudo. Não entendo. — Leon abaixou a cabeça e eu suspirei pegando sua mão carinhosamente o olhando ternamente.
— Acho que você a mimou demais, foi isso. Não se sinta mal por isso, você fez tudo que pode, quem dera se eu tivesse um pai tão presente em minha vida, eu nunca tive. Sorte de a Danna ter um pai como você, azar o dela por não perceber o paizão que ela tem. — Leon sorriu para mim amavelmente e segurou minha mão carinhosamente.
— Acho que já adotei uma filha, quer ser minha filha de coração? Você se parece com sua mãe, e eu nem imaginava o quanto ela tinha uma filha tão excepcional. — Sorri para ele, e continuamos ali, um fazendo carinho na mão do outro, senti uma conexão com Leon como se ele fosse verdadeiramente meu pai, isso me deixou muito feliz, pois percebi ser correspondida.
De repente senti um perfume surgir no ar, e esse perfume estava memorizado em minha alma. Jamais esqueceria. Olhei para o lado e o vi. Minhas mãos tremeram, Leon logo percebeu o motivo.
— Boa tarde, Andrew. — Leon encarou Andrew duramente, após saber do que Andrew foi capaz de fazer e Andrew apenas assentiu sem nem dar um sorriso. Ele se afastou me olhando fixo e se sentou um pouco distante, o que Andrew faria ali agora?
Ah claro, deve ter marcado para almoçar com sua noiva piranha, a Danna. Eu tinha que me encontrar com ele hoje?
— Bem, eu já terminei o almoço, vamos? — Perguntei querendo muito sai dali eu não queria vê-lo com Danna, eu não suportaria. Eu ainda não o esqueci, não seria justo comigo. — Leon assentiu pedindo a conta, logo nos levantamos e Leon me guiou com a mão nas costas até a saída. Eu fiquei ali, imersa em meus pensamentos...
— Se sente bem pra ir pra faculdade sozinha, querida? Se quiser, eu posso te levar. — Olhei carinhosamente para Leon.
— Não, tudo bem, eu vou tranquila, não se preocupe. Eu estou bem... — Disse quase inaudível, Leon se aproximou e me deu um abraço afetuoso. Eu envolvi meus braços o apertando e acabei derramando uma maldita lágrima pelo Andrew, e aquela seria a última.