Capítulo 56

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Após terminar nossa ceia, levo Andrew até o portão, parecendo uma garota comum com um namorado que acabou se apresentando aos pais. Eu e Andrew caminhamos em silêncio até o portão. 

Assim que chegamos próximo a seu carro, Andrew para em minha frente colocando as mãos nos bolsos do casaco, a neve cai lentamente em nós nos deixando trêmulos de frio. Ele da um sorriso torto e eu mordo o lábio, esperando alguma palavra ou atitude.

— Minha noiva... quem diria. — Andrew diz com um olhar brincalhão e ao mesmo tempo ansioso.

— Pois é, nem acredito. — Digo olhando para a aliança em meu dedo que está congelando devido ao frio intenso aqui fora. Não demora e vejo um carro parar próximo a nós dois. O farol apaga, Jess desce do carro, Lucas aparece abrindo a porta traseira, e Pietro também.

— Feliz Natal! — Jess diz empolgada me abraçando e me entregando o presente, seguido de Pietro e depois Lucas que me abraça quase me pegando no colo. Andrew amarra a cara e eu fico sem jeito.

— E aí Emi, demoramos, mas chegamos! Viemos ver você. — Lucas da uma piscadela, Andrew bufa.

— Bem, acho que posso ficar mais um pouco... — Olho para Andrew segurando um riso. Sei que ele só ficou porque Lucas chegou.

— Então vamos voltar pra sala.— Dou um sorriso mais alegre sabendo que Andrew ficará mais um pouco comigo. Agarro em seu braço e Andrew da um sorriso para Pietro, meio sarcástico.

— Bem meu irmão, eu e a Emily, temos uma novidade pra você. — Pietro franze o cenho.

— Que novidade, não vai dizer que vai ser pai? — Andrew meneia a cabeça.

— Bem, não ainda... mas... eu e Emily... — Andrew segura minha mão, mostrando o anel em meu dedo. — Vamos nos casar! — Andrew anuncia mais alto que o normal olhando para Lucas, como se ele estivesse esfregando isso em sua cara. 

Pietro parece bastante surpreso. Ele fica em silêncio por alguns segundos, olhando para nós dois boquiaberto, enquanto Jess da um gritinho de animação. Lucas parece tão surpreso quanto Pietro.

— Bem... isso é realmente uma novidade e tanto! Parabéns cara. — Pietro se aproxima do irmão e aperta sua mão com força. Andrew sorri e acaba abraçando o irmão. Eu e Jess trocamos um sorriso e olhar cumplice e feliz. Nunca tínhamos visto uma cena dessa entre esses dois irmãos...

— Aí! Não é por nada não, mas é que eu estou tremendo de frio e ainda quero ver uma certa oriental. Será que podemos entrar agora? — Lucas pergunta cortando o clima. Eu reviro os olhos.

—Sério!? Que mal gosto Lucas... — Digo. Andrew arqueia a sobrancelha cerrando os lábios.

— Está com ciúmes dele, Emily? — Encaro Andrew perplexa.

— Não! Nada a ver, mas é que gostar da Danna..., tem que ter muito mal gosto. — Andrew fez uma careta, mas se silenciou. Apanhei seu braço e começamos a caminhar de volta pra casa.

Abri a porta e vi minha mãe conversando animadamente com Leon e Danna. Assim que Danna nos viu amarrou a cara.

— Ninguém merece... — Ela disse quando bateu os olhos em Lucas. Lucas deu um sorriso maroto.

— Não é que essa oriental está linda! — Leon deu um pigarreio proposital e Lucas o encarou sem graça.

— Desculpe... ela é sua filha? Mas com todo o respeito. Eu serei seu futuro genro. — Leon coçou o queixo e apertou o olhar.

— Só se for nos seus sonhos, seu moleque atrevido! — Danna praticamente gritou sem se importar com as visitas que olhavam tudo atentamente, até mesmo Andrew que soltava um sorrisinho fraco e sarcástico.

— Danna! Por favor, você tem que aprender a valorizar quem te valoriza. O rapaz, parece ter boas intenções. Seja bem-vindo a família filho. — Leon disse sorrindo para Lucas e Lucas sorriu ternamente apetando a mão do futuro "sogro". 

 Tanto eu, quanto Jess, Pietro e Andrew, trocávamos olhar segurando o riso. Danna parecia vermelha feito um tomate.

LUCAS

Desde o dia em que pus os olhos nessa oriental, eu a quis. Sei lá, foi uma parada meia que estranha, saca? Pois é. Não é amor, nem paixão, nada dessa merda, mas uma atração daquelas que te faz pirar e sentir vontade de ter a pessoa de qualquer jeito. 

Quero tanto que tive que dizer ao pai dela que ele seria meu genro. Sinceramente, uma mulher como ela jamais ia querer algo com um garotão como eu... mas se ela conhecesse minha pegada, quem sabe? 

Danna correu para outro cômodo, eu olhei a cara de todos, presentes e fui atrás dela com seu presente em mãos. Percebi que ela estava na cozinha olhando pela janela, assistindo a neve cair. Ela sentiu minha presença e se virou ficando de frente pra mim, seu semblante parecia irritado.

— O que faz aqui, seu pirralho? — Lambi os lábios e me aproximei dela que me olhava de um jeito intimidador, mas eu não me deixaria intimidar. 

Dei um sorriso provocante e lhe direcionei a caixa de presentes, eu havia comprado pra ela uma linda lingerie que imaginei ficar perfeito naquele corpo delicioso.

— É pra você! — Danna me encarou de baixo pra cima, apanhou a caixa de presente e jogou no chão.

— Não aceito porcaria de um pirralho. — Ela deu um sorriso de escárnio e eu devolvi, nem me importei com o que ela fez. Me aproximei ainda mais dela e ela foi chegando pra trás ficando séria, até que a deixei contra a porta da cozinha fechada.

— Fique longe... — Dei um sorriso torto.

— Eu acho que você tá precisando provar algo antes de me chamar de pirralho desse jeito. — A peguei firme pela cintura imprensando nossos corpos. Danna deu um gemido contido e ofegou.

— Me solta, seu moleque. — Franzi o cenho e mordiquei o lábio observando seu nariz empinado num gesto insolente.

— É claro que eu solto, mas antes... você vai saber o que esse moleque pode fazer com você. Só com um beijo! — Sem dá tempo de ela dizer algo, eu tomei seus lábios para mim, massageando com a ponta da minha língua entre o vão. Danna parecia resistir o meu beijo e batia em meu peitoral, mas aos poucos essa danada cedeu... 

Seus lábios são macios como uma seda. Puxei sua língua lentamente com meus dentes, Danna gemeu contra meu lábio, deslizei minha mão por sua cintura marcada e apertei seu quadril, unindo ainda mais nossos corpos, enquanto nossas línguas dançavam sensualmente em nossas bocas conectadas. 

Danna deslizou sua mão em meu ombro e percebi que ela estava entregue, da forma que eu queria... decidi brincar com aquilo e a soltei, a deixando zonza, ainda de olhos fechados, lábios entreabertos e rosto corado. Ela queria mais e eu não ia dar, não agora.

Ela abriu lentamente os olhos e me encarou atônita, ela estava desnorteada e respirava tão rápido que pude ver seus seios subirem e descerem freneticamente. Dei um sorriso passando a mão pelo meu queixo e a olhando de cima pra baixo, correndo meus olhos em cada centímetro daquele corpo perfeito.

— E aí gata oriental, o que me diz a respeito sobre o beijo desse pirralho aqui? — Eu disse apontando para mim. Danna se aproximou dando socos em meu peitoral e saiu bufando de raiva. Dei uma risada rodopiando pelo ar, eu consegui beijar esse mulherão todo e em breve ela seria minha...

[...]

A Prometida: Uma Proposta Irresistível - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora