Capítulo 20

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Pietro se remexe e acorda sorrindo para mim, mas quando ele se dá conta da minha expressão, ele olha na direção do meu olhar. Pietro parece petrificado encarando o irmão. Andrew cerra o punho e seu olhar escurece. Pietro se levanta cobrindo suas partes íntimas e apanha uma cueca vestindo rapidamente. Ele se senta na cama como se quisesse servir de escudo para mim.

— Eu sabia que você não era diferente das outras. Não passa de uma vagabunda! — Andrew vocifera e eu ajeito o lençol em meu corpo completamente nu. Engulo seco sentindo as lágrimas formarem, eu sabia, o inferno estava feito.

— Não fala isso Andrew ela não é...

— Cala a porra da boca, Pietro! Você é um traidor! Eu avisei pra ficar longe dessa vadia! Ela não te pertence, você nunca vai tê-la como quer, porque ela é minha e eu faço o que eu quiser com essa puta! — Pietro tenciona o corpo, e quando Andrew começa a caminhar em minha direção Pietro salta da cama em um pulo e parte pra cima do irmão.

— Acho melhor você se acalmar, Andrew! Não vou deixar você fazer nada com a Emi.

— Emi é meu pau! Com você resolvo depois! Quero essa vadia agora, ela vai ter o que merece! — Andrew puxa meu lençol e eu agarro com força. Era totalmente incomodo ficar nua na frente dos dois irmãos que parecem em um interminável duelo de olhares.

— Andrew! Deixe-a em paz! — Pietro solta um soco no rosto de Andrew que revida, os dois trocam socos dentro do quarto e eu fico horrorizada, Pietro não merecia passar por isso.

— Parem! Por favor! Parem! — Quanto mais eu peço, mais eles se atracam. Eu olho pelo chão e cato minha calcinha e minha blusa, visto o mais rápido possível. Não sei como faze-los parar, até que dois seguranças invadem a casa e separa os dois..., a discussão estava tão acalorada, que os seguranças escutaram do portão. Pietro parece transformado.

— Me solta, porra! — Andrew pede e o segurança imediatamente o solta indo para frente de Pietro, segurando com o outro segurança. Decido fugir dali o mais rápido possível, mas quando passo por Andrew ele me agarra pelo braço me fazendo estremecer.

— Você não me escapa, sua vadia! — Andrew me arrasta cômodo a fora e eu começo a chorar desesperada. Pietro tenta se soltar das mãos dos seguranças fortes e grandes como dois armários, mas era em vão. Andrew continua a me arrastar pelo corredor. Invés dele ir para meu quarto, eu vejo que ele me leva para o outro, onde ele transa com Danna. Ele entra no quarto me jogando longe me fazendo cair no chão e eu choro desesperada. Aonde eu estava com a cabeça por ter transado com Pietro? Agora Andrew acabaria comigo!

— Andrew... por favor não... — Ele bate a porta com força, fazendo soltar um som estrondoso e passa a chave. Andrew começa a tirar a camisa e seu olhar só encontro revolta, fúria e ciúmes. Eu começo a me arrastar para trás ainda sentada no cão.

— Você não passa de uma puta! O que é? Porque eu dei uma trégua você foi logo dar pro meu irmão na cama dele? Achou mesmo que eu não ia descobrir, sua vadia! — Andrew se aproxima feito um lobo, me ergue e me coloca contra a parede. Sua mão desliza sobre meu rosto. Eu o encaro, furiosa. Se ele tentar fazer alguma coisa comigo, pelo menos, vai saber o que eu sinto.

— Sim! Eu dei pro seu irmão, sabe porquê? Porque ele é melhor que você, em todos os sentidos. Ele não precisou me manter trancada aqui para tentar transar comigo, enquanto você até hoje não arrumou nada comigo, porque você não passa de um sádico sem escrúpulos, que é tão imprestável que precisa me ter trancada dentro da sua casa, porque nem pra ser homem de verdade e conquistar uma mulher, sabe! — Andrew puxou meu cabelo e seus olhos eu vi a fúria. Sua mão socou a parede ao meu lado com força e eu estremeci.

— Vou te matar! Como não consegui fazer com Norma! — Ele me jogou sobre a cama e eu ofeguei sentindo todos os meus sentidos em alerta. Meu Deus! Ele ia me matar e estava me comparando a uma mulher.

Quem será Norma, sua ex? Não importa, eu já estava sofrendo em antecedência ao que estava por vir. Andrew estava revoltado como eu nunca tinha visto. Então resolvi antecipar, tudo o incentivando. Se for pra ele me matar, que me mate logo e acaba com isso.

— Me mata... por favor... me mata!! Acaba de vez com isso Andrew! — Eu disse em meio a uma crise de choro. Andrew tencionou a mandíbula e se afastou.

— O que você está fazendo comigo? Eu preciso acabar com você! Você é como ela! Eu a odeio, eu te odeio! Odeio todas as mulheres, vocês só servem pra dar prazer! E depois sumir do mapa! Destroem os homens, os matam! Acabam com as nossas vidas! — Andrew dizia coisas desconexas sem sentido, ele parecia fora de si. Quando eu pensei que ele fosse me agredir ou me matar, Andrew abriu a porta do quarto e saiu desesperado. Eu estava com tanto medo, assustada. O que Andrew ia fazer agora? Apanhar uma arma e matar? Voltar com algo e acabar comigo? Na verdade, eu não sei! Só queria acabar com esse sofrimento logo...

[...]

HORAS DEPOIS...

Fiquei cansada de tanto chorar e acabei adormecendo nesse quarto frio, olhei pela janela e vi que já estava de noite. Passada a adrenalina, eu estava tremendo de frio e percebi como fui louca em desafiar a Andrew e por falar nele, o que será que ele fez que saiu e não voltou mais?

A Prometida: Uma Proposta Irresistível - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora