O jantar era realmente de negócios, as duas mulheres eram duas fúteis conversando sobre as melhores grifes e coisas do tipo, me senti inteiramente entediada, em vista que não entendia muito bem do assunto, até porque eu já tive boas condições, mas nunca dessa forma tão luxuosa ao ponto de falar em grifes como se fosse falar de séries.
Os homens engataram em uma conversa sobre negócios, e pude ver o quanto Andrew era realmente meticuloso e conseguia envolver bem suas presas na qual ele queria como sócio. Eu acreditava que Andrew tinha apenas o Cassino, mas me enganei, seus negócios iam muito além disso. A vida de Andrew Vitale era completamente estranha para mim.
No final do jantar, todos eles já estavam um pouco alterados devido ao álcool, menos Andrew e eu que evitamos beber muito naquela noite. Minha espinha dorsal arrepiou quando a outra mulher bêbada disparou:
— Que estranho! Vocês são um casal estranho! Desde o momento que chegaram achei vocês frios, nem se quer uma troca de olhares apaixonado, ao não ser quando nos apresentou sua namorada Vitale, nem um carinho, um beijo, para quem está em início de namoro, isso não é normal! — A mulher disse e os outros concordaram e vi Andrew desconcertado pela primeira vez coçando a sobrancelha. Eu pigarrei tomando a palavra.
— É que... pode parecer estranho, mas eu sou um pouco tímida... e... — Uma das mulheres pousou a mão sobre a minha. Ela estava visivelmente bêbada.
— A que isso querida, beijar é normal! Olha só! — A mulher beijou seu esposo normalmente, me deixando sem jeito.
— É verdade, eu estou a pouco tempo com o Orlando e não consigo ficar tão longe, não é amor? — A outra mulher agarrou o rosto do senhor que estava negociando com Andrew a compra de ações e o beijou rapidamente.
Andrew me encarou e eu engoli seco. O que ele pretendia fazer? E que merda de jantar de negócios era esse que eu era praticamente obrigada a ver esse tipo de cena? Dois casais se beijando em minha frente? Coisa de louco, só pode.
— Viu só? Isso é normal entre casais, não se sinta mal por isso! Vai Vitale! Tome a inciativa está esperando o que? — A mulher disse tomando uma boa golada de vinho e eu suspirei e prendi a respiração quando vi Andrew se aproximar perigosamente.
— Mas é claro...! — Andrew assentiu forçando um sorriso e aproximou seu rosto do meu. Sua respiração quente em meu rosto me causou arrepios estranhos. Minha pulsação acelerou até que Andrew me segurou pela nuca trazendo um montinho de cabelo e me beijou.
Seus lábios de início, apenas roçaram nos meus. Eu não sabia o que fazer, se deveria continuar, prolongar... até que Andrew invadiu minha boca vorazmente empurrando sua língua para dentro da minha, eu estava sem reação, Andrew brincava chupando minha língua, roçando no céu da minha boca, eu nunca tinha provado um beijo tão intenso e tão bom quanto esse...
Mas o que eu estou pensando? Só posso estar louca! Andrew nunca tinha me beijado antes, apenas me importunava. Por que de eu estar surpresa? Se passava apenas de encenação. Andrew acariciou minha nuca agarrando um pouco meu cabelo com força. Gemi em seus lábios e ele chupou meu lábio inferior, eu abri meus olhos surpresa. Vi quando ele ia abrindo os olhos lentamente e seu olhar escuro sobre mim.
Eu estava com o rosto pegando fogo! Olhei em direção a mesa e todos nos encaravam com os olhos arregalados e a boca bem aberta. A senhora até deixou a colher de chá cai de sua mão fazendo um tilintar na xícara. Dei um sorriso sem graça.
— Nossa! Queria eu que meu marido me beijasse assim, com tanta paixão! — A outra mulher falou tomando um bom gole de vinho novamente, ela parecia estar em chamas. Quanto a mim, não sabia aonde enfiar a cara. Olhei para Andrew e vi sua postura ininteligível novamente. Ele rapidamente voltou a falar de negócios mudando de assunto.
Que loucura foi essa? E que beijo foi esse? Merda... o que eu estava pensando... Controle-se Emi! Esse imbecil não passa de um maldito ogro hostil e fingido!
ANDREW VITALE
O que a gente não faz pelos negócios? Eu que não costumo beijar mulher nenhuma na boca, tive que beijar a petulante. O problema maior que acabei aprofundando o maldito beijo!
O que eu estava pensando? Não! De forma alguma, eu me envolveria com uma mulher sentimentalmente, elas são perversas. Muito má, o homem que se apaixona, acaba arruinado, e eu não quero isso pra mim! A petulante sempre vai ser meu objeto de desejo e exibição. Somente isso! Pelo menos consegui comprar as ações que pra mim eram tão importantes.
— Vamos? — Pergunto a petulante que assente em silêncio. Me despeço de todos.
— Olha, mais uma vez parabéns, viu? Vocês formam um lindo casal! Quando se casarem, não esqueça de mandar o convite! — Assenti incomodado. Obvio que nunca teria casamento. Jamais! Eu jamais me casaria com qualquer mulher que fosse. Muito menos essa petulante.
Após terminar de nos despedir, caminhei com a petulante até o carro. Fiz um esforço abrindo a porta para ela que entrou rapidamente, assustada. Dei a volta e entrei em meu carro, coloquei a chave na ignição, pisei na embreagem e passei a primeira marcha. Eu estava louco para chegar em casa logo e foder Danna. Sim Danna! Era a única que não enchia meu saco e me dava por vontade própria sabendo que não teria mais que isso. Diferente dessa petulante que até agora não obtive nada, ao não ser petulância. Logo eu, que tenho qualquer mulher que eu quero aos meus pés. Arranquei com o carro e corri de pressa pra casa.
— Dá pra correr menos? — A petulante pediu, olhei rapidamente para ela e vi o pavor em seus olhos. Dei meu sorriso maléfico e acelerei ainda mais, com ela gritando ao meu lado.
— Seu louco! Eu não quero morrer agora! Pare esse carro, eu vou a pé!
— Jamais te deixaria livre pra fugir de mim, petulante! — Ela bufou e continuou a dar alguns gritos conforme eu fazia a curva.
[...]
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A Prometida: Uma Proposta Irresistível - Completa
Literatura FemininaEmily Foley, uma menina de 18 anos, bela, doce e dedicada aos estudos, mora em Santa Monica, em Los Angeles. Vivencia a turbulência familiar envolvida por seu pai e sua mãe. Seu pai, Jason Foley, um viciado nato em jogatina, perdeu tudo que tinha pa...