Capítulo 53

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EMILY FOLEY

Quem diria que Andrew Vitale, se renderia ao amor? Eu mesma não acreditava. E nem acredito que ele está aqui, comigo nesse momento, deitado em minha cama e abraçado comigo, afagando meus cabelos bagunçados.

— O que está pensando? — Andrew perguntou com sua voz rouca. Me ergui ajeitando o edredom contra o corpo e olhei para ele com meu melhor sorriso.

— O quanto eu estou sendo sortuda por ter você! — Ele abriu um lindo sorriso acariciando a ponta do meu queixo.

— Sortuda, você? Acho que é ao contrário, quem diria eu um cara que raptou uma bela jovem, ia se apaixonar por ela? Logo eu, que nunca acreditei nessa palhaçada de amor. — Andrew disse com seu olhar perdido. Eu precisava ganhar ele. Andrew ainda não estava totalmente seguro.

— Bem, o que pensa em fazer no natal? — Perguntei acariciando seu peitoral nu, eu precisava mudar de assunto.

— Natal? Pra mim é um dia comum, passo trabalhando no Cassino. Nunca fui a festas, só quando era criança, era obrigado a participar dessas festividades, para representar a família falsa feliz, depois que eu cresci me livrei disso. Nunca significou nada pra mim essa data. — Dei um suspiro olhando alheia, e tive uma ideia.

— E se você viesse passar conosco o natal? Minha mãe fará uma ceia, pequena, mas vai ser legal. — Andrew alisou meu ombro e pareceu pensativo.

— Eu vou ver, Emily, não sei... nunca tive um natal legal sabe, quem curte essas coisas é o Pietro. Ele vai pra casa da namorada, e eu... bem. Vou ver o que faço. — Assenti um pouco decepcionada, achei que ele fosse concordar com isso rápido. Andrew segurou meu queixo e me olhou nos olhos.

— Ei... não fica assim. Eu não disse que não viria, mas é que é bem difícil essa data pra mim. Eu nunca tive uma família, nunca fez sentido. Mas farei um esforço. — Dei um sorriso e ataquei seus lábios, beijando apaixonadamente. Andrew estava sentado com as costas na cabeceira, o que foi mais fácil eu pular para seu colo. Ele sorriu em meio aos beijos e agarrou meu cabelo me forçando a parar de beija-lo.

— Se continuar assim, eu vou querer de novo... — Rebolei no colo dele propositalmente e ele mordeu o lábio me olhando de um jeito atrevido. Andrew segurou meu traseiro firmemente.

— Não vai parar, não é? — Fiz que não com a cabeça mordiscando o lábio inferior e ele assentiu.

— Certo você pediu... — Andrew me jogou com brutalidade na cama, e novamente fizemos amor, no inicio calmo e depois selvagem. Da forma que ele sempre era, e eu amava isso...

[...]

Após passar horas trancada no quarto com Andrew, contando sobre diversas coisas, gostos, ele foi embora. Precisava estar no Cassino, me despedi dele dando-lhe um beijo caloroso. Fechei a porta da sala e eu estava nas nuvens. 

De repente vi Danna descer a escada. Por sorte ela não encontrou com Andrew nessa casa, mas meu lado mais mimado queria contar aos quatro ventos que eu e Andrew... estávamos juntos? Namorando? Nem eu sei o que estamos, só sei que estamos. Danna arqueou a sobrancelha colocando a mão no corrimão da escada.

— Ouvi alguns gemidos do seu quarto, então finalmente você desencanou do Andrew. — Danna cruzou os braços empinando o nariz, eu dei um sorriso de escárnio e meneei a cabeça.

— Ai Danna, como você é bobinha. Pois é o próprio que estava aqui. Sabe, ele veio atrás de mim e tem mais, disse que me ama. — Falei em alto bom som. Danna fechou o semblante na hora.

— Eu não acredito que ele te ame. Ele está te usando como fez comigo. Em breve você será descartada, e essa sua pose de petulante, logo, logo vai acabar. — Dei um suspiro virando a cara para ela. A porta abriu e minha mãe entrou cheia de sacolas com Leon.

— Boa noite, meninas! Trouxe ornamentos para montarmos nossa árvore de natal! — Mamãe disse animada e a vaca da Danna, se prontificou a ajuda-la rapidamente. Franzi o cenho olhando-a. Ela e Danna estavam se dando bem. Danna estava roubando o meu lugar de filha? Não era possível. 

Leon deu um sorriso orgulhoso para a filha e eu fiquei de escanteio, vendo eles colocarem as bolsas e a árvore no canto da escada. Fiquei paralisada, mamãe passava os pisca-piscas para Danna, ajeitava os anjinhos, as bolas e eu observando tudo. Até que mamãe se deu conta e me olhou.

— Filha! Não fique aí parada, vem ajudar! — Revirei os olhos, sim, eu estava parecendo infantil. Mas poxa, todos os anos, minha mãe e eu montávamos a árvore de natal, e agora ela trata Danna como sua filha. Logo a Danna.

— Não mamãe, você já tem quem ajude. — Falei olhando para Danna que me deu um sorrisinho vitorioso. Tive vontade de voar na cara dela e arrancar o cabelo loiro tingido. Mas me contive, subindo a escada rapidamente.

Bati à porta com força, não demorou para que minha mãe viesse atrás afagando meus cabelos, enquanto eu estava deitada jogada na cama, sentindo o cheiro de Andrew em meio ao edredom.

— Filha, que atitude infantil foi essa? — Me ajeitei, sentando ao lado da minha mãe e respondi.

— Não gosto da Danna mãe, além de ela querer tomar o Andrew, ela quer tomar você de mim. — Minha mãe deu uma risada fácil e acariciou minha testa.

— Filha! Não diga bobagens, você jamais será substituída. Claro, eu tenho carinho pela Danna, mas não chega ao que eu sinto por você.

— Como pode ter carinho por aquela...

— Sim! Eu entendo, vocês são rivais, amam o mesmo homem. É natural que vocês sejam arisca uma com a outra. Mas assim que vocês se apaixonarem por outro diferente, vai acabar essa rixa. Vocês vão ver que tudo não passou de uma bobagem. — Suspirei.

— Mamãe, é impossível eu me apaixonar por outro, sabe o Andrew teve aqui, ele disse que me ama, que ele é só meu. Que vai tentar por mim, aí mamãe tô tão feliz. Me sentindo nas nuvens, até convidei ele para a ceia. — Cocei a cabeça lembrando de Danna. Esqueci que essa esquisita vai estar na ceia... merda. Mamãe sorriu de novo com se visse graça em tudo que eu falava.

— Filha! Ótimo! O Andrew vai ser muito bem recebido e terá que conversar com Leon ao respeito de vocês. Leon te tem como filha. Vocês precisam oficializar esse namoro. Filha minha não é bagunça! — Mamãe sorriu torto e eu fiquei sem graça. Andrew já havia me bagunçado de todas as formas... pra que tanta formalidade? Sim, minha mãe era liberal comigo, mas sempre queria as coisas do jeito dela. Teria que conversar com Andrew a respeito disso.

— Certo mãe. Falarei com ele a respeito do nosso... namoro. Não se preocupe. Ele vai conversar com a senhora e com o Leon. — Disse mais a mim mesma que a minha mãe, eu espero que Andrew, não dê pra trás. Sei que será difícil dar esse passo com ele, afinal ele nunca se relacionou sério com mulher nenhuma. Minha mãe assentiu e segurou minha mão.

— Agora vamos descer e vamos ajudar o Leon. Temos que enfeitar a casa, só falta quatro dias para o natal. — Assenti um pouco relutante. Desci com a minha mãe e comecei a ajuda-la nos enfeites, eu e Danna toda hora trocávamos farpas, mamãe e Leon pareciam se divertir com nossa desavença. 

Sim, estávamos parecendo duas ridículas adolescente, querendo disputar atenção dos pais...

A Prometida: Uma Proposta Irresistível - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora