Capítulo 48

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DUAS SEMANAS DEPOIS...

Duas semanas se passaram, Andrew não me procurou mais, será mesmo que ele tinha desistido de mim? Como minha mãe disse, se ele desistisse, ele não era pra mim... 

Eu ainda tentava me aproximar de Lucas novamente, ele aos poucos cedia, mas sempre lembrava do bolo que dei nele naquele acampamento. Eu precisava fazer algo para me redimir, o convidei para comer um lanche e assistir um filme em cartaz no cinema, ele hesitou um pouco, mas aceitou.

Suspirei sentada no sofá, com livros nas mãos coçando os olhos ardidos de tanto estudar. As provas finais estavam chegando, eu precisava de uma boa nota, para não repetir o período, o frio cada vez mais congelante. Já começava a nevar por aqui. 

Hoje é domingo, amanhã era dia de trabalhar. Que saco! Não que eu não gostasse de trabalhar, mas por aguentar Danna infernizando minha vida no escritório de seu pai. Mamãe saiu com Leon e eu fiquei sozinha estudando, estudando e estudando. 

Ouvi a campainha tocar, franzi o cenho, tive uma pequena esperança de ser Andrew. Meu coração saltou forte. Corri para a porta e tentei me acalmar, respira, Emi! Seja firme! Disse a mim mesma com as mãos tremulas, abri a porta e vi um cara não muito estranho com um enorme buquê nas mãos e uma caixinha grande de veludo azul.

— Boa tarde senhorita, mandaram eu entregar esses presentes para a senhorita Emily Foley. — Assenti.

— Eu mesma, quem me mandou isso? — Perguntei confusa apanhando a caixa de veludo e o buquê.

— O Sr. Vitale. — Suspirei reconhecendo o funcionário do Cassino, o famoso faz tudo. A primeira coisa que fiz, foi abrir o cartão bem ali na frente do homem.

"Volte a ser minha... estou com saudades de você. Assinado: A.V." — Bufei lendo em voz alta o cartão. O homem me aguardava na porta segurando a caixa de veludo azul, ele parecia constrangido. Coloquei o cartão dentro das flores e entreguei ao homem.

— Tome, não quero isso e peça para seu chefe, parar de mandar essas coisas. — O homem parecia assustado e amedrontado. Era fato que Andrew intimidava a todos, menos a mim.

— Não vai nem abrir a caixa, senhorita? — Ele me perguntou inseguro, suspirei apanhando a caixa de sua mão e abri. Meus olhos se arregalaram diante ao colar que parecia de ouro branco ou prata e um pingente com um brilho intenso, parecia ser diamante. Apanhei o cordão na mão e percebi que pesava. Coloquei imediatamente na caixa e fiz questão de devolver.

— Tome isso também, não quero nada disso. Obrigada por lhe fazer esperar. — O homem assentiu complexado e saiu. Eu fechei a porta achando aquilo o cúmulo. Que diabos Andrew quis dizer com aquele cordão que com certeza, não era nada barato? Balancei a cabeça querendo sair daquele pensamento e voltando a me jogar no estudo.

[...]

Alguns dias se passaram, finalmente hoje eu sairia com Lucas, um passeio no shopping a tarde. Iriamos lanchar e assistir um filme em cartaz. Vesti algo bem quente, fazia o frio de congelar a alma, peguei um táxi e fui para o shopping. 

Chegando lá Lucas já me aguardava na entrada, com as mãos enfiadas no bolso de seu casaco. Ele assoprava o ar, olhando ao redor. Me aproximei lentamente dele, e ele logo me enxergou dando seu melhor sorriso.

— Até que enfim dona, Emi! Achei que não viria mais! — Dei um sorriso longo a ele.

— Achou errado, até parece que eu o deixaria de lado. — Lucas fez uma carinha fofa e pensativa.

— Pois eu acredito que sim, fiquei traumatizado quando... — Colei meus dedos sobre seu lábio o calando.

— Não diga mais isso, isso não se repetirá. — Ele assentiu silenciosamente dando um sorriso fraco.

A Prometida: Uma Proposta Irresistível - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora