Capítulo 13

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EMILY FOLEY

Comecei a me vestir tentando segurar cada lágrima que saia do meu rosto. Encarei-me no espelho, pensando em como minha vida virou esse furacão. Troquei de roupa e vesti um vestido leve, uma calcinha confortável.

De repente ouvi barulhos de soco e vozes alteradas no corredor. Prendi a respiração. O que será que estava acontecendo? Corri pela porta a fora e vi Pietro e Andrew trocando socos no corredor. Coloquei a mão na boca assustada, meu Deus! O que era aquilo?

— Você é um filho da puta, Andrew! Deveria sentir vergonha de quem você é! — Pietro deu outro soco no irmão que revidou com força. Me meti no meio e por pouco não levei socos também, tentei arrastar Pietro dali, mas ele era bem mais forte. Pietro me abraçou me defendendo dos golpes de Andrew.

— Pietro! Por favor pare! Não se iguale a ele! — Eu disse em tom de suplica e Pietro parou me olhando com um olhar de desculpa. Andrew me encarou friamente.

— Que lindo! O casal apaixonado! Pena, meu irmãozinho, que a mulher que você se apaixonou, me pertence! — Andrew sorriu com escárnio enquanto Pietro o olhava enraivecido.

— A deixe em paz, Andrew! De uma vez por todas! Acho que único apaixonado aqui é você! Você tá tão na dela que não sabe como controlar, e desconta com raiva a magoando, machucando! Seja mais humano, Andrew! — Andrew bufou apertando os lábios, mirou seu olhar enfurecido em mim e saiu em silêncio. Eu suspirei aliviada. Ainda bem que tudo tinha terminado...

[...]

VINTE E DOIS DIAS DEPOIS...

Se passaram exatos 22 dias que estou nessa prisão. Já não aguento mais ficar trancada assistindo tv. É a única coisa que eu posso fazer aqui, assistir televisão, olhar a piscina, o jardim, conversar com Pietro... e só! Cada dia que passa me sinto entediada.

Pietro sempre me deixa falar com minha mãe no telefone quando o louco do Andrew não está, estranhamente fiquei sabendo pela minha mãe que o ogro lhe mandava dinheiro para ajudar nas despesas de casa. O que será que ele queria com isso? Ele estava sustentando minha casa, enquanto me mantinha presa aqui? Eu não conseguia mesmo entender esse homem.

Falando no diabo, desde a última vez em que discutimos por causa do Pietro, ele não me perturbou mais, o que eu acho realmente estranho. Já que ele bate no peito dizendo tanto que eu sou sua propriedade e deveria satisfaze-lo. Contrapartida, a vadia da Danna sempre está aqui, transando com ele no quarto ao lado. Quase todas as noites eu ouço a vaca mugir, digo, a piranha gemer excessivamente alto. Pra que tudo isso? Se acha que me atinge, está perdendo o tempo precioso dela.

Termino de tomar meu banho, passo um bom hidratante em meu corpo, visto um short jeans e uma blusa regata, faz calor em L.A, decido descer pra olhar o jardim. Já está de noite. Quando abro a porta do quarto, vejo Andrew caminhando pelo corredor, pelas horas constato que ele acabou de chegar do Cassino, já que estava devidamente bem arrumado. Minha vontade de voltar para o quarto é enorme. Mas como já estou aqui... passo por ele cuidadosamente e ele me chama me estremecendo...

— Petulante! — Eu paro de costas no meio do corredor e me viro como se estivesse em câmera lenta. Sua expressão robótica de sempre, ininteligível.

— Quero que se arrume amanhã, fique bem arrumada, iremos a um jantar de casais mais importante de L.A... — Arqueei a sobrancelha e indaguei:

— Por que não chama a Danna? Afinal, ela vive tendo... relações com você quase todos os dias ao lado do meu quarto. — Porra! Eu e minha maldita boca! Andrew se aproximou como um felino pronto pra dar o bote, eu cerrei os punhos de nervoso.

— O que é, petulante? Finalmente vai admitir que está com ciúmes? — Caio na risada ao ouvir sua pergunta. Era lógico, Andrew trepava com Danna pra tentar me atingir.

— Pela primeira vez, eu ouço uma piada vindo de você. Isso é loucura, Andrew. A única coisa que me incomoda é não poder dormir com o barulho ridículo de vocês dois. Fora isso... — Arqueio a sobrancelha com desdém. Andrew muda a postura como se estivesse contrariado.

— É bom você parar com essa ironia, petulante! Você me deve obediência e acho bom, não esgotar o pouco de paciência que estou tendo com você! — Resolvi não debater, vai que ele dá a louca novamente e faça como da última vez? Apenas assenti em silêncio.

Ele continuou a me encarar em silêncio e depois de longos segundos saiu, indo em direção ao terceiro andar. Eu nunca fui lá, pelo que Pietro me contou, Andrew nunca levava ninguém para seu quarto. Coisas de homem louco.

Voltei a caminhar indo em direção a escada... Respirei fundo... e quando alcancei a sala, me joguei no sofá, agarrando uma almofada, eu estava sentindo tanto a saudade de minha vida de antes, da minha faculdade... tive que interromper meus estudos por causa desse louco! Suspirei e acabei pegando no sono... afinal, já estava bem tarde.

[...]

A Prometida: Uma Proposta Irresistível - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora