Cap 16

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Cata 🥀

Faz um mês e pouca coisa mudou, eu estou trabalhando agora, tarde e de manhã. E fiz também um acordo com o Rodrigo, antes como a casa é aberta 24 horas eu não tinha horário pra chegar lá, Eu ia a hora que ele me chamava. Agora eu só trabalho a noite, das 20:00 as 2:00. Ganho bem mesmo, mas o suficiente pra não precisar do dinheiro do Gustavo pra sair.

Hoje eu abri a loja, a Nicole é dona daqui. Ela é super legal e simpática. Também  tem a Cíntia e a Lorena, mas elas são mais na delas e eu mais na minha.

Escorei no balcão já que só tinha eu na loja, ainda era cedo. E fiquei esperando as meninas chegarem ou alguma cliente.

Vi o Nego entrando com o cigarro na boca sem camisa e com o fuzil na bandoleira.

Cata: oi, apaga o cigarro cara, aqui é uma loja de roupas vai ficar fedendo- ele apagou o cigarro e jogou na rua.

Nego: vi que abriu essa loja aqui, deixa eu dar uma olhada nos traje- concordei e guiei ele até uma parte que tinha roupa masculina.

Cata: se não tiver seu tamanho avisa que eu posso pegar lá encima.

Ele concordou e disse que ia ir no provador provar as camisas. Não sei pra que, já tava sem blusa mesmo era só vestir aqui.

Nego: ainda trabalha pro Rodrigo?

Cata: sim, só a noite- falei arrumando as camisetas por cores e tamanhos.

Nego: vai tá lá hoje- murmurei um aham e ele saiu do provador sem camisa- viu levar todas, e aquele tênis ali também.

Fui no Caixa pagar as coisas e ele ficou me olhando, tonto Demais.

Nego:  por que tu fica nervosa comigo cara?.

Cata: sei lá nego, você me dá medo. Já me ameaçou, quer que eu beije seu pé- entreguei a sacola com as compras dele.

Nego: teu problema é esse, ser debochada demais, papo reto- ele deu um selinho na minha boca, riu de lado e foi saindo- a noite vou lá.

Nem falei nada só continuei meu trabalho até as outras meninas chegarem.

Fiquei vestindo as manequins e sem dúvidas a parte que eu mais gostava, sempre deixava elas com uns looks bem modelo.

Eu fazia de tudo aqui: atendia, montava manequins, colava promoção, ajeitava os cabides, limpava o provador. Não ganha muita grana não, mas vi que era o suficiente pra eu sobreviver sem precisar me prostituir.

Deu a hora do almoço e o boy sempre passava pra gente almoçar juntos.

Boy: tá gostando do trampo?

Cata: sem dúvidas, a melhor coisa que tô fazendo agora é trabalhar, não vejo a hora de sair da prostituição.

Boy: falei que dava a grana, mas vou nem tocar nesse assunto

Coração de criaOnde histórias criam vida. Descubra agora