Cap 26

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Cata 🥀

Sentei com a cabeça encostada no sofá, o Gustavo não me mandava mensagem desde nove horas da manhã, que foi a última vez que eu vi ele.

Eu tava com um pressentimento péssimo, eu sabia que ele não tava bem. Eu sinto quando ele não tá bem. Eu sinto de longe.

Escutei a porta abrindo e levantei assustada, era os três patetas pra minha infelicidade.

Cata: cadê o Gustavo?- o nego negou e os outros coçaram a cabeça- cadê o Gustavo, que merda, responde.

Cacá: a gente não sabe cata- meus olhos encheram de lágrimas em questão de segundos- só achei essa foto aqui.

Ele me entregou a foto, era a foto que ele dizia que foi o melhor dia da vida dele, onde tinha a mãe e a 'irmã" juntas.

Cata: como vocês deixam o soldado de vocês sumirem assim porra- sentei no sofá chorando.

Teteu: Catarine, dói em nós também. O crime é assim nega, ele entrou pra essa vida sabendo disso.

Nego: foi vacilo meu- ele falou e os meninos olharam espantados- qual foi? Foi vacilo mesmo. Eu como chefe tenho responsabilidade de proteger vocês. Mas sou um só.

Cata: eu só quero o meu amigo- senti o nego sentando do meu lado e segurando na minha mão, em um ato totalmente espontâneo- qual a probabilidade dele estar vivo?

Nego: é bastante até, ele pode ter ido preso. Impossível ele morrer e não ter uma pista do corpo.

Teteu: é mais fácil ele tá vivo do que morto. Não se desespera tá ligado- concordei com a cabeça e encostei a mesma no ombro do nego.

Cacá: trouxe chocolate e açaí, sei que não anula a tua dor, mas foda-se quis ser fofo- eu ri do jeitinho que ele falou e ele piscou um olho pra mim- agora o patrão vai me liberar né. A nega da pista tá me esperando lá em baixo.

Nego: Jaé, amanhã quero os dois lá na boca, sete horas da manhã.

O teteu depois disse também que ia vazar e o nego ficou aqui em casa no sofá. A gente continuou na mesma posição até eu sentir uma vontade enorme de chorar.

Nego: não chora cata, porra- deitei no sofá. deixando toda lágrima cair.- nós já falou, ele não tá morto.

Cata: mas eu fico preocupada, se ele tá machucado, se ele tá bem. Se comeu ou não. Eu só tenho ele e mais ninguém no mundo.

Nego: eu tô ligado, mas bandido some, é assim mesmo. As vezes é preciso sumir pra não morrer.

Fui mais pra cima do sofá deitando na perna dele. Onde ele não falou nada. Só começou a mexer no comprimento do meu cabelo.

Nego: acho que já vou vazar, tá tarde, vou deixar tu dormir.

Cata: quer ficar aí?, Sem caô. Só queria alguma companhia- perguntei olhando pra ele.

Nego: fico pow, só preciso tomar um banho. Não parei em casa um minuto.

Peguei uma toalha pra ele no meu quarto e fui até a sala entregar.

Coração de criaOnde histórias criam vida. Descubra agora