Cap 19

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Cata 🥀

O nego me deixou em casa e eu tomei meu banho, peguei toda grana que ganhei hoje, e finalmente. Bati minha meta.
Não sei descrever a sensação de prazer que eu tenho.

Fui pro meu serviço toda felizinha, e fiquei a tarde toda lá. Quando deu minha hora peguei minhas coisas, dei tchau pras meninas e vim pra minha casa.

o Rodrigo me ligou falando que precisava conversar sério comigo. Eu já tava a ponto de matar esse bofe, credo não me deixa em paz um minuto.

Cata: fala aí Rodrigo- sentei encarando, e logo depois olhei uma mensagem no WhatsApp.

Rodrigo: terror tem uma proposta pra você- levantei uma sobrancelha- ser fixa dele, você ainda irá trabalhar com outros caras. Mas tem que estar disponível pra ele a hora que ele quiser.

Cata: não quero mais envolvimento com esse homem, e nenhum que faça eu correr risco de vida. E além do mais, eu já tenho o dinheiro, eu vou sair daqui Rodrigo.

Rodrigo: vai nada Catarine, toda puta diz isso. Não vai sobreviver uma semana trabalhando de vendedora.

Cata: eu sei que eu consigo, amanhã eu trago o dinheiro pra você.

Rodrigo: o contrato que você renovou tem a garantia de um ano- vi nos olhos dele o quanto ele tava nervoso- você não vai sair assim fácil.

Cata: o contrato tem a garantia de um ano, mas caso houver a quebra eu terei que pagar 15 mil reais. Eu já falei Rodrigo eu tenho a grana.

Rodrigo: nunca passou de uma putinha meia boca.

Cata: a putinha meia boca aqui, que bancava essa casa. Eu entendo o seu nervosismo Rodrigo- falei descendo as escadas e ele veio atrás- sem eu você não é ninguém aqui dentro.

Rodrigo: Catarine, eu tenho anos de profissão, nunca precisei de você aqui dentro- dei de ombros gargalhando, e ele pegou no meu maxilar, forte- se alguma coisa daqui vazar, você sabe seu destino.

Cata: eu não tenho medo de você Rodrigo, aliás eu nuca tive medo de ninguém. Você é tão imundo quanto um rato.

Rodrigo: agora você senta pro chefe né, quando você não era nada, foi eu que te montei.

Cata: você me montou feito uma marionete, pra eu seguir todos seu passos e tudo que você mandava, comigo não cola isso. Eu não tenho medo de você, eu não tenho medo do que você possa fazer- fui abrindo a porta e ele me puxou pra trás.

Rodrigo: não esquece que você ainda trabalha hoje gatinha, e amanhã só vou estar disponível pela amanhã.

Eu ri da cara dele, ele jogou essa porque eu tenho trabalho amanhã cedo, mal sabe ele que é minha folga. Babaquinha.

Coloquei a langerie mais gostosa e cara que eu tinha, querendo ou não aqui foi por muitos anos meu local. Vou sentir saudades.

Não queria sair daqui assim, brigada com o Rodrigo, mas por seis anos eu tentei me resolver e gostar dele, mas ele não me entra bem.

Desci atraindo olhares de muitos que estavam ali, sorri de canto. Eu amo ser o centro das atenções.

Vi o boy de relance, bebendo em uma mesa que tinha na rua. Aqui era meio que casa de prostituição e bar.

Quem queria programa entrava, e quem só queria curtir e beber ficava lá na rua mesmo.

Andei até ele, que quando me viu saiu da cadeira vindo me abraçar. Ele nunca teve vergonha de ter amiga prostituta.

Cata: eu consegui- sussurrei no abraço e ele me apertou.

Boy: eu falei pra você hein Catarine. Você consegue tudo que você quiser, não se diminui.

Uma lágrima solitária escorreu no meu rosto, fazendo eu sussurrar um te amo pra ele.

Rodrigo: aqui não é centro de caridade pra ficar abraçando não, entra pra dentro Catarine- revirei os olhos e entrei indo até a sala e esperando alguém aparecer.

Coração de criaOnde histórias criam vida. Descubra agora