Cap 22

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Cata 🥀

Sentei na Areia ajeitando meu shorts, e senti o nego sentando do meu lado. Particularmente era estranho ele ter me convidado pra vir aqui na praia com ele.

Cata: por que me chamou?- perguntei curiosa.

Nego: sei não, só curte o momento- dei de ombros abraçando meus joelhos.- te chamei porque sei lá mano, nem eu sei.

Cata: tudo bem, não precisa se explicar. Só não seja grosso, cai mal.

Nego: tu é sensível a tudo, já percebi isso. É meu jeitão pow, sou assim.

Cata:  não é que eu seja sensível- mexi na areia fazendo um coração- você que é ogro.

Nego: sou nada, a prova é nós aqui, conversando sem ter muita afinidade tá ligado? Pode crê que sou pior com as outras pessoas- eu ri de lado. É incrível que de dez palavras dele, onze são gírias.

Cata: você tem um coração bom, é nítido. Só que tem que criar essa casca por conta da vida que você leva.

Nego: vidente nessa porra agora?- ri negando- morro de medo dessas parada.

Cata: você é bobo, eles não fazem mal a ninguém- ri simples e ele acendeu a maconha dele.

Era gostosa a sensação que a praia trazia, simplesmente esqueci de tudo. Principalmente que amanhã era segunda e eu abriria a loja, Mas Nem me importei com isso, ainda era cedo.

Nego: e aquele bagulho de sexo por prazer é verdade?

Cata: é, mas só quando eu estiver com vontade. Não transo mais por obrigação.

Nego: tô ligado- ambos se olharam e nosso olhares se encontraram, e  ele deu um riso de lado.- tá com vontade agora?

Cata: não, depois de 6 anos. Ficar uma noite sem fazer é libertação.

Nego: pensa bem gata, a gente pode comemorar teu bagulho de uma forma gostosa- falou no meu ouvido e eu gargalhei.

Cata: para nego, amanhã eu trabalho. E se você me chamou pra ter desculpa pra fuder comigo, você está sendo ridículo.

Nego: relaxa Catarine- fechou a cara e eu também, tenho nada com isso não- chamei porque eu quis, já falei. Teu mal é achar que todo mundo vai te tratar como puta o tempo todo.

Cata: mas é o que acontece, são as minhas vivências, meu traumas.

Nego: mas nenhum dos dois aqui é certo não, não tô pra te julgar pow- balancei a cabeça fingindo ouvir o papo barato dele.

Tava tudo bem, até eu olha pro lado e ver o terror, ele me olhou de canto e veio andando pro meu lado.

Cata: não levanta a cabeça nego, só coloca o capuz e puxa a cordinha. Esconde o máximo do rosto- tá maluco, vai que começa uma matança aqui na minha frente.

Nego: tá viajando qual foi- ele ia levantar a cabeça mas eu dei um empurrão que estralou o pescoço do coitado- tá maluca porra o que foi.

Cata: o terro inferno, disfarça, finge que é meu namorado.

Ele entrelaçou nossas mãos ficando de cabeça baixa, e eu deitei nas suas costas.

Terror: grande Catarine, quanto tempo- ri de lado balançando a cabeça.

Cata: quanto tempo, que honra encontrar você aqui na praia.

Terror: preparada para nosso encontro amanhã?.

Cata: sabe, faz um tempo que eu saí de lá. Agora já estou namorando. Não faço mais isso.

Terror: como assim, depositei 50 por cento adiantado para sair com você- balancei a cabeça negando.

Cata: sinto muito pelo golpe, mas realmente não trabalho mais lá.

Ele ficou falando que eu era única, e que poderia oferecer um dinheiro maior. Eu só concordei com tudo que ele tava falando. Mas na verdade tava nem aí pra ele. Ele saiu falando que ia conversar com o Rodrigo sobre isso e eu ri, burro demais.

Nego: gamou no teu chá- levantou a cabeça soltando nossas mãos.

Cata: pois é, fazer o que se sou gostosa. Vamo embora nego?, Tenho trabalho amanhã.

Nego: jaé, vamo indo- levantou pegando na minha mão pra ajudar eu levantar, e eu levantei batendo a areia da bunda.

Coração de criaOnde histórias criam vida. Descubra agora