Cap 25

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Nego 👹

Cacá: qual foi mano, que barulho é esse- olhei pro lado e vi os cara entrar correndo pra pegar o fuzil.

Nego: é os Bope?- um vapor meu balançou a cabeça- Cadê o olheiro dessa porra?

-  o olheiro foi o primeiro a morrer patrão.

Nego: vai caralho, pega a porra do fuzil do colete e saí.- amarrei as camisa na cara, peguei os fuzil e desci o morro.

Desci corridao, quando eles entravam assim sem avisar um monte de trabalhador morria. Mó falta de cuidado do governo, ainda matam a porra do olheiro.

Vi o boy  levando a Catarine pra casa, já saquei logo um fuzil jogando pra ele.

Boy: fé meu mano.

Nego: fé, seja o que Deus quiser pow. Toma cuidado.

Respirei fundo me agachei no beco, rezando ave maria e o pai nosso. Fiz o sinal da cruz beijei no final e saí.

Só conseguia pensar na minha coroa, quando eu for dessa pra uma melhor a velha vai ficar mal pra caralho, mas é a minha vida.

Lembro até hoje o dia que meu velho se foi, um luto eterno pra nós tá ligado, mas a vida não para não.

O radinho não parava de apitar, era vários nossos baleados e os deles também.

Era papo de filme mesmo, quem via não acreditava, tudo tava sendo transmitido ao vivo na TV.

A mida é foda, ainda quer lucrar  com nós.

Ficamos  uma hora trocando tiro, . Levei um tiro na coxa mas só parava morto. Ou preso.

uma hora depois os polícias recuaram, ajoelhei no chão dando graças a Deus, e agradecendo pela minha vida.

Depois, de revisar os corpos, anotar tatuagens, nome fui pra boca. Morreu sete dos nosso,  e dois dos polícia.

Juntei todos os menor, final de operação era assim, ninguém parava, nós ficou das  duas da tarde até nove da noite sem parar.

Nego: cadê o Boy?- eles me olharam assustados- cadê a porra do Gustavo?

Teteu: calma aí, não precisa berrar Nego. O nome dele e nem características tão aqui não.

-  última vez que vi ele foi perto da mata, do  bequinho onze.

Nego: como ele some assim?, Porra- apoiei a mão na cabeça respirando fundo- vai ficar aqui comigo, Cacá e Teteu. O Rogerinho e o tesoura vão  pra boca do lado, contar tudo que a gente perdeu. E o resto procurar o Boy, ouviram?- falei alto pra todos eles ouvirem.

Rogerinho:sim patrão nós já tá indo.

Tranquei a porta depois que eles saíram e sentei.

Cacá: como ninguém sentiu falta dele porra,  cadê esse bosta. fugiu será?

Teteu: fugiu dos bope, certeza, se Tava perto das mata, ou Armaram pra pegar alguém do tráfico, quando conseguiram recuaram.

Nego: ou morreu essa porra, não acharam nenhum bagulho dele?

Cacá: essa foto, guardei pra dar pra ele, mas nem me toquei. Era muito bagulho na mente.- era uma foto dele da Catarine e da coroa dele antes de ela morrer- mas nada demais, deve ter caído da carteira.

Nego: vou lá ver a Catarine, a mina era irmã dele, vou deixar ela assim  se um aviso não- ele balançaram a cabeça e se olharam- tenho tempo dessas porra não. Começa a investigar o bagulho.

Teteu: largando o barco capitão- jogou uma almofada em mim, e eu joguei nele de novo bem na cabeça- vê se volta né.

Nego:  quer saber, larga essas porra aí, vamo lá comigo.

Teteu: o patrão tá chamando porque sabe que não resiste ao canto da sereia- falou cutucando o Cacá que ria.

Nego: só fala merda irmão.

Coração de criaOnde histórias criam vida. Descubra agora