Cap 75

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Cata🥀

Tava sozinha com o Raul, era um desafio já que eu não podia tá fazendo muito esforço por causa da Cesaria, mas pra quem é mãe é impossível ficar parada.

O Marlon foi resolver alguma coisa na boca, ele disse que ia se afastar pelo menos dois meses.

Escutei os tiros começarem e suspirei quando olhei o Marlon chegando com um tiro no ombro e revirei o olhos.

Cata: senta aí que eu vou pegar o álcool-bufei- vai pra rua? -ele negou e eu passei álcool no machucado vendo que o tiro foi só de raspão.

Nego: valeu neguinha-puxou minha cintura pro meio das suas pernas devagar- já falei pra tu ficar quieta pô, tava varrendo aqui a sala por quê ?

O Marlon era extremamente exagerado, o médico falou pra eu não fazer faxina. E pra ele varrer o chão já é faxina.

Cata: por que você não sai dessa vida logo cara-sentei no colo dele com cuidado e mexi na tatuagem do pescoço  dele que era o nome do Raul.

Ele tinha duas tatuagens com o nome Raul, uma na perna que foi pro pai dele, e a outra no pescoço pro filho.

Nego: tenho que te falar um bagulho-falou baixo e eu já sabia que era merda- entrei pra facção, agora sou linha de frente.

Cata: como assim?-Perguntei incrédula

Nego: antes eu só era dono do morro tá ligado, agora sou o chefe da facção, junto com outro mano lá.

Cata: puta que pariu Marlon-neguei com a cabeça-o que tu fez?- escutei o chorinho do meu filho e fui no quarto ver ele.

Nego: qual foi amor, antes de vocês minha vida era essa-respirei fundo.

Cata: agora você tem um filho, eu tô foda-se se eu entrei antes ou depois na sua vida, mas seu filho tem que ser sempre a sua prioridade. Eu não quero ele sendo igual ao pai.

Nego: qual foi casou comigo por que então? - repreendi ele.

Cata: eu sou sua namorada, mãe do seu filho, não casei porra nenhuma com você e  Se isso de facção for um risco pra gente, eu sumo com ele, tá ouvindo-  encarei no fundo dos olhos dele e ele ia dar um soco na porta mas parou vendo a merda que tava fazendo

Nego: porra Catarine, nos tá junto na mesma casa pô, isso é casamento-concordei não dando bola.

Cata: se acontecer alguma coisa com o Raul-falei trocando ele-eu te mato, eu juro por tudo que é mais sagrado que eu te mato.

Olhei pra frente respirando fundo e o Marlon sentou na  cadeira de amamentação que tinha no quarto do Raul.

Acabei deixando uma lágrima rolar e ele viu, vindo pra trás de mim me dando um beijo na cabeça.

Coração de criaOnde histórias criam vida. Descubra agora