𝐀𝐫𝗺𝐲 𝐅𝐫𝗼𝗺 𝐒𝐩𝐚𝐜𝐞

40 3 0
                                    

28 de abril de 2012 - Floresta na Alemanha

Sarah já estava exausta de ouvir o tagarela Loki falando sobre o passado, o que a fazia se culpar ainda mais por tudo o que tinha acontecido. No entanto, algo que ele mencionou despertou sua curiosidade.

— Eu não vejo apenas uma super-soldada em você, vejo algo além da compreensão humana. Algo como um poder destrutivo, capaz de extinguir um planeta inteiro... ou talvez seja só uma paranoia minha — disse Loki, observando o interesse dela. — Mas parece que o que eu disse chamou sua atenção. Porém, não é hora para essa conversa, Capitã. Afinal, não somos os únicos por aqui... olhe para baixo — completou, apontando para dois homens. Sarah olhou para Loki e, em seguida, para onde ele indicava, mas os homens já tinham sumido. — Não te lembra de nada?

— Infelizmente — disse Sarah, e logo viu o Quinjet se aproximando, aliviada ao perceber que Natasha e Tony estavam a bordo, além do loiro que tinham capturado. — Quem quer chutar a bunda dele para dentro daquele jato?

— Eu vou deixar essa para você, Lady... — disse o loiro, esperando que Sarah dissesse seu nome.

— Sarah. E não precisa me chamar de "lady" — respondeu ela, sorrindo.

— Porque de "lady" essa aí não tem nada, Barbie asgardiana — disse Tony, pegando Loki e o jogando dentro do Quinjet.

— Homem de lata, não me chame assim... A propósito, sou Thor — disse Thor, estendendo a mão para Sarah, que a apertou.

Eles entraram no jato e seguiram para o Aeroporta-aviões da S.H.I.E.L.D. Quando chegaram, já era manhã. Os agentes levaram Loki até a cela que havia sido projetada para conter o Hulk. Lá, ele e Fury tiveram uma conversa bastante ameaçadora.

— Ele... é cativante — comentou o Dr. Banner, após ver Loki sendo levado.

— Loki vai prolongar isso — disse Sarah, enquanto assistia ao vídeo que passava na mesa holográfica. — Então, Thor, o que ele pretende?

— Ele tem um exército... os Chitauri. Não são de Asgard, nem de qualquer outro mundo conhecido. Eles lhe darão um planeta para governar em troca do Tesseract — explicou Thor, olhando para os demais.

— Um exército... do espaço — disse Sarah, incrédula.

— Ele está construindo outro portal — interveio Banner, tirando os óculos. — Por isso precisa de Erik Selvig.

— Selvig? — perguntou Thor.

— Ele é um astrofísico — respondeu Banner.

— E um amigo — completou Thor.

— Loki o enfeitiçou de algum jeito — disse Natasha, apoiada na mesa com os braços cruzados. — Ele também levou um dos nossos — completou, fazendo Sarah entender que ela se referia a Clint, seu aliado de longa data, que a ajudara em Budapeste.

— Por que ele se deixou ser capturado? — perguntou Sarah. — Não vai liderar seu exército daqui.

— Não devemos focar em Loki. A mente dele é como um saco de gatos — disse Banner.

— Cuidado com o que diz — respondeu Thor, mais sério. — Loki pode estar além da compreensão, mas, antes de tudo, ele é de Asgard... e meu irmão.

— Ele matou 80 pessoas em dois dias — disseram Sarah e Natasha ao mesmo tempo.

— Ele é adotado — disse Thor, constrangido, fazendo Sarah olhar para ele, incrédula.

— Isso justifica as ações dele? Não, não justifica — disse Sarah, com o tom de voz levemente elevado. — Ele já é bem grandinho, Thor. Sabe o que está fazendo.

Thor baixou a cabeça, envergonhado.

— Acho que tem algo a ver com a mecânica... Irídio. Para que ele precisa de irídio? — questionou Banner, mudando o foco da conversa.

— Um agente estabilizador — respondeu Tony, antes de falar com Coulson. — Assim, o portal não vai se desfazer como o da S.H.I.E.L.D. Não fique chateado comigo, até que você bate bem — disse Tony, caminhando até Thor e dando um tapinha no ombro dele. — Continuando, o portal pode ser mantido aberto o tempo que Loki quiser. Ergam o mastro, icem as velas! Ele tá jogando Galaga — apontou Tony para um agente que jogava escondido, fazendo Sarah sorrir.

— Achou que não notaríamos, mas notamos — completou Tony, antes de olhar para os painéis holográficos.

— Como o Fury consegue ver tudo isso? — perguntou ele, intrigado.

— Ele se vira — respondeu Maria Hill, sem se importar muito.

— Que canseira — suspirou Tony, mexendo nos painéis holográficos. — O agente Barton pode conseguir o resto dos materiais brutos facilmente. O único componente principal que Loki ainda precisa é uma fonte de energia de alta densidade, algo para ativar o cubo.

Enquanto falava, Tony disfarçadamente inseriu um dispositivo para hackear o sistema.

— Desde quando você virou especialista em astrofísica termonuclear? — perguntou Hill, curiosa.

— Ontem — respondeu Tony, casualmente. — O pacote... as anotações de Selvig... mas só eu vi isso — disse, abrindo os braços, mas logo notou Sarah com a mão levantada, indicando que ela também tinha lido as anotações.

— Nesse caso, Loki precisa de uma energia específica, mas onde ele conseguiria isso? — perguntou Sarah, inclinando a cabeça.

— Ele teria que aquecer o cubo a 1200 kelvin para superar a barreira de Coulomb — disse Banner.

— A menos que Selvig tenha descoberto como estabilizar o efeito túnel quântico — completou Tony, andando.

— Assim, ele poderia obter fusão de íons pesados em qualquer reator do planeta — disse Banner.

— O que nos leva à Torre Stark — disse Sarah, com um olhar perspicaz.

— Vejo que você está bem informada, tia Sarah — respondeu Tony, irônico.

— Sou como o Fury. Tenho olhos e ouvidos em todos os lugares. E não me chame de tia, isso me faz sentir mais velha do que já sou — retrucou Sarah, com um tom firme, mas brincalhão, repreendendo Tony.


𝓓𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓸𝓯 𝓐𝓶é𝓻𝓲𝓬𝓪 - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora