𝐓𝐡𝐞𝐲 𝐝𝐨𝐧'𝐭 𝐚𝐠𝐚𝐢𝐧

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Triskelion - Base da SHIELD

Sarah já havia ido embora. Ela estava brava, e Fury odiava vê-la com raiva, mas sabia para onde ela havia ido: ver sua mãe. Quando descobriu onde Peggy estava, Sarah passou a dividir seu tempo entre treinar e visitar o hospital. Enquanto isso, Fury estava em seu carro quando começou a ser perseguido por policiais, que atiravam metralhadoras contra seu veículo blindado. Ele fez de tudo para despistá-los, até que um homem de jaqueta, óculos escuros, cabelo até os ombros, calça preta larga e coturnos, além de uma máscara, surgiu. Esse homem tinha um braço de metal e lançou uma espécie de disco, que grudou debaixo do carro de Fury e explodiu, capotando o veículo. Logo, outro homem apareceu. Ele era loiro, de máscara preta, olhos azuis como os de Sarah, e vestia um traje apertado com uma estrela no peito. Ele carregava um escudo vermelho, branco e preto, também com uma estrela. O loiro se aproximou do carro capotado para verificar se Fury havia morrido, mas o diretor da SHIELD já não estava mais lá.

Enquanto isso, Sarah estava no hospital, contando para Peggy como havia sido o seu dia. Durante a conversa, a mãe fez uma revelação:

— Sarah, sinto que seu pai está vivo, só não sei onde ele está — disse Peggy, com esperança na voz.

— Eu também sinto isso, mãe — respondeu Sarah, sorrindo.

— Vai assumir o manto do seu pai como Capitã América? — perguntou Peggy.

— Não, esse título é dele, não meu. Agora sou a Caçadora. Estou apenas decidindo se devo ou não colocar "América" no nome. Mas agora tenho que ir, tenho coisas para fazer. Tchau, mamãe — Sarah se despediu com um beijo na testa de sua mãe e saiu.

Depois da visita, Sarah passou por uma loja de donuts, comprou uma caixa e foi para seu apartamento. No corredor, viu as roupas de sua vizinha caírem no chão e foi ajudar a loira.

— Obrigada, Sarah — disse a vizinha sorrindo.

— De nada, Cate. Se quiser usar a minha máquina de lavar, ela é mais barata do que a do prédio — ofereceu Sarah.

— E quanto seria para usar a sua máquina de lavar? — perguntou Sharon, arqueando uma sobrancelha.

— Hm... um café — respondeu Sarah, brincando.

— Quem sabe da próxima vez. Acabei de sair da ala infecciosa do hospital, não quer sujar sua máquina com isso — disse Cate.

— Ah, é mesmo! Esqueci que você foi trabalhar na ala infecciosa hoje, desculpe — respondeu Sarah, enquanto a vizinha descia as escadas.

— Ah, acho que você esqueceu o rádio ligado — avisou Cate.

— Obrigada — agradeceu Sarah, esperando que a vizinha saísse. Quando Cate desceu as escadas, Sarah entrou em seu apartamento, colocou a caixa de donuts sobre a mesa e pegou seus leques. Indo até a poltrona, viu um homem sentado ao lado de sua vitrola. Prestes a atacá-lo, foi interrompida.

— É assim que você recebe visitas, Sarah? — perguntou o homem, ligando o abajur e revelando Fury.

— Não me lembro de ter te dado uma chave para entrar no meu apartamento — retrucou Sarah.

— Não preciso de chave — respondeu Fury.

— Você está horrível — disse Sarah, notando seu estado.

— Minha mulher me expulsou de casa — respondeu Fury.

— Você é casado? Uau! — reagiu Sarah, surpresa.

— Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim — respondeu Fury.

— Pois é, Nick. Isso é que me dá medo. Agora vou perder o sono sabendo que você pode entrar a qualquer momento no meu apartamento — disse Sarah.

Fury pegou seu celular e escreveu uma mensagem, mostrando para Sarah: "Ouvidos em todos os lugares." Sarah, já com raiva, olhou ao redor de seu apartamento.

— Sinto muito por ter feito isso, eu não tinha onde ficar — disse Fury.

— E por isso veio para cá? — perguntou Sarah.

Fury escreveu outra mensagem: "A SHIELD foi corrompida."

— Mais alguém sabe da sua esposa? — perguntou Sarah.

— Só meus amigos — respondeu Fury, mostrando mais uma mensagem: "Você e eu."

— É isso que nós somos? — questionou Sarah.

— Depende de você — disse Fury, levando vários tiros logo em seguida, bem na frente de Sarah.

Ela rapidamente o arrastou para a cozinha e pegou o escudo de seu pai para protegê-los. Fury, ferido, entregou-lhe um pen drive.

— Não confie em ninguém — disse Fury, com dificuldade.

De repente, sua vizinha, Cate, entrou pela porta com uma arma em punho e, ao ver Fury caído e sangrando, se apresentou.

— Capitã Rogers, sou a Agente 13, serviço especial da SHIELD — disse Cate.

— Cate...? — respondeu Sarah, confusa.

— Mandaram que eu a protegesse — explicou Cate.

— Quem mandou? — perguntou Sarah.

— Ele — disse Cate, apontando para Fury. Ela pegou um walkie-talkie e chamou por socorro, enquanto Sarah saiu em busca do atirador. Ela correu por vários apartamentos até quebrar uma janela e lançar o escudo contra o homem no terraço. Ele pegou o escudo com o braço metálico, e Sarah o reconheceu imediatamente. O homem lançou o escudo de volta, e Sarah o desviou. Quando outro escudo veio em sua direção, ela o pegou do mesmo jeito que o homem havia feito, percebendo de onde ele veio.

— скучал по нам? (Sentiu nossa falta?) — perguntou o homem loiro em russo para Sarah, que estava em choque.

— Я думаю, она напугана (Acho que ela está assustada) — disse o outro homem.

— Я боюсь тебя (Não tenho medo de você) — respondeu Sarah, surpreendendo-os. — Удивлена, да, но я коробка сюрпризов (Surpresa, sim, mas eu sou uma caixa de surpresas).

— Это правда, но в последний раз, когда мы встречались, у тебя было худшее (Isso é verdade, mas da última vez que nos encontramos, você estava em pior forma) — disse o loiro.

— почему я ушел (Foi por isso que eu parti) — respondeu Sarah.

O loiro lançou seu escudo contra Sarah, acertando seu estômago, derrubando-a no chão. Ao se levantar, percebeu que eles haviam desaparecido. Pegando o escudo, Sarah voltou para casa e, em seguida, foi ao hospital, onde Fury estava na sala de cirurgia. Ela observava pela janela quando Natasha chegou, posicionando-se ao seu lado. Hill estava ao telefone, falando com alguém.

— Ele vai sobreviver? — perguntou Natasha.

— Eu não sei — respondeu Sarah.

— Me fala sobre o atirador — pediu Natasha.

— Os mesmos caras que me congelaram. O atirador era o homem com o braço de metal. O outro, o loiro, estava escondido mais à frente — explicou Sarah, ainda processando o que havia acontecido.

— Balística, Hill? — perguntou Natasha, quando Hill se aproximou do vidro.

— Três projéteis com marcações não rastreáveis — respondeu Hill.

— São soviéticas — disseram Sarah e Natasha ao mesmo tempo.

— Mas como sabiam? — perguntou Hill.

— Um palpite — responderam ambas.


𝓓𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓸𝓯 𝓐𝓶é𝓻𝓲𝓬𝓪 - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora