You agreeing with Tony and the end of the world we will all die

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— Se eu perdesse duas bombas atômicas, pode apostar que haveria consequências — disse Ross, indiferente ao que Sarah havia falado.

— Mas eles não são bombas atômicas! Nenhum de nós é uma bomba atômica! Thor é um deus, e Banner é um cientista que, dentro dele, carrega um ser irradiado por raios gama — retrucou Sarah, defendendo seus amigos.

— Compromissos, garantias... é assim que o mundo funciona. Acreditem, esse é o meio termo — disse Ross, apontando para o tratado, mais uma vez ignorando Sarah, que já estava perdendo a paciência.

— Então existem contingências? — perguntou Rhodes.

— Nos próximos dias, a ONU se reunirá em Viena para ratificar o tratado — informou Ross, enquanto Sarah e Steve olhavam para Tony, que estava quieto demais para o gosto deles. — Passar a limpo.

— E se tomarmos uma decisão que vocês não gostem? — perguntou Natasha, enquanto Pietro, já cansado, deitava a cabeça no ombro de Sarah, que o acariciava.

— Então vocês saem de cena — disse Ross.

— E se não quisermos sair de cena, vão fazer o quê? Nos trancar em uma cela no meio do mar e jogar a chave fora? — provocou Sarah, e Ross assentiu com a cabeça, confirmando o cenário.

Com a reunião encerrada, todos estavam na sala discutindo o ocorrido. Sarah estava deitada no colo de Pietro, Wanda sentada ao lado de Visão, Steve em uma poltrona, Natasha em outra, enquanto Rhodes e Sam debatiam em pé, e Tony permanecia sentado perto dos pés de Sarah.

— O Secretário Ross tem uma medalha de honra do Congresso... uma a mais do que você — disse Rhodes, tentando justificar.

— Digamos que concordemos com isso... quanto tempo até começarem a nos rastrear como criminosos comuns? — perguntou Sam, irritado.

— Cento e dezessete países querem assinar isso! E você fica aí, dizendo "não, a gente dá conta"! — exclamou Rhodes, exasperado.

— Até quando você vai ficar em cima do muro? — perguntou Sam.

— Eu tenho uma equação — disse Visão, tentando mediar a situação.

— Ah, agora vai esclarecer tudo! — ironizou Sam.

— Nos últimos oito anos, desde que o Sr. Stark se revelou como Homem de Ferro, o número de pessoas aprimoradas conhecidas aumentou exponencialmente. Durante o mesmo período, o número de eventos que ameaçam o fim do mundo também cresceu a uma taxa notável — explicou Visão, analítico.

— Então está dizendo que a culpa é nossa? — perguntou Steve, parando de ler o Tratado de Sokovia.

— Estou dizendo que é uma consequência. Nossa força desafia. O desafio incita o conflito, e o conflito gera catástrofe. Supervisão... não é uma ideia que possa ser completamente descartada — afirmou Visão, com calma.

— Boa, Visão — apoiou Rhodes.

— Sabe que eles vão te supervisionar até no banho, né? Por exemplo, se você tivesse a mesma situação que o Clint, eles iriam supervisionar sua família. E se você pegasse um cara que não gosta de você, ele poderia ameaçar sua família também — disse Sarah, de forma direta. — Não precisa ser gênio pra ver isso, é só usar a cabeça.

— Achei que ela estivesse dormindo — comentou Rhodes, surpreso.

— Só estou ouvindo vocês falarem asneiras que nem minha mãe falava — disse Sarah, fechando os olhos.

— Tony — chamou Natasha. — Acho que é a primeira vez que te vejo tão calado assim.

— É porque ele já tomou sua decisão — disse Steve, prevendo a resposta.

— Você me conhece tão bem — disse Tony, levantando-se do sofá. — Estou com uma dor de cabeça eletromagnética.

— E também porque ele sabe que fez merda — disse Sarah, direto ao ponto.

— É o que está acontecendo, Capitão. É só dor. E você tem razão, Sarah, eu fiz merda ao criar o Ultron — admitiu Tony, indo para a cozinha e pegando um copo. — É desconforto... quem diabos está jogando pó de café na pia? Eu estou dando abrigo a uma gangue de motoqueiros!

— O Visão está certo. Temos três motoqueiros aqui: eu, meu pai e a Nat — disse Sarah, contando nos dedos.

Tony então projetou um holograma com a imagem de um jovem.

— Esse é Charles Spencer, por acaso. Garoto bom, formado em engenharia da computação, GPA de 3,6. Tinha um emprego promissor, ia trabalhar na Intel. Mas, primeiro, queria experiência no campo. Queria ver o mundo, talvez ajudar pessoas. Ele não queria ir para Vegas ou Flórida, como eu faria. Nem para Paris ou Amsterdã, que parecem divertidos. Ele decidiu passar o verão construindo casas sustentáveis para os pobres. Chutem onde? Sokovia — contou Tony, com um tom pesado. — Ele queria fazer a diferença, mas nunca saberemos, porque derrubamos um prédio em cima dele enquanto estávamos... destruindo tudo.

O silêncio caiu sobre a sala.

— O prédio caiu em cima dele porque você criou um robô com inteligência artificial da HYDRA! Não passou pela sua cabeça que isso não daria certo, Tony? E você ainda envolveu o Banner nisso tudo! Não venha jogar a culpa em cima de nós porque foi sua culpa! — disse Sarah, levantando-se do colo de Pietro, visivelmente irritada.

— Não estamos aqui para tomar nenhuma decisão. Precisamos ser controlados de alguma forma. Eu estou pronto. Se não aceitamos as limitações, nos tornamos desgarrados. Piores do que os caras que enfrentamos — disse Tony, ignorando a acusação de Sarah.

— Tony, se não consegue salvar alguém, não pode desistir — disse Steve.

— Quem está desistindo? — retrucou Tony, com frustração.

— Estaremos desistindo se nos responsabilizarmos pelas nossas ações. Esse documento só transfere a culpa — argumentou Steve.

— Desculpe, Steve, mas isso é perigosamente arrogante. Estamos falando das Nações Unidas, não do Conselho de Segurança Mundial, nem da S.H.I.E.L.D., nem da HYDRA — disse Rhodes, firme.

— Não, mas ainda assim, de pessoas com ideais alternados — rebateu Steve.

— E é por isso que estou aqui. Quando percebi que minhas armas poderiam fazer mal em mãos erradas, eu parei de fabricá-las — disse Tony.

— Tony, você escolheu fazer as armas. Ninguém colocou uma arma na sua cabeça e disse "faça". Se assinarmos, estaremos perdendo o direito de escolha — disse Sarah. — E se esse painel nos mandar para um lugar que não podemos ou não queremos ir? E se um lugar precisar de nós e não permitirem? Podemos não ser perfeitos, mas as mãos mais seguras ainda são as nossas.

— Se não fizermos isso agora, vai ser imposto a nós mais tarde. Esse é o fato. E não vai ser bonito — insistiu Tony.

— Eles virão atrás de mim... e da Sarah — disse Wanda, preocupada.

— Vamos protegê-las. Mesmo que a senhorita Rogers não precise de proteção — disse Visão, calmo.

— Talvez o Tony tenha razão. Se tivermos uma mão no volante, ainda poderemos conduzir. Se tirarmos... — disse Natasha, quando foi interrompida por Sarah, Sam e Pietro.

— Essa é a mesma mulher que mandou o governo pastar! — disseram os três juntos.

𝓓𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓸𝓯 𝓐𝓶é𝓻𝓲𝓬𝓪 - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora