Hospital – Sala onde estava o corpo de Fury
Sarah, Natasha e Hill estavam em uma sala, onde o corpo do diretor Nick Fury repousava, coberto por um lençol branco. Hill estava afastada, olhando pela janela, tentando esconder sua tristeza. Natasha e Sarah estavam mais próximas do corpo, e Sarah, assim como Hill, lutava para não transparecer sua dor. Em sua mente, a mesma frase se repetia desde a morte de Coulson: "Mais um que morreu na minha vida." Natasha, por sua vez, mantinha a mão esquerda sobre a cabeça de Fury e chorava baixinho, sem querer que ninguém ouvisse.
Logo, Natasha saiu da sala, e Sarah foi atrás, chamando-a.
— Natasha — disse Sarah, fazendo a ruiva se virar. — Me perdoa. Sei o quanto Fury era importante para você.
— Por que Fury estava no seu apartamento? — perguntou Natasha, direto ao ponto.
— Eu não sei. Quando o vi, ele já estava com o rosto machucado — mentiu Sarah, tentando esconder a verdade da melhor amiga.
Antes que a conversa pudesse continuar, Rumlow apareceu.
— Capitã, querem você na SHIELD — anunciou ele.
— Me dá um segundo — respondeu Sarah.
— Querem agora — insistiu Rumlow.
— Tá, já vou — respondeu Sarah, visivelmente irritada. Assim que Rumlow saiu, ela se virou para Natasha. — Já falei que odeio esse cara, né? — completou, tentando aliviar o clima.
Natasha deu uma risada curta.
— Você mente muito mal — disse a ruiva, antes de se afastar.
Sarah, suspirando, foi até uma máquina automática, onde escondeu o pen drive em uma embalagem de chicletes. Com o disfarce pronto, seguiu para a base Triskelion, indo diretamente à sala do novo diretor da SHIELD, o conselheiro Alexander Pierce.
Na porta, Pierce conversava com a Agente 13, também conhecida como Cate, a vizinha de Sarah. Quando perceberam a presença da Capitã, interromperam a conversa.
— Capitã Rogers — cumprimentou a Agente 13, caminhando na direção oposta.
— Vizinha — respondeu Sarah, em um tom sério, sem parar.
Pierce, educado, se aproximou e estendeu a mão.
— Capitã Rogers, sou Alexander Pierce. Ouvi dizer que você é ainda mais bonita do que me falaram, e bem parecida com sua mãe — disse Pierce.
— É uma honra, senhor — respondeu Sarah, apertando a mão estendida.
— A honra é minha. Meu pai serviu com o seu na 101ª Divisão. Por favor, entre — disse Pierce, entrando na sala, seguido por Sarah. Ela tentou lembrar se conhecia algum soldado chamado Pierce que tivesse servido com seu pai, pensando se ele poderia ser o mesmo homem que sua mãe havia socado.
Quando se sentaram, Pierce começou a contar uma história:
— Essa foto foi tirada dois anos depois que conheci Nick. Eu estava no Departamento de Estado, em Bogotá. Rebeldes da AELN atacaram a embaixada, e os seguranças me tiraram de lá, mas os rebeldes fizeram reféns. Nick, que era chefe assistente da estação da SHIELD, veio a mim com um plano. Ele queria invadir o prédio pelos esgotos. Eu disse que não, que negociaríamos. Mas o AELN mandou matar todos os reféns. Quando invadimos o porão, estava vazio. Nick havia desobedecido minhas ordens diretas e coordenou uma operação militar não autorizada, em solo estrangeiro, salvando as vidas de uma dúzia de políticos, incluindo a da minha filha.
— E então o senhor o promoveu? — perguntou Sarah, já sabendo a resposta.
— Nunca me arrependi — confirmou Pierce. — Capitã, por que Nick Fury estava em seu apartamento ontem?
— Como eu disse à Natasha, não sei. Quando o vi, ele já estava lá, sentado na minha poltrona, ouvindo música. Levantou-se e foi alvejado — respondeu Sarah.
— Sabia da escuta? — perguntou Pierce.
— Sabia. Aprendi com minha mãe a sempre desconfiar, e aposto que ele pensava o mesmo — respondeu Sarah.
— Ele disse que fui eu quem grampeou? — perguntou Pierce.
Sarah ficou em silêncio.
— Quero que veja uma coisa — disse Pierce, apertando um botão que projetou um holograma de um interrogatório de Batroc.
— Isso é recente? — perguntou Sarah.
— Pegaram ele ontem à noite, em um esconderijo não tão secreto, em Argel — respondeu Pierce.
— Está me dizendo que ele é suspeito? Assassinato não é o estilo de Batroc — disse Sarah, intrigada.
— É mais complicado do que parece — disse Pierce.
— Então simplifique, senhor Pierce — disse Sarah, firme.
— Batroc foi contratado anonimamente para atacar a Estrela da Lemuria. O pagamento foi feito por transferência eletrônica, passando por 17 contas fictícias, até chegar a uma corporação registrada no nome de Jacob Vitsh — explicou Pierce, entregando documentos a Sarah.
— Eu deveria saber quem é? — perguntou Sarah, folheando os papéis.
— Provavelmente não. Vitsh morreu há seis anos. O último endereço dele era Elmorust Drive, número 1435. Coincidentemente, a mãe de Nick morava no número 1437 — disse Pierce, observando a reação de Sarah.
— Está sugerindo que Fury contratou os piratas? — perguntou Sarah, incrédula. — Por quê?
— É a teoria mais plausível — disse Pierce, dando de ombros. — O sequestro foi uma fachada para a venda de dados confidenciais. A venda deu errado e custou a vida de Nick.
Sarah ergueu uma sobrancelha, desconfiada.
— Se conhecesse Nick Fury de verdade, saberia que isso não é verdade — disse ela, com um tom de deboche.
— Por que acha que estamos conversando? — perguntou Pierce, levantando-se. — Aceitei um assento no Conselho porque Nick me pediu. Sabíamos que, apesar de toda a diplomacia, às vezes é preciso destruir o mundo antigo para construir um novo. E isso cria inimigos. Inimigos que te chamam de sujo porque você tem coragem de fazer o que é preciso.
Pierce caminhou até a janela, enquanto Sarah o observava, desconfiada.
— Capitã, você foi a última a ver Nick Fury vivo. Não acho que isso foi por acaso. Pergunto novamente: por que ele estava lá?
— Ele me disse para não confiar em ninguém — respondeu Sarah, cruzando os braços.
— Me pergunto se isso incluía ele — disse Pierce.
— Foram as últimas palavras dele. Com licença — disse Sarah, pegando o escudo e se preparando para sair.
— Capitã, alguém assassinou meu amigo, e eu vou descobrir quem foi. Quem se meter no meu caminho vai se arrepender — ameaçou Pierce.
— Digo o mesmo, Pierce — respondeu Sarah, antes de sair da sala e caminhar até o elevador.
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𝓓𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓸𝓯 𝓐𝓶é𝓻𝓲𝓬𝓪 - 1º Temporada
БоевикMinha mãe sempre me falou do meu pai que antes dele tomar o soro do super soldado ele era uma lombriga ela se apaixonou por ele, ela me falava que ele era corajoso tinha bom coração e era o único de todo o acampamento que pulou em uma "granada", par...