𝓓𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓸𝓯 𝓐𝓶é𝓻𝓲𝓬𝓪 - 1º Temporada

The red room still exists

(Quebra de tempo)

As três começaram a lutar, cada uma armada com sua faca. A loira conseguiu derrubar Sarah com um golpe de rasteira e, em seguida, se virou para Natasha, que estava encurralada contra a parede. A loira pegou a cortina e a enrolou no pescoço de Natasha, que, por sua vez, enrolou o restante da cortina em torno da loira. As duas giraram, fazendo com que a loira caísse no chão, mas acabaram se enforcando.

— Перемирие — disse Natasha, pedindo trégua em russo, enquanto soltava a cortina. As três ficaram deitadas no chão, a loira ofegante para recuperar o ar.

— Ты вырос — completou Natasha em russo, fazendo a loira olhar para ela e desenrolar a cortina do pescoço.

— Никакого дерьма — respondeu a loira, levantando-se.

— Tinha que vir para Budapeste, né? — comentou Natasha, ajudando Sarah a se levantar.

— Vim aqui porque pensei que você não apareceria — disse a loira. — Mas já que você está aqui, com ela, que balas fazem aquilo? — apontou para o que havia atrás de Natasha e Sarah.

— Não foram balas — respondeu Natasha.

— Foram flechas — completou Sarah, guardando uma de suas facas de combate e entregando a outra para Natasha.

— Ata — disse a loira.

— Se você não achava que eu voltaria, por que me enviou isso? — indagou Natasha, colocando algumas ampolas com líquido vermelho e uma foto dela e da loira quando crianças sobre a mesa.

— Você trocou de volta — disse a loira, deixando Sarah confusa.

— Não estou aqui tentando ser sua amiga, mas você tem que me dizer o que é isso — insistiu Natasha, seguindo a loira, enquanto Sarah a acompanhava.

— É um gás sintético, um antídoto para a subjugação química. O gás imuniza as vias neurais do cérebro contra manipulação externa — explicou a loira.

— Agora, em linguagem de gente, por favor — pediu Natasha.

— Это противоядие от контроля над разумом — explicou a loira em russo.

— Настоящая зрелая — disse Natasha em russo, fazendo Sarah revirar os olhos.

— Por que não leva isso para um dos seus amigos supercientistas? Eles podem te explicar. O Tony Stark, de repente... — sugeriu a loira.

— A ele não estamos falando muito agora, já que ele quer nos prender — respondeu Sarah.

— Ótimo, perfeito. Onde estão os Vingadores quando são necessários? — retrucou a loira, arrumando uma mala.

— Eu não quero estar aqui. Eu não queria envolver ela nisso. A gente está fugindo, e eu podia ter morrido por sua causa — disse Natasha.

— Pera, como assim você podia ter morrido? — questionou Sarah, confusa.

— E o que você esperava que eu fizesse? Você é a única super-heroína que eu conheço — explicou a loira, olhando para Natasha, que estava tirando a blusa e revelando alguns hematomas nas costas. — Foi a única razão para eu ter mandado isso para você. Fiquei de olho no noticiário esperando ver o Capitão América e você acabando com a Sala Vermelha — completou a loira, saindo do cômodo com uma bolsa.

— Quem é ela, Natasha? — perguntou Sarah.

— Ela é minha irmã, Yelena Belova — revelou Natasha.

— Pera, o quê? — disseram Natasha e Sarah ao mesmo tempo, enquanto a ficha caía quando Yelena mencionou a Sala Vermelha, e as duas foram atrás dela.

— Acabando com a Sala Vermelha? Do que você está falando? Ela foi fechada há anos. O Dreykov já era; eu matei ele — disse Natasha.

— Você não matou, não acredita nisso, né? — disse Yelena, percebendo a expressão de Natasha. — Acredita mesmo nisso?

— O Dreykov já era. Ao detonar ele, quase detonamos a cidade também — insistiu Natasha.

— Se você tem tanta certeza assim, diga pra gente o que houve, explica em detalhes — desafiou Yelena, percebendo que Sarah já tinha entendido o que aconteceu.

— A gente colocou bombas — respondeu Natasha.

— Você e quem? — indagou Yelena.

— Clint Barton. Matar o Dreykov era o passo final para minha entrada na S.H.I.E.L.D. — disse Natasha.

— Simples assim — afirmou Yelena.

— É muito simples — retrucou Natasha, começando a andar. — Começamos implodindo um prédio de cinco andares e entramos em um tiroteio contra as forças especiais da Unida. Passamos dez dias escondidas antes de conseguirmos sair de Budapeste.

— Checou o corpo, né? Confirmou a morte? — perguntou Yelena, olhando para Natasha.

— Só que não havia o que checar — respondeu Natasha.

— Tá se esquecendo da filha do Dreykov — lembrou Yelena. As três escutaram passos no andar de cima, e o teto então explodiu. Yelena pegou os frascos com o líquido vermelho e se escondeu, enquanto Natasha e Sarah faziam o mesmo. Algumas pessoas entraram pela porta, armadas com armas de mira a laser. Yelena colocou os frascos dentro da bolsa, enquanto Sarah saiu de seu esconderijo sem que as outras Viúvas vissem e conseguiu chegar até Natasha.

Yelena fez o mesmo, mas foi vista e atiraram nela. Quando chegou, Sarah a colocou contra a parede e tapou a boca. Yelena acionou um botão que fez o apartamento pegar fogo. Então, Sarah e Natasha derrubaram duas Viúvas, conseguindo escapar do apartamento. Do lado de fora, havia outras duas Viúvas, que começaram a atirar. Quando Natasha apareceu na escada, mais duas Viúvas atiraram em Yelena. Ela jogou uma granada que explodiu, permitindo que as três mulheres subissem as escadas.

— Pra onde a gente vai? — perguntaram Sarah e Natasha, correndo atrás de Yelena.

— Pro telhado, lado oeste do prédio — respondeu Yelena, correndo enquanto as três se protegiam dos tiros. Elas correram mais um pouco, saíram por uma janela e começaram a correr pelo telhado. Depois, escorregaram e voltaram a correr, sendo perseguidas por uma Viúva Negra. Quando chegaram ao final do telhado, Yelena tirou um pino da chaminé em que estavam se segurando. Sarah deu um impulso para a chaminé cair, mas a Viúva Negra que as perseguia conseguiu pular e Natasha a segurou.

— Peguei você — disse Natasha, mas a Viúva Negra tentou cortar Natasha. Ela acabou soltando a vilã, que caiu no chão. A chaminé desabou em outro prédio, e Yelena caiu dentro do prédio, enquanto Natasha e Sarah ficaram penduradas do lado de fora.

Natasha acabou caindo e batendo em tudo que havia pela frente, caindo no chão de pé. Sarah, que não aguentava mais se segurar, também caiu, batendo em tudo, mas conseguiu usar sua magia para amortecer o impacto no chão.

— É, não se mexe. Deixa eu te ajudar, você se machucou muito — disse Natasha, se aproximando devagar da Viúva Negra, que, mesmo com dor, ligou o bracelete e mirou em Natasha e Sarah.

— Eu não quero fazer isso — disse a Viúva, mirando nela mesma com o bracelete.

— O que você está fazendo? — perguntou Sarah.

— Ele está me forçando — respondeu a Viúva, e então ela atirou em si mesma, morrendo. Sarah e Natasha foram até ela, e Yelena chegou, vendo a cena de uma Viúva morta e Sarah e Natasha perto do corpo.

— Acreditam em mim agora? — disse Yelena.

— Tem mais delas — comentou Natasha.

— O suficiente — respondeu Yelena, começando a andar, enquanto Sarah e Natasha a seguiam.