𝚃𝚑𝚎 𝚗𝚒𝚌𝚎 𝚐𝚞𝚢 𝚊𝚝 𝚝𝚑𝚎 𝚋𝚊𝚛

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19 de fevereiro de 2012 - Ruas de Gotham

Sarah caminhava sem destino pelas ruas sombrias e perigosas de Gotham City. Sua mente fervilhava, tentando apagar a terrível memória do que assistira dias atrás no Batcomputador. Junto de Bruce, Dick, Clint, Alfred e Natasha, ela viu o vídeo perturbador do Coringa. Nele, o vilão exibia com sádica satisfação as torturas infligidas a Jason Todd, culminando com um tiro fatal em sua cabeça. A imagem do corpo sem vida de Jason, que outrora era um irmão para ela, assombrava seus pensamentos desde então.

Após aquele fatídico dia, Sarah se isolou no quarto de Jason. Recusou-se a comer ou interagir com qualquer um. Seu corpo já magro estava ainda mais debilitado, seus ossos começavam a se destacar sob a pele. Tudo o que conseguia fazer era chorar até desmaiar de exaustão, envolvida pelo cheiro e as lembranças do antigo ocupante daquele quarto.

Agora, pela primeira vez em dias, Sarah deixava o refúgio do quarto de Jason. Contudo, sua aparência refletia o caos interno que carregava. Caminhava pelas ruas de Gotham com passos pesados, vestida de forma inadequada para o clima frio da cidade. Usava uma blusa social com um espartilho apertado por cima, uma calça preta de couro justa e suas habituais botas pretas de salto. O vento gélido cortava sua pele, mas ela não se importava. Não havia jaqueta, cachecol ou gorro para proteger seu corpo do frio; seu sofrimento interior era muito mais intenso.

Seus longos cabelos castanhos, com reflexos dourados naturais, estavam soltos, balançando desordenadamente com o vento frio da noite. Ondulados e desarrumados, combinavam com o estado de confusão mental que a consumia. Cada passo que ela dava ecoava pelas ruas desertas, enquanto a névoa fria de Gotham parecia engolir o que restava de sua alma.

O rosto de Jason, o som da risada do Coringa, e a culpa por não ter feito mais por ele a atormentavam. As luzes piscantes e os sons distantes da cidade ao redor pareciam distorcidos, como se ela estivesse presa em um pesadelo sem fim.

Na escuridão de Gotham, Sarah não tinha mais para onde correr, nem do passado, nem de si mesma.

Sob o peso de uma chuva fina, Sarah entrou em um bar qualquer em Gotham City, buscando refúgio tanto do frio quanto de sua dor emocional

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Sob o peso de uma chuva fina, Sarah entrou em um bar qualquer em Gotham City, buscando refúgio tanto do frio quanto de sua dor emocional. Ela caminhou até o balcão e se sentou, seu olhar perdido, afogado em pensamentos sombrios. Ao seu lado, um homem vestindo uma jaqueta de couro preta, camisa escura e calça jeans prateada, com botas caramelo, chamou sua atenção. Ele usava óculos escuros, incomuns para um ambiente fechado e mal iluminado, e segurava um copo de whisky. Seu nome era Henry Sturges, um vampiro de mais de 500 anos, que outrora lutara ao lado de Abraham Lincoln contra vampiros.

Quando Henry olhou para Sarah, foi como se estivesse vendo um fantasma. Ela era a imagem viva de Annabeth, sua amada que ele perdera séculos atrás. Os longos cabelos castanhos ondulados, o rosto, até mesmo o jeito que ela falava, tudo remetia à mulher que ele amou e viu morrer. A cada palavra de Sarah, Henry sentia uma mistura de dor e nostalgia.

𝓓𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓸𝓯 𝓐𝓶é𝓻𝓲𝓬𝓪 - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora