⎯𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲-𝐓𝐰𝐨

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Sihyeon Narrando

As coisas estão cada vez piores, mas isso é falta de comunicação. Yeji continua mentindo para Yeonjun por conta da raiva que sente por ele fingir não saber de nada, ocultar seu próprio erro. E isso me deixa mais intrigada ainda. Se eles não jogarem logo de uma vez nenhum vai revelar nada, Yeji não irá revelar que os filhos são de Yeonjun e Yeonjun não irá revelar a traição. As vezes, eu penso que não houve traição, mas me sinto mal por pensar isso e então descarto da minha mente. Se eu pensar nisso e a culpa for mesmo de Yeonjun, eu vou estar praticamente duvidando da minha amiga.

Decido expulsar esses pensamentos da minha cabeça e continuar procurando os ingredientes do ótimo jantar que farei hoje. Gosto de fazer as coisas com antecedência então como ainda é cedo eu vou comprar logo tudo para mais tarde.

Pegando um molho em específico acabo derrubando as outras coisas que carregava dentro da cesta. Esses dias estou tão desatenta.

Enquanto apanhava tudo, vejo uma mão extremamente grande pegando algumas coisas para mim também. Me levanto com o que eu tinha conseguido pegar e me dou de cara com Lee Juyeon. Ops... Yeji disse que era para mim ficar longe dele.

⎯ Obrigada. ⎯ Pego as coisas das mãos dele colocando dentro da cesta novamente e logo saindo mas ele segura meu pulso.

⎯ Espera. Eu... Su-ji não ver você a dias então... queria saber se não quer visitá-la.

⎯ Visitar... na sua casa?.

⎯ Sim.

⎯ Eu...

⎯ Ela está meio triste esses dias, acho que sua presença vai animar ela.

⎯ err... ahn... acho que tudo bem, posso fazer uma pequena visita para ela. ⎯ Ele sorri. Se Yeji ficar sabendo disso eu estou morta.

[•••]

Paro em frente a sua porta enquanto ele abria, sua casa era grande e dava uma aparência rústica. Ao julgar por uma certa janela no segundo andar, concluo que era o quarto de Suji pelos adesivos na janela e a cortina rosa. Entro em sua casa receosa, estou com um sentimento tão diferente. Isso me deixava nervosa. Em nenhum momento soltei minhas próprias mãos, tinha vontade de roer minhas unhas por conta do nervosismo mas tinha que me conter.

Su-ji!. ⎯ Ele exclama por ela. Logo barulhos fortes e pesado ecoam das escadas e Su-ji aparece de jardineira jeans azul clara e camiseta amarela. Ela vem até nós e ao me ver ela fica surpresa e logo vem me abraçar.

⎯ Syeon!. ⎯ Ela aperta meu pescoço.

⎯ Oi meu amor, como é que você está?. ⎯ Beijo sua bochecha.

⎯ Agora estou ótima! Por que véio de repente?. ⎯ Encaro seu pai.

⎯ Ah... eu...

⎯ eu a convidei, pensei que você gostaria. ⎯ Juyeon fala por mim.

⎯ Eu amei, brigada pai!. ⎯ Ela estende seus braços para ele que vai até ela e ela beija sua testa.

⎯ Bom, eu irei fazer algo para comer.

⎯ O quê? Ah não pai, não faça isso!. ⎯ Su-ji faz cara de choro e eu o olho confusa.

⎯ Não sou muito bom na cozinha.

⎯ Sempre pedimos delivery para prevenir doenças intestinais. ⎯ Ela fala me fazendo rir.

⎯ Ah então, se eu estou aqui, posso fazer algo já que não comeram ainda.

⎯ Você sabe cozinhar?. ⎯ Su-ji pergunta surpresa.

⎯ Tenho lá algum potencial... mas creio que seja melhor que a comida de seu pai.

⎯ Eu tenho é certeza!.

⎯ Eu ainda estou aqui! ⎯ Ele fala nos fazendo rir.

[•••]

Da forma em que cheguei aqui, admito que estou mais tranquila. A casa é aconchegante me dando um vibe boa, Juyeon é simpático e Su-ji é muito fofa. Seria muito estranho se eu dissesse que me sinto em casa?.

Já havia terminado algo simples para comer e nos juntamos a mesa.

⎯ Sabe Sihy, eu desenho bastante. ⎯ Su-ji fala animada.

⎯ Sério? Eu também desenho um pouco, bom, parei a um tempo.

⎯ Eu vou buscar os meus desenhos para você ver. ⎯ Ela se levanta e sai animada.

⎯ Me sinto aliviado. ⎯ Fala Juyeon a olhando subir as escadas de forma eufórica.

⎯ Com o quê?.

⎯ Depois que a mãe dela foi embora, ela passou a odiar as pessoas. Só confiava em mim, até mesmo para voltar a falar com os meninos foi difícil. Na escola, ela se recusava a obedecer as professores por não confiar nelas. Até hoje ela não confia em ninguém de fora, mas incrivelmente, logo de primeira, ela confiou tanto em você que ela agi de uma forma em que nunca agiu comigo ao seu lado. E isso me faz ficar muito mais curioso por você, Kim Sihyeon.

⎯ Eu só acho que... ela só precisava de uma presença feminina que a trouxesse conforto, inesperadamente, essa presença, sou eu. ⎯ Dou um pequeno sorriso sentindo meu coração esquentar.

⎯ Sei que não é mãe dos gêmeos. ⎯ Paro de uma vez e fico sem reação. ⎯ já deve saber que eu sei, já que sou amigo de Yeonjun.

⎯ Eu...

⎯ Por que mentiu?.

⎯ Yeji não queria que Yeonjun manter-se contado com eles então eu teria que esconder esse fato.

⎯ Por que ela não quer isso, por que ela odeia tanto Yeonjun?. ⎯ Agora tudo está explicado...

⎯ Vocês devem estar atrás dessa informação... me desculpa falar isso mas eu tenho que ser franca. Não adianta perguntar todos ao redor dela, o direito de falar o motivo é somente dela. Eu não posso falar nada, eu não tenho esse direito, isso está fora de cogitação para mim. Eu aconselho a você também não se envolver, não transforme tudo mais complicado ainda, eu não sei o que Yeji pensa então não posso falar nada sobre como reverter essa situação desconfortável para todos os lados.

⎯ Entendo. Perdão pela pergunta, é que... Yeonjun realmente não está bem com isso e eu fico preocupado.

⎯ Eu entendo também, ele é seu amigo. Mas vamos deixar isso para os dois. ⎯ Ele faz um sim com a cabeça e dá um pequeno sorriso.

Yeji Narrando

Não importa quantas vezes eu tente, esse projeto ainda vai ser uma dor de cabeça. Decido ver se Sihyeon ainda não chegou. Ao chegar na sala vejo Yejun e Eunji brincando juntos no sofá.

⎯ Sihyeon ainda não chegou?.

⎯ Não. ⎯ Os dois respondem em Uníssono.

Ué... onde ela se meteu? Ela nunca demora para voltar. Será que ela se perdeu? Meus pensamentos foram atrapalhados pela campainha. Será que ela esqueceu a chave? Vou até a porta e ao abrir tomo um susto ao ver Yeonjun na minha porta.

⎯ Boa tarde. ⎯ Ele fala simpático com um largo sorriso no rosto.

The PastOnde histórias criam vida. Descubra agora