The Past

⎯𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧

Jisu Narrando

Toda a pressão está caindo sobre Yeji. A traição de quem amava, ocultar os filhos do verdadeiro pai, os problemas da empresa e tantas outras coisas. Ela está acabada, eu me preocupo muito com a minha prima e é por isso que estou nesse exato momento cara a cara com a empresa de Karina. Costumo ser muito intuitiva, e minha intuição nunca erra. Karina tem um dedo podre nessa história toda.

Coloco a meus óculos escuros, a máscara e o Boné, assim posso entrar e ela não reconhecer. Vou até a recepcionista e pergunto se posso usar o banheiro da empresa, inventei um doença qualquer ai e por sorte ela era muito simpática e me deixou ir.

Vou até as escadas e começo a subir, paro no quarto andar e entro na Primeira porta que eu encontro. Me dou de cara com um extenso corredor vazio cheio de outras portas onde não havia ninguém. Aproveito para relaxar e andar tranquila.

Por onde devo começar? Acho melhor procurar Karina primeiro, fazer uma entrada triunfal, jogar ela contra a parede e começar o interrogatório. Ela tem que se entregar. Escuto passos então vejo dois seguranças andando em minha direção. Merda...

Entro na primeira sala que encontro e vou para de trás da grande cortina vermelha cobrindo todo o lugar. Ao abrir a cortina me dou de cara com Soobin. Mas o quê?! Ele me puxa de uma vez e me abraça tampando minha boca sobre a máscara. Passos ecoam pela sala em que estávamos e as vozes baixas dos seguranças era quase inaudível.

⎯ Não tem ninguém aqui... certo... ⎯ logo tudo fica extremamente silencioso. Tento colocar um pouco da cortina para o lado para poder ver se eles tinha ido embora mas Soobin segura minha mão me trazendo para mais perto dele. Mesmo com ele estando de máscara eu podia escutar perfeitamente a respiração dele sobre mim por conta da distancia de nossos corpos. Em comparação a mim ele era extremamente alto fazendo minha cabeça enconstar em seu peitoral, seu coração estava extremamente acelerado.

Ficamos naquela posição por um mais alguns segundo até que ele me solta e abri a cortina revelando a sala vazia solto um enorme sorriso aliviada. Retiro minha máscara e o óculos para respirar melhor. Quase passei dessa pra melhor.

⎯ O que faz aqui?. ⎯ Sua voz ecoa pela sala me fazendo arrepiar. Aigoo... o que eu explico?.

⎯ Eu é quem deveria perguntar, o que faz aqui?. ⎯ Cruzo meus braços e o encaro.

⎯ Não mude de assunto.

⎯ Nem você. ⎯ Ele respira fundo.

⎯ Estou atrás de Kim Youngbin. ⎯ Arrega-lo os olhos surpresa.

⎯ Ele está aqui? Mas o que ele faz aqui?.

⎯ Eu não sei, por isso estou aqui. E você?.

⎯ Vim atrás de Karina.

⎯ Para?.

⎯ Resolver uns mal entendidos.

⎯ Acho melhor você voltar para casa, com sua inteligência vai ser pega em segundos.

⎯ Por que você sempre me trata como se eu tivesse um cérebro de uma lesma?.

⎯ Até mesmo uma lesma tem um cérebro mais evoluído que o seu. ⎯ Levanto meu braço para bater nele mas ele segura meu pulso e faz um sinal para mim fica em silêncio. Logo começo a escutar vozes no corredor. Era Karina e Youngbin!

Ele me puxa para perto da porte e a abre devagar, somente uma pequena brecha. Eles andavam lado a lado enquanto se falavam. Quando eles se afastaram mais saímos da sala e delicadamente começamos a seguir eles até pararem de andar. Não dava para escutar a conversa deles, eles estavam falando muito baixo e não estávamos muito perto. Mas eles pareciam normais, como se estivessem conversando coisas sobre o dia a dia.

Eles entram em uma sala e se trancam lá dentro. Eu e Soobin nos rastejamos até lá e colocamos nossos ouvidos na porta para escutar a que eles estava falando.

⎯ Eu não quero saber! Quero isso acabado o mais rápido possível!. ⎯ Karina fala com um tom agressivo.

⎯ É praticamente impossível, ele nunca vai largar, nunca vai desistir.

⎯ E você vai deixar por isso?.

⎯ Não! Claro que não! Mas minha paciência para ele está me esgotando.

⎯ Então deixe que esgote!. ⎯ sobre o que eles estão falando?! Ahaaah! Minha curiosidade vai me matar.

Olho para a frente para o extenso corredor e vejo um segurança, ele me vê e então corri até nós.

⎯ Soobin, Soobin, Soobin! ⎯ Bato freneticamente em seu braço.

⎯ O que foi? Não encosta em mim! ⎯ Ele limpa seu braço.

⎯ Olha!. ⎯ Aponto para o segurança que já estava se aproximando. Soobin se levanta rápido e pega em minha mão me puxando para longe.

Corremos rapidamente até as escadas. Descemos até o primeiro andar onde ele entra no banheiro feminino junto comigo. Por sorte, não havia ninguém lá. Ele vai até o último cubículo onde havia uma janela acima. Ele sobe em cima do vaso e abri a janela, ele sobe na janela estreita e consegue passar para o outro lado, antes de pular ele me encara.

⎯ Nem pense em desistir, venha logo!.

⎯ Não... eu não sei pular dessa janela tão...

⎯ Ou você vem ou fica ai para ser Pega, esse lugar é cheio de seguranças. ⎯ ele pula.

⎯ Choi Soobin!. ⎯ Ah meu Deus, e agora? Vamos lá Jisu, você consegue, você tem que fazer isso.

Subo em cima do vaso e seguro na janela, dou um pequeno impulso me fazendo ficar com a cabeça e metade do troco para fora e o resto ainda para dentro do banheiro.

⎯ Vem logo!. ⎯ Soobin me chama.

⎯ Calma! É difícil fazer isso!. ⎯ Vou me afastando para frente e vejo que não tem como sair sem cair. ⎯ Soobin, me segura?.

⎯ O quê?. ⎯ Me jogo sobre ele que surpreso tenta me segurar mas acabamos caindo juntos. Ao cair ainda tentei fazer uma queda menos dolorosa mas sinto que entortei meu pé e agora ele está doendo muito. ⎯ Por que não avisou com mais antecedência.

⎯ Você deveria ser mais atento!. ⎯ olho para cima e vejo um dos seguranças olhando para a gente da janela. ⎯ Eita! O bom é que ele não passa por conta da grande barriga.

⎯ Não é hora de piadas, vamos logo. ⎯ Ele se levanta. Me levanto também mas meu pé dói então fico para trás, não conseguia andar. ⎯ O que foi?.

⎯ Meu pé... eu torci. ⎯ Ele respira fundo e então na força do ódio vem até mim, ele se vira de costas e se agaixa um pouco. ⎯ O que está fazendo?.

⎯ Sobe antes que eu desista. ⎯ Dou um pequeno sorriso e então pulo em suas costas, entrelaçando meus pés sobre sua cintura e meus braços em seu pescoço. Logo saímos dali.