⎯𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲 𝐒𝐢𝐱

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Eunji Narrando

Minha mãe está muito mal, a quase uma semana ela não para quieta, mal vem para casa e quando vem passa a noite no escritório. Minhas tias estão preocupadas, escutei até elas falando que minha mãe esta pálida e fraca, ela mal está se alimentando. Não quero ver minha mãe dodoi.

Chego triste no meu quarto e encontro Yejun em seu Tablet. O que ele está fazendo parece ser suspeito. Me aproximo devagar e tomo o Tablet de sua mão e vejo o que o mesmo estava fazendo.

⎯ Yejun! Por que está notificando sobre tudo o que acontece com a mamãe para o senhor Choi?. ⎯ Pergunto para ele que pega de volta seu Tablet.

⎯ Me deixa fazer minhas coisas.

⎯ Sabe que se a mamãe souber vai ficar louca com você.

⎯ Eu sei, e é por isso que você não vai contar a ninguém.

⎯ Por que está fazendo isso?.

⎯ Porque eu não quero que Youngbin seja nosso pai, você quer?.

⎯ Não, eu não quero. E você acha que só por você querer que o Yeonjun seja nosso pai ele vai ser?.

⎯ Não é isso , eu não penso ainda sobre essa hipótese até porque nossa mãe o odeia. Mas eu quero descobrir o motivo disso, tem algo muito grande por trás e para tentar resolver ou saber de algo, eu chamei Yeonjun para casa, falei que mamãe está muito mal. Ele se preocupa com ela.

⎯ Yejun!.

⎯ Nem a tia Sihy e nem a tia Jisu estão aqui, e eu e você não vamos sair do quarto.

⎯ Você é doido!.

⎯ Não sou, eu sou um ótimo estrategista. Vem, vamos assistir aquele desenho que você gosta por enquanto. ⎯ Ela bufa e vai até sua cama.

Yeji Narrando

Isso está sendo impossível! Não sei mais o que eu faço. Me sinto triste por não estar passando meu tempo com os meus filhos, eu mal os vejo. Sinto minha cabeça doer novamente então vou até a cozinha tomar mais um remédio. Pego um copo de vidro e remédios para dor de cabeça. Coloco água no copo e quando vou pegar o remédio me sinto extremamente tonta, e para não cair me seguro na mesa próxima de mim mas deixo o copo cair no chão se despedaçando inteiro e toda a água do copo se espalha pelo lugar. Droga.

Me abaixo para pegar os restos do copo mas me sinto tonta outra vez e acabo me cortando com o vidro. Minha mão começa a sangrar sem parar mas eu não conseguia fazer nada por conta da tontura, era como se eu não tivesse noção do meu corpo. Sinto alguém me pegar pela cintura me sentando em cima do balcão do lado da pia. Ele pega minha mão e começa a molhar retirando o sangue, ele pega um pano que estava ao lado e o rasga fazendo um curativo improvisado em minha mão. Eu não sabia fazer nada, me sentia fraca e tonta, mesmo com a presença de Yeonjun na minha casa.

Ao terminar o curativo improvisado ele me encara sério, não estava nada feliz mas dava para se notar uma preocupação em seus olhos. Ele toca meu rosto e muda sua expressão totalmente. Ele me pega em seus braços e vai até as escadas comigo. Eu tenho que fazer algo... eu tenho que intervir... por que não consigo fazer nada? Não consigo nem me mover direito. Ah... isso só vai piorar as coisas.

Ele entra em meu quarto comigo e me deita em minha cama. Ele vai até a cômoda do lado da janela e pega um pequeno kit de primeiros socorros. Ele se lembra de todo o local, de tudo... não é como se eu estivesse mudado tudo mesmo assim. Querendo ou não, eu não sai da rotina. Ainda estou presa naquele tempo. Se ele se importa tanto, por que não admite que me traiu?! Por quê?!.

Ele coloca o termômetro em mim e fica olhando os remédios que tem dentro da pequena maleta. Preferi não tentar falar nada, somente o observar. Com o cenho franzido ele olhava tudo rapidamente, eufórico e preocupado. Como de costume ele mordia os lábios fortemente por conta do nervosismo, sempre quando ele faz isso acaba se cortando com seus próprios dentes.

Ele acha um e vai até minha escrivaninha onde eu sempre tenho o costume de colocar uma garrafa de água ao lado para quando eu acordar de madrugada não precisar sair do quarto.

Ele pega a garrafa e me faz beber a água junto ao remédio. Ele deixa tudo do lado e senta na cama.

⎯ O que diabos você pensa que está fazendo trabalhando desse jeito?!. ⎯ Ele finalmente fala. ⎯ Não percebe que está extremamente mal?!.

⎯ Você não tem nada haver com isso. ⎯ Ele respira fundo.

⎯ O que você espera? Morrer de tanto trabalhar? Não se alimenta direito e nem descansa... por favor para.

⎯ Eu não posso parar... e o que faz aqui? Como entrou!?.

⎯ Se você não lembra... ⎯ Ele retira uma chave do seu bolso. A chave da casa... havia esquecido disso.

⎯ Devolva as chaves e vá para casa.

⎯ Não, eu não vou. Vou ficar e cuidar de você.

⎯ Você não é meu médico.

⎯ A partir de agora sou.

⎯ Tenho muita coisa para fazer, por favor, não me atrapalhe. ⎯ Me levanto de uma vez para sair dali mas minha visão escurece me fazendo ficar mais tonta ainda então acabo caindo no colo de Yeonjun.

⎯ Viu? Não se force, pode piorar, você tem que descansar. ⎯ Sua voz baixa em meu ouvido e suas mãos segurando minha cintura me fez ficar meio desnorteada. Ele retira o cabelo do meu pescoço esquerdo colocando tudo para o direito, sua respiração quente em meu pescoço me faz arrepiar.

Saio rapidamente de seu colo me deitando na cama. Ele me enrola com o lençol e fica acariciando meu cabelo até eu cair no sono.

The PastOnde histórias criam vida. Descubra agora