Handebol

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Los Angeles | 4 dias depois

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Sexta feira.

Para alguns alunos de Bright Moon o maldito melhor dia da semana.

Para outros, o dia mais entediante e horrível de todos.

Adora passou a semana inteira se esquivando de Catra depois que a chamou para sair e a garota se retraiu diante ao seu pedido. Tudo o que a incubus não sabia é que aquele era um pedido genuíno e espontâneo.

E ela o negou.

As duas mulheres não deixaram de conversar ao longo dos dias, mas Adora passou tempo demais com Lonnie para se preocupar - ou perceber - que isso estava causando uma certa irritação na morena de olhos bicolores. As tentativas fajutas de Catra na maior parte das vezes quando Adora tentava algo se resumiam à dizer que estava muito ocupada ou que deveria ir visitar seus pais a beira do abismo no casamento - o que era uma meia verdade.

Ela tentou acreditar que as investidas de Adora eram reais, sério, ela até pensou em aceitar o convite para milkshake na última quarta feira. Mas então tudo se tornou um desastre quando Lonnie apareceu de surpresa com a porra de uma caixa de chocolates e tulipas.

Primeiro, quem diabos entrega tulipas e uma caixa de chocolates? Isso era o pensamento de Catra ao dormir e ao acordar, ela simplesmente não entendeu o maldito conceito daquilo mas agradeceu ao diabo quando observou a cena onde Lonnie se inlcinou para beijar a loira e ela novamente recusou, virando o rosto para que os lábios da gerente colassem em sua bochecha.

Mas ainda era irritante.

A morena descontou toda a sua raiva e frustração no handebol. Ela entrou no time por acaso em alguma entrevista idiota no meio do corredor, quando questionaram qual era seu esporte favorito. Tudo que ela precisou fazer foi ler um grande banner da inauguração da quadra para o time de handebol e alegou que era aquele o seu favorito.

Mentir ainda era uma boa saída.

Seus movimentos eram impressionantes. Haviam cerca de sessenta universitários observando a partida amistosa - ou quase - com bastante atenção, especialmente Olivia Turner, a vadia e líder das cheerleaders que atualmente era ninguém menos que a fonte de energia de Catra. Ela a encontrou indo para casa após a festa desastrosa no sábado depois que Adora quase a beijou, ela estava confusa e com fome. O que poderia ser melhor do que a loira egocêntrica disposta a ter uma noite interessante?

É claro, não era tão bom foder com uma garota enquanto estava em sua forma humana, ela tinha que admitir. Isso não supriria nem 50% de sua energia total como incubus, mas ela não poderia simplesmente traumatizar alguém com a sua forma genuinamente híbrida para suprir seus próprios desejos demoníacos, seria inusitado para os humanos e acima de tudo irresponsável de sua parte. Olivia era boa em... muitas coisas, mas havia uma restrição: sem aproximação na faculdade.

Isso irritava a cheerleader. Observar a garota que ela só podia ter dentro de quatro paredes e ainda ter que lidar com todos os suspiros de suas colegas era torturante. Olivia sequer estava conseguindo pensar enquanto via a morena se destacar na quadra com suas mãos habilidosas segurando a bola e a acertando na rede com tanta... maestria.

Droga.

Catra alcançou a maior pontuação no placar com vinte e cinco pontos em menos de quarenta minutos de jogo. As lideres de torcida gritaram quando o lance foi aceito pelos juízes, a partida amistosa estava se tornando uma zona de guerra e quem poderia culpá-la? Ela era realmente boa no que fazia e isso estava irritando o time adversário.

─ Nós realmente precisamos estar aqui agora? - Pelos fundos da quadra, Glimmer arrumou sua mochila nas costas e segurou a porta para que Adora aproveitasse o passe livre, suspirando cansada ao ouvir os gritos ─ É apenas handebol e estamos livres, eu precisava ir até a cafeteria.

The Devil's Touch - Catradora (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora